Foi um bom prólogo. Mais fiel do que o esperado. Entretanto, as mudanças estruturais já apontam os deturpados rumos dessa adaptação.
Primeiramente, a parte positiva: tiraram quase todo o humor do enredo! Eliminaram boa parte das bobeiras (embora tenha sobrado mais que o bastante), e enfocaram a parte sombria, que, grosso modo, sempre foi o que me atraiu em C:B. O começo foi tão morno e desinteressante quanto no mangá, então há muito do que reclamar. Animação bacana, que não impressiona, mas não compromete. Os acontecimentos foram assertivos, e o ritmo, adequado. Quanto ao resto (clima, paleta de cores, trilha sonora), também só tenho elogios.
Mas eis que os problemas começam. Algumas coisas foram muito expositivas, e outras, deliberadamente gratuitas. Quem prestou atenção nas vozes, por exemplo, percebeu sem grande dificuldade que a pessoa falando com Ogami ao celular é a Kanda-Sensei, o que não chega nem perto de ser uma das grandes revelações do mangá, mas é algo interessante e que deveria ter sido preservado. Custava distorcer a voz, afinal? E piora: qual a necessidade de mostrar o pai do Toki (primeiro-ministro) como um elemento diretamente ligado ao projeto Code:Breaker? Isso já demonstra que eles não pretendem adaptar aquele diálogo entre ele e Heike, o que é uma pena. No entanto, o mais imperdoável de tudo foi, sem dúvida, a inserção desnecessária dos Codes 03 e 05. Não há nenhum - NENHUM! - motivo para Yuuki e Rui estarem na cidade neste momento. Até por que, caso todos os cinco agissem em conjunto já no arco inicial, Hitomi mal seria uma ameaça.
Enfim, foi um bom começo, mas os fãs do original preocupar-se-ão com os próximos episódio. Espero que, ao menos, sejam fieis até a passagem do Haruto. Depois, façam a porra que quiserem, pois já terá valido a pena.