Agora sou uma pessoa iniciada em VNs, graças ao Clube do Ben-to que me ajudou a baixar e instalar o famoso Saya no Uta. Valeu, time!
Como é a primeira vez que joguei e fiquei empolgadinha, resolvi fazer umas primeiras impressões mais detalhadas, mas sem exagerar. Vai ter alguns spoilers sinalizados, ok?
Primeiro, dá pra entender porque o pessoal aplaude o Gen Urobuchi, esse maníaco. Muito da carga emocional de Saya se deve às descrições bem detalhadas e aos diálogos bem feitos.
Depois de jogar, acho um pouco sem sentido comparar com Madoka. São formatos, públicos e scrips totalmente diferentes. Se a única coisa que eles tem em comum é o autor, só prova que o cara é bom o bastante para prender a atenção e surpreender o público com coisas que, na verdade, são óbvias.
Por exemplo, até fiquei meio revoltada comigo mesma por ter ficado tensa quando é revelado que o que não é nada muito surpreendente se você pensar no plot por mais de 3 minutos. Mesmo assim, a cena, a ambientação e o andamento do jogo foram o bastante para causar a reação de "porra, fodeu".
A cena inicial do jogo é perfeita, te joga no clima de terror rapidinho, e as idas e vindas de cenários e flashbacks fazem 2h passarem em 2 minutos. Destaque para a cena de investigação do Kouji na casa do médico, minutos que dão de 10 a zero em vários filmes de suspense.
Gostei muito do primeiro final, que considero o mais cabível se um dia acontecer alguma adaptação do jogo, pois é totalmente centrado no casal principal, apesar de não explicar quase nada sobre a Saya.
Por outro lado, nas outras rotas, é só sentar e curtir a espiral descendente de humanidade do moleque, que achei semelhante a do Raito de Death Note.
Destaque para o diálogo em que o moleque fala para a Saya que não tem problema em matar pessoas, já que agora ele as vê como monstros disformes, mas não conseguiria fazer o mesmo se as visse em forma humana.
Elas não deixaram de ser pessoas, a visão dele é que é distorcida, mas apenas esse detalhe é o bastante para deixá-lo de consciência tranquila nos assassinatos. O que os olhos não vêem o coração não sente?
Ou seja, o tempo todo ele está pagando de corajoso, mas só sabe destruir massas de carne disformes, abusar de deficientes mentais, comer frutas e ser um inútil sem a Saya por perto.
Destaque também para a personagem Ryouko. Ela se revela a pessoa com mais fibra do jogo inteiro. Eu gostaria de saber mais sobre o que aconteceu exatamente entre ela e o pai da Saya, mas isso é explicado só em diálogos.
Ah vai, ela merecia um jogo só dela.
A Saya é exatamente como é vista pelo moleque: uma criança nas atitutes cotidianas, mas um monstro capaz de crueldades terríveis quando se olha mais a fundo. E justamente por isso, não é menos humana do que qualquer outro ali. Na verdade, ela e o moleque acabam se tornando um atípico casal de bandidos, não tão longe de um Assassinos por Natureza da vida.
E não, não vou chamar ele pelo nome. Vai ser sempre o moleque.
Falando nele, não sei se acho bom ou ruim que não falaram muito sobre o que exatamente causou a condição dele. Mas nesse tipo de história é melhor deixar algumas coisas sem explicação mesmo.
Mas em todos os finais preciso dar o braço a torcer pela capacidade dos japoneses de tornar um plot totalmente gore e insano em uma história de amor até sensível.
Pra terminar, devo dizer que esse negócio de Visual Novel é mesmo incrível. Não é mais do que uma imagem estática, um bloco de texto e alguns efeitos de som e dublagem, mas causa tanta tensão ou mais do que qualquer filme de orçamento de 100 mil dólares. Só prova que, não importa a mídia, se você usar todo o potencial dela, vai cumprir o objetivo. Não sei nem se Saya usa, mas tem pontos fortes o bastante, como o roteiro e a dublagem.
