31/10/2016, 22:00 |
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Qual o último filme você assistiu? - 2015 ~ 2017
Tópico em 'HQs, Filmes, Seriados, Cartoons, Livros & Músicas' criado por
martec em 02/01/2015, 00:46.
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491 respostas neste tópico
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04/11/2016, 15:58 |
Gostei. Algumas coisas são inevitavelmente previsíveis para quem já tiver visto pelo menos alguns filmes de introdução de heróis, nada espetacular ou original nesse aspecto, mas bem feito o bastante para passar o tempo. Tem um CG bem estranho no início, durante a luta da mestre contra os caras maus, mas fora isso curti muito os efeitos especiais e a atuação do Cumberbatch está bem decente. Se algum entendedor das hq's estiver por aqui ainda, seria através desse filme que eles abririam espaço para tratar de multiverso e outras coisas do tipo ou estou só viajando?
30/11/2016, 23:13 |
Só avisando que o filme Shin Godzilla já está disponível por aí.
Por problemas técnicos só poderei assistir daqui uma semana, então ainda não posso opinar.
24/12/2016, 15:30 |
Rogue One: A Star Wars Story, pra entender o Wars do nome
08/01/2017, 18:57 |
Ai to Kibo no Machi (Uma Cidade de Amor e de Esperança)
Nagisa Oshima, 1959 Japão Comentários dizem que é um filmes "diferente" do Oshima por ser "convencional". Me lembro vagamente de já ter ouvido comentários sobre esse diretor, porém não saberia diferenciar esse convencional porque não apenas é o primeiro filme que assisto dele, é também o primeiro filme dele como diretor. Um diretor pode mudar muito de estilo ao longo da carreira, aconteceu com o Naruse que era super experimental no início da carreira e depois se aquietou e se tornou convencional. O Oshima parece ser do tipo de gostar de histórias e dramas sociais, é o que é esse filme. Vivendo naquelas favelinhas que vemos em Tóquio em Ashita no Joe, o protagonista Masao, um estudante do ginásio, vende pombos para garantir a sobrevivência dele e da irmã pequena. É um golpe, porque pombos criados voltam para o que entendem como casa, por isso ele já vendeu o par de pombos da irmã Yasue várias vezes. Um dia uma menina rica e boa samaritana compra os pombos e acaba se aproximando e se envolvendo com ele. O Masao está no dilema de trabalhar ou ir para o colégio, a mãe quer que ele estude mas eles não tem muitas condições disso. A professora quer ajudar ele acaba trabalhando junto com a menina rica, Kyoko, para arranjar um trabalho para o Masao na fábrica do pai e se envolve com o irmão dela que fica interessado. Muitos filmes dessa época abordam alguma questão social de forma bastante didática e esse filme faz um pouco disso. No entanto no fim me surpreendeu pela ambiguidade na resolução das questões. Posso dizer que o filme pende para um lado, mas não é tão simples assim no final. O Masao é recusado no teste da fábrica do pai da Kyoko porque descobrem a história dele vender os pombos, o que é um pequeno crime, desonesto. A situação abala o romance que se desenvolvia entre a professora e o irmão da Kyoko, e podemos entender o lado de cada um. O irmão está em uma situação difícil, porque para alguém que pertence a um grupo tão rigoroso sobre honestidade, é correto ele interferir para empregar o Masao? Em interpretação minha, alguém foi contratado no lugar do Masao, e não poderia ser alguém em situação tão precária quanto ele que resistiu a situação? Ele entende muito bem a revolta da professora, o Masao não fez por mal, foi por necessidade e desespero. Interessante ver que os dos que mais se revoltam com a situação são o Masao e a Kyoko. Ele não queria vender os pombos, ele diz isso mais de uma vez no filme, mas ele teve que vendê-los. No fim perdeu uma oportunidade (que não teria vindo se ele não tivesse vendido os pombos de todo modo) e fica naquele estado de "era melhor ter morrido do que se desonrar". A Kyoko que era a mais idealista e tão boa samaritana no fim é a única quem não consegue perdoar, e depois de cobrar novamente o pombo sobrevivente com o Masao o mata. Ela que tanto insistia para os outros para perdoar os defeitos dos outros foi quem não conseguiu perdoar o Masao ao descobrir que ele não era perfeito como ela idealizava ser. Achei muito interessante ela matar o pombo, e o irmão ser cúmplice nisso. O irmão adulto, maduro, que sabe "como o mundo é", "como as coisas são", que aprendeu a se conformar. No fim eles que tem meios e vontades de fazer alguma coisa para ajudar os que estão na sarjeta acabam sendo os que mais pisam em cima deles. E o Masao termina com sua honra mas conformado em viver na dura pobreza, porque para a sociedade esse é o correto, você não pode enganar o sistema para subir. Foi um filme com mais pensamento do que eu esperava, e um filme curto, interessante.
