Como prometido terminei o Saya no Uta, e pra compensar o grande off-topic que eu iniciei vou deixar umas impressões.
Vamos começar com a parte técnica, sendo esse a sexta VN que eu jogo agora eu posso ter uma opinião mais séria sobre esse aspecto. Eu tinha lido spoiler dessa VN faz muito tempo, foi o que me interessou a jogá-lo, talvez por isso o impacto dele não foi tão grande quanto o da anachan. Mas a ambientação da VN realmente é muito boa (a primeira cena fora do hospital vira o estômago se você não tiver preparado), só que as CGs deixam a desejar (chegam a ser pior que Tsukihime, o que não é nenhuma referência
) . A VN carece de animações em algumas partes que poderiam ajudar a cena a ficar mais dramática, mas o fato de usarem a cansada engine NScripter não ajuda. A dublagem é boa mas achei os efeitos que eles colocaram na versão "monstra" da Yoh muito ruim, ficou com voz robótica ao invés de monstruosa. Os efeitos sonoros são genéricos (pra variar
) . A trilha sonora é excelente, mas algumas vezes a música não encaixa com a situação (por exemplo, a música que colocaram na batalha entre o Fuminori e o Koji bem estranha). Ou seja, Saya no Uta é bem medíocre na parte técnica.
O que falta na parte técnica o Gen Urobochi cobre na trama. Até agora eu estava acostumado com os épicos do Kinoko Nasu e o jeito de escrever do Urobochi é bem diferente (e isso se reflete na duração da VN: qualquer obra do Nasu passa fácil das 50 horas de jogo, Saya no Uta tem no máximo 10 se você enrolar muito). Ou seja, o Urobochi não fica tentando tornar cada cena perfeita. Existem alguns buracos na trama (principalmente na parte de ambientação), mas ela trata alguns assuntos interessantes: como é fácil matar algo que não se parece com a sua espécie, evolução das espécies, o que é o amor e o que é um ser humano? Essas questões que são respondidas principalmente no terceiro arco é o que tornam ele meu arco favorito (ele também é o que eu considero o final "bom"). O segundo arco cobre mais o passado da Ryouko, mas mais uma vez, o Urobochi prefere algo direto do que o conto épico estilo Nasu. Então o passado dela é coberto de forma bem rápida por um diálogo, o que ficou com um gostinho de quero mais. Esse também é o final ruim, pois quase todo mundo morre e o que fica vivo quer se matar. O primeiro arco é o mais curto e eu diria que é o final normal. Lembra um pouco o final do arco "Fate" no F/SN.
Não consegui simpatizar com nenhum personagem porque eles parecem todos muito genéricos para mim, com exceção da Ryouko (mas ela é muito distorcida pra mim
) e a Saya. Mas acho que se fosse pra criar uma personalidade mais complexa a VN tinha que ficar muito maior e provavelmente não era esse o objetivo do Urobochi. Se o personagem é genérico, você não precisa explicar o passado do personagem e assim se foca mais na trama.
Enfim, Saya no Uta é realmente bom. Não é brilhante, não é épico, mas esse não é o objetivo dele. As questões que a VN deixa em aberto com certeza valem pelo menos uma jogada.
(25/05/2012, 12:11)anachan Escreveu: Falando nele, não sei se acho bom ou ruim que não falaram muito sobre o que exatamente causou a condição dele. Mas nesse tipo de história é melhor deixar algumas coisas sem explicação mesmo.