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Qual o último filme você assistiu? - 2015 ~ 2017


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491 respostas neste tópico
 #421
Tive o prazer de assistir ontem Robocop - 1987. 

[Imagem: XUlX4HY.jpg]

Bons tempos quando Hollywood sabia fazer um filme de ação bem feito. A brutlidade com que paira em too filme ao tratar o deliquente satisfaz qualquer desejo de punibilidade da população mais "raivosa". Me arrisco a dizer que trata se da "Tropa de elite" americana, ainda mais ligado ao contexto de alta taxa de criminalidade e sua boa recepção nos cinemas. Recomendadíssimo!
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 #422
[Imagem: NTTva0f.jpg]

Fora a atuação impecável de 90% do elenco e as metáforas sobre reclusão e liberdade, achei bem mais ou menos. Na verdade é quase uma prova de paciência ver as duas horas só com atuação decente e nada mais que isso. Também conseguiram retratar muito bem o ambiente melancólico do hospício.
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 #423
Petal Dance, 2013 Japão

[Imagem: yZ6mNKR.jpg]

Seja lá qual for o tema aqui me lembrou vagamente Maboroshi que comentei anteriormente e o mangá Undercurrent. Novamente recomendo mais o mangá Undercurrent do que esses dois filmes, porque outra vez Petal Dance não diz nada. Não saber o que dizer e o que pensar que é o ponto nesse tema, incompreensão, mesmo assim o filme tem que trabalhar em cima dessa ideia e mais uma vez não fiquei satisfeito.
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 #424
Secret Sunshine, 2007 Coreia do Sul

[Imagem: Y7c4jay.jpg]

Em primeiro lugar, a última cena. A última, última mesmo, o último quadro.
Não sei o que dizer, fiquei com a sensação de que faltou um algo a mais ali...
Enfim, filmaço. Realmente não quero comentar sobre esse filme, talvez eu possa dizer apenas que tem um pouco sobre justiça e perdão. Recomendo especialmente esse filme porque em alguns aspectos ele tem uma proximidade maior com nós aqui no Brasil do que outros filmes do gênero vindos da Coreia.
E é um filme bem feito, a atuação da protagonista é excelente.
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 #425
Vendo os filmes relacionados da atriz de Secret Sunshine encontrei esse, que também tem o ator de A Bittersweet Life e decidi assistir. Tinha cara de ser bobinho mas por isso mesmo quis assistir, também por ser um daqueles cenários de artes marciais em tempos medievais, só que na coreia, algo que ainda não tinha assistido.

Memories of the Sword, 2015 Coreia do Sul

[Imagem: rKFdJo1.png]

A história até que me surpreendeu, infelizmente o roteiro me decepcionou bastante.
Ao invés de pegaram a história e desenvolverem ao máximo junto com os personagens e todo seu potencial dramático perdem tempo tentando fazer algo bonito para o elenco. As lutas sã ridículas, com gente voando sem motivo, exército de um espadachim só, sem nenhuma explicação e principalmente impacto na história.
Me deu vergonha ver a atriz de Secret Sunshine aqui, personagem dela é ridícula, ela é cega, o misteriosamente consegue se deslocar e viajar para qualquer lugar de uma forma absurda. Tem muitas cenas onde os personagens pulam de um cenário para outro sem justificativa, de forma impossível.

Enfim... um filme besta que tinha potencial.
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 #426
Ashes of Time, 1994 Hong Kong

[Imagem: U5Y4hxL.jpg]

Assisti esse filme do Wong Kar-Wai em sua versão teatral, a original, não a versão Redux de 2008.
Parando para pensar eu só tinha assistido a um filme do diretor, In the Mood for Love, mas esse aqui é aquele estilo mesmo, ele é muito característico. História de vários personagens e seus amores (e frustração) contado de forma errática. São filmes que pedem muito uma segunda assistida para entender melhor as nuances do que acontece já sabendo da história.
Como sempre um filme bonito e colorido.


Agora irei rumar ao sul do continente, Taiwan.
Queria assistir ao documentário Flowers of Taipei, sobre o cinema taiuanês da década de 1980 que parece ter tido uma explosão de qualidade ímpar, só que não encontrei. O trailer do documentário lista os nomes de 8 filmes importantes mencionados pelo documentário, então selecionei alguns para assistir.
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 #427
Lightning (Inazuma), 1952 Japão

[Imagem: yUeLr8J.jpg]

Já devo ter comentado isso por aqui, e quanto mais assisto filmes do Naruse mais reforço essa impressão pessoal.
Tenho outros filmes do Ozu para assistir só que já tinha reclamado que eles são repetitivos, sempre a mesma ladainha sem nenhuma novidade e... chatos. O estilo de filmar dele embora elegante pode ser bastante monótono, com aquelas atuações engessadas, diálogos não lá muito interessantes, sem contar a história. No início é novidade mas logo se torna um porre ver aqueles homens se metendo na vida das mulheres para casá-las. Isso já indo para o meio da década de 1960.

