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Com a derrota na II Guerra Mundial, o Japão pode enfim ser inundado com os bens de consumo e produtos culturais do Ocidente. Porém, em vez de se render às pretensas maravilhas do mundo ocidental, os japoneses as fizeram se adaptar a suas próprias tradições e as devolveram ao mundo como algo novo. E o maior exemplo disso, para o autor Paul Gravett, talvez sejam as histórias em quadrinhos. Em 'Mangá - Como o Japão reinventou os quadrinhos', Paul Gravett examina o surgimento de uma indústria responsável por aproximadamente 40% de todo o material impresso no país. Ilustrado com páginas de desde os considerados grandes clássicos dos mangás até os sucessos mais contemporâneos.
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Um dos mais importantes livros teóricos brasileiros sobre histórias em quadrinhos está com uma nova versão disponível em livrarias. Trata-se de Mangá – O Poder dos Quadrinhos Japoneses, uma tese de doutorado da Prof. Sonia Bibe Luyten, convertida em livro em 1991. A obra analisa os primórdios da indústria do mangá, suas origens históricas, os precursores e destaca Osamu Tezuka (1928~1989), o pai do moderno mangá. Criador de A Princesa e o Cavaleiro, Vingador do Espaço, Astro Boy e Don Drácula, Tezuka é reverenciado como o Deus do Mangá em sua terra natal e Sonia explica o porquê num segmento todo dedicado ao mestre. Com muito didatismo, Sonia destaca a importância do mangá como entretenimento barato e escapista em uma sociedade competitiva e cheia de regras. Para tanto, conta com o depoimento de três membros de uma mesma família. Contextualizando todas as informações que a autora fornece, fica fácil entender como as revistas de mangá vendem aos milhões, com grossas edições semanais. Uma lição para o ocidente, onde o gênero quadrinhos tem atravessado crises de popularidade e vendas. O livro também destaca a produção dos quadrinhos brasileiros em estilo mangá, mas sem a atualização necessária. São citados apenas autores surgidos até os anos 80, alguns deles já fora do mercado atual. Diversas ilustrações (muitas raríssimas) complementam a obra que, em sua segunda edição, oferece uma nova chance àqueles que não tinha onde obter dados históricos e sociológicos sobre mangá. Para quem gosta de mangá, para quem acha que mangá é apenas um monte de figuras de olho grande e cabelo espetado, ou para qualquer interessado em fenômenos de comunicação de massa, o livro é leitura obrigatória. Confira. Mangá – O Poder dos Quadrinhos Japoneses Autora: Sonia Bibe Luyten Editora Hedra 240 páginas
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O livro “A Presença do Animê na TV brasileira” é fruto de um estudo jornalístico, pesquisa e fundamentação histórica da animação japonesa no Brasil. Os primeiros títulos nos anos 60 e 70, as obras exibidas nos anos 80, a explosão dos anos 90 e a consolidação nos anos 2000. Escrito pela jornalista Sandra Monte, “A presença do animê na TV brasileira” é mais uma dessas obras pioneiras que só têm a contribuir com a escassa bibliografia nacional sobre a cultura pop japonesa, como também reúne dados e informações importantes para os pesquisadores e estudiosos da televisão brasileira.