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[Impressões] Saya no Uta - VN


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25 respostas neste tópico
 #1
Agora sou uma pessoa iniciada em VNs, graças ao Clube do Ben-to que me ajudou a baixar e instalar o famoso Saya no Uta. Valeu, time! Icon_lol

Como é a primeira vez que joguei e fiquei empolgadinha, resolvi fazer umas primeiras impressões mais detalhadas, mas sem exagerar. Vai ter alguns spoilers sinalizados, ok?

Primeiro, dá pra entender porque o pessoal aplaude o Gen Urobuchi, esse maníaco. Muito da carga emocional de Saya se deve às descrições bem detalhadas e aos diálogos bem feitos.

Depois de jogar, acho um pouco sem sentido comparar com Madoka. São formatos, públicos e scrips totalmente diferentes. Se a única coisa que eles tem em comum é o autor, só prova que o cara é bom o bastante para prender a atenção e surpreender o público com coisas que, na verdade, são óbvias.

Por exemplo, até fiquei meio revoltada comigo mesma por ter ficado tensa quando é revelado que
Spoiler: saya no uta vn  
a Saya é um monstro disforme,
o que não é nada muito surpreendente se você pensar no plot por mais de 3 minutos. Mesmo assim, a cena, a ambientação e o andamento do jogo foram o bastante para causar a reação de "porra, fodeu".

A cena inicial do jogo é perfeita, te joga no clima de terror rapidinho, e as idas e vindas de cenários e flashbacks fazem 2h passarem em 2 minutos. Destaque para a cena de investigação do Kouji na casa do médico, minutos que dão de 10 a zero em vários filmes de suspense.

Gostei muito do primeiro final, que considero o mais cabível se um dia acontecer alguma adaptação do jogo, pois é totalmente centrado no casal principal, apesar de não explicar quase nada sobre a Saya.

Spoiler: primeiro final saya no uta  
E como nesse final (o do hospício) o moleque e a Saya não vão até as últimas consequências, é o mais fácil de simpatizar com eles. A despedida deles nessa versão é uma cena muito linda e sutil.

Por outro lado, nas outras rotas, é só sentar e curtir a espiral descendente de humanidade do moleque, que achei semelhante a do Raito de Death Note.

Destaque para o diálogo em que o moleque fala para a Saya que não tem problema em matar pessoas, já que agora ele as vê como monstros disformes, mas não conseguiria fazer o mesmo se as visse em forma humana.

Elas não deixaram de ser pessoas, a visão dele é que é distorcida, mas apenas esse detalhe é o bastante para deixá-lo de consciência tranquila nos assassinatos. O que os olhos não vêem o coração não sente?

Ou seja, o tempo todo ele está pagando de corajoso, mas só sabe destruir massas de carne disformes, abusar de deficientes mentais, comer frutas e ser um inútil sem a Saya por perto.

Destaque também para a personagem Ryouko. Ela se revela a pessoa com mais fibra do jogo inteiro. Eu gostaria de saber mais sobre o que aconteceu exatamente entre ela e o pai da Saya, mas isso é explicado só em diálogos.

Ah vai, ela merecia um jogo só dela.

A Saya é exatamente como é vista pelo moleque: uma criança nas atitutes cotidianas, mas um monstro capaz de crueldades terríveis quando se olha mais a fundo. E justamente por isso, não é menos humana do que qualquer outro ali. Na verdade, ela e o moleque acabam se tornando um atípico casal de bandidos, não tão longe de um Assassinos por Natureza da vida.

E não, não vou chamar ele pelo nome. Vai ser sempre o moleque. Icon_lol
Falando nele, não sei se acho bom ou ruim que não falaram muito sobre o que exatamente causou a condição dele. Mas nesse tipo de história é melhor deixar algumas coisas sem explicação mesmo.

Mas em todos os finais preciso dar o braço a torcer pela capacidade dos japoneses de tornar um plot totalmente gore e insano em uma história de amor até sensível.

Pra terminar, devo dizer que esse negócio de Visual Novel é mesmo incrível. Não é mais do que uma imagem estática, um bloco de texto e alguns efeitos de som e dublagem, mas causa tanta tensão ou mais do que qualquer filme de orçamento de 100 mil dólares. Só prova que, não importa a mídia, se você usar todo o potencial dela, vai cumprir o objetivo. Não sei nem se Saya usa, mas tem pontos fortes o bastante, como o roteiro e a dublagem.

Só tenho medo de ter ficado meio exigente com VNs depois dessa. Icon_lol
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 #2
Realmente a maioria das VNs não é do nível de Saya No Uta. Tu já pegou uma muito boa para ler, como em toda mídia sempre tem os mais genéricos.

E o que achou sobre a revelações sobre a Saya, ela aprendendo sobre os humanos e ganhando uma certa "humanidade" mas de maneira distorcida?

E qual final prefere dos dois últimos.