09/01/2017, 12:16 |
The Handmaiden (A Criada)
Park Chan-wook, Coreia do Sul 2016 Mais um para vir aqui escrever: "QUE FILME!". Sabia de nada do filme, apenas que era do Park, por isso assisti. Estava estranhando quando já no começo previ alguns desenvolvimentos entendi qual era a proposta do filme. Puta cenário lindo de morrer, vestuário de tirar o fôlego, pano de fundo de guerra e vingança entre duas nações, intriga aristocrática, um grande crime onde a chave para o sucesso é destruir a vida de uma inocente... Mais um filmaço de diretor coreano sociopata né? Só que é uma comédia pastelão com um romance lésbico passando a perna no Don Juan maloqueiro! Só o Park Chan-wook para inventar algo assim. Inacreditável! O filme nem é tão grandes coisas assim, esse tipo de narrativa que vai se desfraudando a partir de cada ponto de vista não é novidade, não mesmo. E aproveitaram o boost de vendas que filmar duas mulheres se agarrando pode ter, mesmo assim, mesmo assim! O humor é tão charmoso que não tem como adorar. Eu não devia comentar nada, é o tipo de filme que faz mais sua alegria quando você desconfia de nada sobre ele, mas eu tinha que escrever tudo. Que filme.
10/01/2017, 10:45 |
Rogue one tambem
12/01/2017, 17:28
(Resposta editada pela última vez 12/01/2017, 17:29 por Panino Manino.)
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The Woman of Rumour (Uwasa no Onna)
Kenji Mizoguchi, 1954 Japão A ideia do filme é simples, é dita no final: "quando a fila de mulheres esperando para ocupar um lugar naqueles prostíbulos irá acabar?". Podemos minimizar, são geishas, não simples prostitutas, mas a ideia por trás do negócio tem diferenças frágeis. No fim as mulheres sem vendem para homens, a maioria moralistas e hipócritas. As mulheres não tem muita escolha, as que estão no negócio não estão porque sonharam em fazer parte dele, foi o que encontraram para conseguir sobreviver. No final do filme mais uma garota procura trabalho lá por necessidade. Por mais que queriam não há alternativas fartas para todos, é aceitar a vergonha ou que algum membro da família morra de fome ou doente. Enfim, esse filme é de 1954, dois anos antes da proibição oficial da prostituição no Japão. Foi uma proibição "para inglês ver", mesmo assim teve muito impacto e talvez imagino eu, algumas mulheres até se beneficiaram disso, porque poderiam se proteger com a lei e serem apenas acompanhantes e animadoras de fato. Até hoje existem geishas por lá. Sobre o filme, ele começa com a filha da dona de uma casa dessas voltando para morar lá (em Quioto), porque a mãe foi buscar. Ela morava em Tóquio e teve uma desilusão amorosa tão forte que tentou se matar. A filha é muito ressentida e culpada por causa da mãe, cresceu saudavelmente as custas do trabalho infame de outras mulheres, e o noivo enxotou ela ao descobrir o negócio da mãe dela. É uma situação complicada onde ela fica entre a raiva e o remorso. O que ela pode fazer, as mulheres da casa são mulheres como quaisquer outras, todos sonhando em um dia sair dali e ter uma família decente. A mãe também não é uma exploradora insensível, ela trata as mulheres da casa muito melhor do que outras casas, educou a filha longe daquilo e também gostaria que um dia o negócio acabasse. Na época em que o filme se passa não há muito o que elas podem fazer devido a situação do Japão, ainda muito dividido entre a tradição e a "ocidentalização". O aspecto social e econômico ainda não estava pronto para acomodar as mulheres da época, elas já eram mais aceitas em alguns locais de trabalho, mas ainda com muitas limitações. Se bem que o filme não mostra muito disso, mostra mais o aspecto desgraçado dos homens. Há um personagem chave na trama que é nojento, e no fim fim as mulheres só tem nelas a quem confiar e colaborar. Sem nenhuma personagem conseguir fazer o que quer para a vida elas o filme termina com essas mulheres trabalhando juntas para fazerem o que podem no momento. Um detalhe intrigante é a sugestão dentro da trabalha de como o amor feminino é ridicularizado. Quando é um homem que se apaixona por uma geisha por exemplo, é algo normal, nada demais, esperado. O inverso não pode, e não apenas dentro dessa situação. Tola a geisha, tola a filha, tola a mãe, apenas por amarem um homem. Todos otárias, vão amor logo um homem, um homem, o que esperavam?! Não é um grande filme, mas parece um filme típico da época para o diretor. Diferente de outras clássicos dele esse aqui não tem nenhum destaque técnico visível. Fiquei interessado para ver alguns outros dele sobre a mesma temática, ele tem vários.