Os filmes do Naruse são uma libertação disso porque abordam os mesmos problemas que dificuldades das mulheres, mas de forma menos superficial, e dá mais independência para elas. Também mostra o lado dos homens, que eles não são inocentes sem demonizá-los. São histórias e roteiros mais ricos, com os mesmos temas.
Os diálogos são mais naturais, o elenco tem mais liberdade para atuar, no fim são filmes muito mais agradáveis de se assistir.

Com o tempo o Naruse parou com os experimentalismos cinematográficos dele e passou a filmar de forma mais convencional. Comentei sobre isso quando assistia aos filmes mudos dele. É chocante de assistir aqueles filmes, é uma coisa surreal, você não acredita que havia gente fazendo filmes como aqueles na década de 1930 no Japão, e isso com histórias "feministas".
Com o tempo ele foi diminuindo os preciosismos porque afinal eles não necessariamente torna os filmes melhores e passou a se concentrar nas histórias e roteiros, com um bom elenco. Isso não quer dizer que ele encontrou uma formula simples e se prendeu a ela, com o Ozu. Não quero desmerecer o Ozu porque a formula dele tem méritos, e eles tem filmes muito bons como Floating Weeds, Late Spring e o monumental Tokyo Story, dos que já assisti, só pra mim realmente dá a impressão de que ele chegou em uma fórmula para o formato e conteúdo e se conformou com ela. Não é fácil recomendar os filmes do Ozu, teria que escolher uma meia dúzia para pessoas preparadas, enquanto que qualquer filme do Naruse eu recomendaria facilmente para qualquer um.

Esse filme Lighting é mais um bom filme sobre mulher que querem casar e como ela lida com isso, e com a família principalmente. Não posso dizer que há grandes novidades, mas é um bom filme sobre o tema e não pega uma saída fácil óbvia lá pelo final. Aliais, acena final é magistral, vou deixar o detalhe em spoiler, e é um pequeno detalhe que quase me passou despercebido.
Spoiler:  
Depois de a Miyako discutir com a mãe e juntas chorarem as amarguras e decepção com a vida e com elas mesmas e a Miyako acompanha a mãe quando ela vai embora. No caminho para casa, caminhando pela rua a mãe abaixa e pega uma tampa de lata. Disse que pensava que era uma moeda de prata, e a Miyako ri dela dizendo que ela sabe que não poderia ser porque já não circulam mais moedas de prata, seguida da mãe que diz que sabe disso mas não pode evitar pensar que fosse.
Não é uma metáfora para o que elas discutiram antes?
A mãe sabe que nada sairá dali, da família, mas não consegue desistir e parar de acreditar e esperar que algo bom virá deles.
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 #428
A Petal, 1996 Coreia do Sul

[Imagem: kmvGEbh.jpg]

Costumamos só pensar na situação da Coreia do Norte que vive em uma ditadura militar até hoje, só que depois da divisão de Norte e Sul, o Sul também ficou sobre uma ditadura. Na verdade várias. A democratização do Sul é tão recente quanto a redemocratização brasileira.
Em 1980 em mais um episódio de golpe, e assim como aqui no Brasil na época já se começava a pensar em uma abertura democrática, houve um movimento popular e estudantil forte que acabou massacrado pelo exército no que se tornou em um dos episódios mais marcantes da história recente do país. Os números oficiais de mortos e desaparecidos são muito mais baixos do que os estimamos porque por muito tempo foi tratado como crime contestar a versão oficial. Não foram apenas "mortes", foi um massacre mesmo. Esse filme tem relação com isso.

Há uma garota vagando sozinha pelo interior que se aproxima de um homem aleatório que encontra pelo caminho e passa a seguir ele. Ele se irrita, tenta afastá-la, agride ela (até sexualmente) e por fim como a garota não desgruda ele acaba levando ela para casa (ela segue ele).
Essa garota está visivelmente traumatizada com algo e com o passar do tempo aquele homem aleatório depois de começar a se acostumar com ela começa a ter ideias do que pode ter acontecido. Não apenas que algo de ruim aconteceu com ela para ela ficar daquele jeito, mas exatamente o que foi que aconteceu.
Enquanto isso um grupo de quatro amigos roda o interior à procura da garota, seguindo pistas de pessoas que a viram zanzando. O homem que está com ela durante o filme não foi o primeiro a cuidar ou abusar dela.