Spoiler: Saya No Uta final  
O que a Saya tranforma o mundo todo igual ela, ou o que o Kouji sobrevive, mas insano? Neste último Saya morre sem muitas firulas
.
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 #3
Essa origem e desenvolvimento da personalidade da Saya foi muito legal, é como se a humanidade tivesse infectado ela. Mas pelo que entendi ela era mesmo um filhote, né? Me pareceu que

Spoiler: origem da saya  
ela se auto-impôs algumas 'regras' humanas pra cumprir sua missão, como isso do amor, e acabou se enrolando toda por isso.

Ela virou uma psicopatinha, mas tão humana quanto os outros.

Sobre os finais...eu pessoalmente preferi o

Spoiler: finais de saya no uta  
que o Kouji fica insano, só pena mesmo que não teve uma cena maior pra morte da Saya, achava que merecia. Mas achei que manteve mais o clima tenso e gore do jogo. O pesadelo no final dele é muito legal, e a conclusão do tipo 'a insanidade sempre estará lá' achei bem trabalhada.

No final que o mundo acaba, achei a cena do parto firuleira e élfica demais. Podia ter mostrado a versão real do parto, sem ser a visão do moleque, pra ter as pessoas do mundo vivendo o pesadelo. Icon_twisted

Ou imagina, a condição dele se mostra temporária e volta ao normal depois que ela dá a luz, e ele passa a enxergar tudo feio de verdade. Eu ia rir altíssimo Icon_lolIcon_lolIcon_lol
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 #4
Spoiler: saya no uta  
Sim, ela se impôs algumas características humanas, faz parte da missão dela, mas no caso da raça humana ela se declarou feminino (nem sei se a raça lá tem sexo, acho que não) e tentou amar. O que em dois finais salvou a humanidade Icon_lol

E a cena lá toda embelezada do parto é para dar ideia de quão horripilante seria vendo a cena do ponto de vista de outro humano a não ser o Fuminori. Acho que o autor preferiu deixar isso para a imaginação, já que talvez seria difícil mostrar uma cena que fizesse jus. Seria o típico horror lovecraftiano que não tem descrição, impossível de a mente humana entender.
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 #5
Esse deve ser o próprio novel que eu vou ler depois de terminar os outros dois arcos que faltam do Fate/Stay Night. E depois é esperar sair uma tradução de Mahoyo em inglês pra poder ler o novel mais esperado por mim desde que eu terminei a série Tsukihime (Fate é legal mas Tsukihime é superior, sei lá por que).
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 #6
(03/07/2012, 01:12)m45t3r Escreveu: Esse deve ser o próprio novel que eu vou ler depois de terminar os outros dois arcos que faltam do Fate/Stay Night. E depois é esperar sair uma tradução de Mahoyo em inglês pra poder ler o novel mais esperado por mim desde que eu terminei a série Tsukihime (Fate é legal mas Tsukihime é superior, sei lá por que).
Também considero Tsukihime superior.
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 #7
Gostei de tsukihime na época + do que gostei de fate quando saiu completo. 
Mas acho o universo de fate absurdamente superior (sem a desculpa do "é o mesmo"), falo das coisas que acrescenta, no caso. Embora a magia do nasu é ridícula e aleatória (e encaixaria até o super-homem), gosto muito do sistema de servos e da própria guerra, e do modo como servos específicos teriam vantagens estratégicas sobre outros. Tsukihime provavelmente me chama a atenção pelo "clima" da história, e porque quando eu joguei, nada conhecia do Nasu, e achei que teria "rotas" e que minhas escolhas não eram só desculpa pra ir pra frente, em suma, me divertia com o mistério da coisa toda.
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 #8
Eu prefiro o mundo dos Dead Apostles, suas relações com Crimson Moon, acho mais interessante.
E também prefiro as rotas de Tsukihime também na média.
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 #9
Eu acho legal, gostava bastante, mas as rotas são inclusive incoerentes. Na desculpa de "universos distintos" temos duas histórias com "passado" diferente do near pro far side. Eu particularmente prefiro VNs que te deixem ir pra onde quiser, ainda que tenham um final comum. 
A KID fazia isso muito bem, tinha histórias complexas, coerentes e com o mesmo nível de surpresa entre rotas sem apelar pra conveniências de roteiro.
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 #10
(03/07/2012, 13:57)Opeth Escreveu: Eu acho legal, gostava bastante, mas as rotas são inclusive incoerentes. Na desculpa de "universos distintos" temos duas histórias com "passado" diferente do near pro far side. Eu particularmente prefiro VNs que te deixem ir pra onde quiser, ainda que tenham um final comum. 
A KID fazia isso muito bem, tinha histórias complexas, coerentes e com o mesmo nível de surpresa entre rotas sem apelar pra conveniências de roteiro.
Ah sim, isso é a única coisa que me incomodou bastante em Tsukihime. A divergência de uma rota para outra não faz sentido nenhum, e como algumas escolham dão trigger nisso ainda são mais incoerentes.

Mas isso é algo que em geral eu perdoo se a história for boa. A relação entre as rotas não importam muito em Tsukihime pois elas não fazem parte do plot, como nas VNs da KID. Se fizesse aí seria muito mais grave.
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