Só tenho medo de ter ficado meio exigente com VNs depois dessa.
Como é a primeira vez que joguei e fiquei empolgadinha, resolvi fazer umas primeiras impressões mais detalhadas, mas sem exagerar. Vai ter alguns spoilers sinalizados, ok?
Primeiro, dá pra entender porque o pessoal aplaude o Gen Urobuchi, esse maníaco. Muito da carga emocional de Saya se deve às descrições bem detalhadas e aos diálogos bem feitos.
Depois de jogar, acho um pouco sem sentido comparar com Madoka. São formatos, públicos e scrips totalmente diferentes. Se a única coisa que eles tem em comum é o autor, só prova que o cara é bom o bastante para prender a atenção e surpreender o público com coisas que, na verdade, são óbvias.
Por exemplo, até fiquei meio revoltada comigo mesma por ter ficado tensa quando é revelado que
Spoiler: saya no uta vn
A cena inicial do jogo é perfeita, te joga no clima de terror rapidinho, e as idas e vindas de cenários e flashbacks fazem 2h passarem em 2 minutos. Destaque para a cena de investigação do Kouji na casa do médico, minutos que dão de 10 a zero em vários filmes de suspense.
Gostei muito do primeiro final, que considero o mais cabível se um dia acontecer alguma adaptação do jogo, pois é totalmente centrado no casal principal, apesar de não explicar quase nada sobre a Saya.
Spoiler: primeiro final saya no uta
Por outro lado, nas outras rotas, é só sentar e curtir a espiral descendente de humanidade do moleque, que achei semelhante a do Raito de Death Note.
Destaque para o diálogo em que o moleque fala para a Saya que não tem problema em matar pessoas, já que agora ele as vê como monstros disformes, mas não conseguiria fazer o mesmo se as visse em forma humana.
Elas não deixaram de ser pessoas, a visão dele é que é distorcida, mas apenas esse detalhe é o bastante para deixá-lo de consciência tranquila nos assassinatos. O que os olhos não vêem o coração não sente?
Ou seja, o tempo todo ele está pagando de corajoso, mas só sabe destruir massas de carne disformes, abusar de deficientes mentais, comer frutas e ser um inútil sem a Saya por perto.
Destaque também para a personagem Ryouko. Ela se revela a pessoa com mais fibra do jogo inteiro. Eu gostaria de saber mais sobre o que aconteceu exatamente entre ela e o pai da Saya, mas isso é explicado só em diálogos.
Ah vai, ela merecia um jogo só dela.
A Saya é exatamente como é vista pelo moleque: uma criança nas atitutes cotidianas, mas um monstro capaz de crueldades terríveis quando se olha mais a fundo. E justamente por isso, não é menos humana do que qualquer outro ali. Na verdade, ela e o moleque acabam se tornando um atípico casal de bandidos, não tão longe de um Assassinos por Natureza da vida.
E não, não vou chamar ele pelo nome. Vai ser sempre o moleque.
Falando nele, não sei se acho bom ou ruim que não falaram muito sobre o que exatamente causou a condição dele. Mas nesse tipo de história é melhor deixar algumas coisas sem explicação mesmo.
Mas em todos os finais preciso dar o braço a torcer pela capacidade dos japoneses de tornar um plot totalmente gore e insano em uma história de amor até sensível.
Pra terminar, devo dizer que esse negócio de Visual Novel é mesmo incrível. Não é mais do que uma imagem estática, um bloco de texto e alguns efeitos de som e dublagem, mas causa tanta tensão ou mais do que qualquer filme de orçamento de 100 mil dólares. Só prova que, não importa a mídia, se você usar todo o potencial dela, vai cumprir o objetivo. Não sei nem se Saya usa, mas tem pontos fortes o bastante, como o roteiro e a dublagem.
Só tenho medo de ter ficado meio exigente com VNs depois dessa.