Esse filme tem um pano de fundo político, mas não faz muito discurso político.
Os quatro amigos apenas querem encontrar a garota pelos motivos pessoas deles, e a garota é apenas uma vítima inocente dos massacres. Algo importante a se ter em mente é que naquela época a visão sobre os acontecimentos e momento político era diferente, era início dos anos 1980, as informações não eram claras. Havia boatos mas eram apenas boatos, e as pessoas temiam saber da verdade.

O tema e mensagem do filme é mais uma lembrança da tragédia, porque muito ainda havia de ser feito na época em que o filme foi filmado. Só por volta daquela época e no ano seguinte que foram tomadas ações para punir os culpados e reparar os danos às vítimas. Teve memorial, feriado, o serviço completo.

Sobre o filme em si, ele é muito bom. As cenas intercalam a garota e o homem se desentendendo, os amigos procurando a garota e a garota tendo surtos e delírios. Vamos descobrindo o que e como aconteceu com ela aos poucos através desses delírios dela. Depois que terminei de assistir pensei que apenas tinham feito a garota parecer louca mas... sabe quando você vai dormir e tem as melhores ideias? Então, percebi que os surtos da garota, os ataques que ela tinha não eram aleatórios, eles tinham sugestões sobre o que aconteceu com ela. Para deixar registrado, em spoiler:
Spoiler:  
Quando o homem vai estuprar ela dentro da casa, quando tira a roupa dela toda, ela tenta se defender mas ao invés de atacar ele ela pega algo e começa a se arranhar, depois fica quieta no chão. Fui perceber depois que ela estava se fingindo de morta coberta de sangue como ela lembrava ter escapado da morte sendo confundida com um cadáver e colocada no caminhão do exército com os outros corpos.
Mais para frente quando ela começa a surtar sem motivo no canto dela coçando a mão até sangrar, ela provavelmente estava lembrando da mãe segurando a mão dela e tentando se soltar.
O riso eu não tenho ideia do que seja, o que ele significa.
E certamente tem outros detalhes mais que eu precisaria rever para identificar.
A atuação da garota é excelente, convincente, e foi trabalho de estreia de uma atriz hoje consagrada. Ela também é cantora, curioso saber disso lembrando do início com ela cantando.

Enfim, um filme com conteúdo e estilo interessante.
Pontos adicionais por ser do meio da década de 1990 e não ter os modelos de hoje.
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 #429
Floating Cloads, 1955

[Imagem: CY9Dk0F.jpg]

Francamente, esse é um filme fraco do Naruse.
Não tem nada para se discutir dele, é um filme razoável, feito para ser triste, uma tragédia. Por causa disso todas as decisões "erradas" que os personagens tomam, para eles e para com outros, dão a sensação de acontecerem apenas para somar na tragédia e sofrimento dos personagens, sem ter intenção de ser um estudo ou crítica como outros filmes desse diretor e de outros.
É um filme parecido com tantos outros, em forma e conteúdo, porém diferente na intenção e isso fica aparente.
O filme tem um problema também, a história se passa ao longo de vários anos e nunca a passagem de tempo fica clara. Você vê os personagens agasalhados e reclamando do frio e tem a sensação de que a história está acontecendo durante o mesmo inverno, mas não, você sabe que isso não faz sentido, você sabe que o tempo está passando em saltos. A fotografia em preto e branco não consegue comunicar isso, nem mesmo mostraram algumas imagens de árvores para facilitar.
Esse é um filme que não posso recomendar, há muitos outros melhores do Naruse para assistir.
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 #430
Fui no festival de inverno aqui em Campinas, no MIS. Passou "O Cheiro da Gente", de Larry Clark. Filme Frances.

[Imagem: XDCyzSW.jpg]

Filme com alta carga Audiovisual, tem por foco os jovens franceses. Faz bem o retrato social dessa nova geração de jovens, achei muito bem feita, mostrando uma insesante busca por sexo, drogas, diversão, pela satisfação de seu ego e necessidades quais que sejam. Arrisco a dizer que quase de forma animalesca. Me fez refletir bem sobre a "revoluçao sexual" e como se busca satisfazer seu prazer independente do outro, sempre tendo o "eu" em detrenimento do outro, que se torna mero produto descartável.


Recomendo o filme.
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