14/01/2017, 13:28
(Resposta editada pela última vez 14/01/2017, 13:33 por Panino Manino.)
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Há outros filmes aqui mais antigos, incluindo do Mizoguchi, que eu queria assistir, mas depois de assistir ao anterior eu tinha que assistir a ele em seguida.
Street of Shame (Akasen Chitai) Kenji Mizoguchi, 1956 Japão Ele é extremamente relevante para o que comentei sobre o filme anterior. Ele estreou em Março de 1956. A Lei Anti-Prostituição foi aprovada em Abril de 1956. Entrou em vigor em Maio de 1958. Durante o filme a lei é discutida no parlamento e votada, com forte debate público. Essa situação de fundo tem uma grande importância na história. O filme acaba com a lei sendo rejeitada, o que me fez pensar, se quando esse filme foi feito já se conhecia o resultado final da votação e ter a lei rejeitada no filme era uma opinião sobre ela. Porque o que a lei fez foi apenas proibir o sexo remunerado, apenas isso, ela não acabou com a prostituição. Foi apenas uma lei moralista "para inglês ver". Ela pouco fez para atacar as coisas da prostituição, as situações que faziam tantas mulheres terem que recorrer a vender o corpo para não morrer de fome nem a família. Mas não... O filme veio antes do resultado final, então apesar de a mensagem até se encaixar, ela não é real. Mesmo assim é um ponto que merece ser apontado e discutido, pois podemos sentir pelo filme que ele se coloca contra os donos dos bordéis e contra os políticos. Ele coloca os dois lados com o mesmíssimo discurso, como disse a lei é moralista e não muda muito, enquanto isso o dono do bordel no filme alerta as mulheres sobre a lei se fazendo de bom, tentando convencer as mulheres de que o bordel é bom para elas, que estariam pior sem os bordeis, que os bordeis fazem um favor para elas. O que não é verdade. Para aquelas mulheres é o fundo do poço, e elas são exploradas lá, claramente. Esse filme tem um elenco de mulheres menor que o do filme anterior e dá atenção para todas elas. Vemos a história de cada uma, como cada uma foi parar ali e como são abandonadas pela família. Mesmo quando graças a ela que filhos puderam crescer elas são abandonadas por eles. Uma delas recebe a visita do pai que quer levá-la de volta para casa e o único motivo que ele vai atrás dela é porque a reputação da filha pode manchar o nome da família e prejudicar seus negócios, em um paralelo com a situação do Japão. As prostitutas eram uma vergonha e atrapalhavam os negócios com o ocidente, por isso precisava escondê-las. Enquanto os bordéis existem e o governo/sociedade não faz nenhum progresso para evitar que isso continue acontecendo apenas uma solução parece existir, as mulheres cuidarem apenas delas mesmas, abandonando a família e dando a volta nos homens e se aproveitando deles. Uma das mulheres do bordel me pareceu no início fria e cruel, mas ao fim quando entendemos o que ela faz ela acaba saindo como a heroína da história. Ela é a personagem que não reclama de nada durante o filme todo, a que trabalha com mais dedicação e desperdiça menos, porque ela tem objetivos claros e pragmáticos. No fim ela consegue sair do bordel sozinha e ser independente com seu próprio negócio. Se aproveitando dos efeitos de seus próprios golpes ela compra um pedacinho do mundo para ela, e essa é a única solução em uma sociedade que ainda não mudou para acomodar essas novas mulheres. O Mizoguchi desde sempre fez filmes mostrando a situação dessas mulheres, em seus últimos filmes questionando até quando aquela situação continuaria. É uma pena que esse seja seu último filme. Enquanto ele teve a oportunidade de ver a lei anti-prostituição aprovada, e talvez não tenha ficado satisfeito com ela mas pelo menos foi um primeiro passo em frente, ele não viveu para ver a lei entrar em vigor, morrendo em Agosto de 1956. De todo modo deixou sua marca na cinematografia mundial. E a última cena do filme foi desconfortável de assistir. ah, esse filme se passa em Tóquio, só para saber, porque alguns desses filme podem também se passar em Kyoto.
15/01/2017, 17:32 |
Arrival (2016)
Fazia tempo que não via um sci-fi assim, focado mais na parte humana, emocional no que em efeitos especiais (mesmo assim esses ficaram excelentes). Obra bem escrita (vou ler o livro em que foi inspirado) e dirigida, além de uma OST superba. |
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