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Destino ao Paraiso.


Tópico em 'Fanfics & Fanworks' criado por tiocha em 13/12/2013, 22:15.
3 respostas neste tópico
 #1
Um Novel romântico, que espero que gostem.
Prometo postar cada parte em semanas.

Vou atualizando o tópico e colocando novas partes.

Se gostar ou não gostar, adoraria receber um comentário. Desde já eu agradeço muito.


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Devaneio - Parte I


O que e a vida? Se não e apenas um obstáculo para a infinidade, quando me vejo distante de mim mesmo me sinto mais próximo de um sonho distante, que talvez nunca conseguirei alcançar.

Enquanto observo a garota deitada na neve ao meu lado, eu admiro seus cabelos negros e seu sorriso meigo e difícil de se ver por ai. Aquele rosto me acalmava, me fazia me sentir eu mesmo.

Mesmo ela me achando um bom amigo, não sei se mereço tal titulo, talvez eu devesse me declarar, mas creio que ela nunca me aceitaria, ela sempre foi uma garota fascinada pelos estudos e pelo seu futuro com a musica. Eu apenas seria um estorvo em sua vida, um obstáculo imóvel e difícil de se retirar do caminho.

Talvez se eu me levanta-se e me declara-se, talvez esta dor no meu peito sumisse e me desse um ar de esperança, mas quando vejo os seus olhos cintilantes e meigos me deixo recuar por um instante com aquele sentimento de medo de perdê-la. Eu apenas queria tê-la, mas e se eu me perder? E se eu nunca conseguir dizer o que esta entalado em minha mente desde o momento que e revi? Será que morreria? Existe uma possibilidade de morrer de amor fora dos filmes?

-Thomas você esta bem? - Andie perguntou observando Thomas tampando o rosto evitando olhar para o sol que tentava quebrar o branco das nuvens -Você parece estranho.
Limpando o rosto Thomas evitou olhar para que se virou e o observou de forma fixa como se estivesse tentando ler a sua mente. Andie era do tipo inteligente preferia passar o dia lendo bons livros ou cantando.

-E apenas impressão sua, nunca me senti melhor - Thomas abriu um sorriso falso fazendo Andie voltar para a posição que estava.

-Você e estranho - sorrindo Andie se levantou e fez uma bola de neve.

Thomas sempre se perguntava, por que aquela bela garota agraciada por todos e também amada, conversava com uma pessoa sem graça e bipolar como ele, aquilo sempre dava esperança, mas tinha este sentimento sempre quebrado com a palavra "Amigo, Meu Melhor amigo, meu amigo inútil". Não existe algo pior do que a palavra "Amigo" saindo da boca de quem você ama.
O rapaz sabia bem como era, aquela palavra quase era um dilema para Andie quando estava com ele.

-Levante - Andie falou e jogou a bola de neve no rosto de Thomas que se levantou e espreguiçou.
Dando uma risadinha Thomas preparou uma boa bola de neve e falou - Corre - sorrindo ele notou Andie corre, isso o fez arremessar nas costas da garota, fazendo o casaco preto apresentar vestígios branco feitos pelo gelo.
Notando a garota parar ele sentiu que ela havia resmungado a palavra "Idiota" bem baixinho como se não estivesse gostado de ter sido acertada.

Andie era complicada como um quebra-cabeça ambulante, que sempre faltaria uma ultima peça no final, ninguém nunca entendia o sentimento da garota que era vista por muitos rapazes como "A garota feita para casar", diferente de muitos Thomas não a via simplesmente daquela forma, ele via como algo a mais, alguém que o deu sentido para viver.

A humanidade sempre buscou um sentido com relação a vida, Thomas descobriu tal coisa na quinta serie do fundamental quando olhou para aquela garota pela primeira vez. Andie era a mais nova e pequena da turma, mas mesmo com uma diferença de idade era a mais inteligente ofuscando ate Thomas que sempre teve as melhores notas.
Aquele foi o primeiro marco do seu sentimento, que primeiramente denotou como "Respeito" naquela primeira impressão, mas mesmo com o fim daquele ano e a separação nos anos seguintes, ele não conseguia parar de pensar como ela estava ou estaria. Isso o fazia sempre perguntar sobre a mesma para seus antigos amigos que ainda tinha contato. Os amares neste período não tiveram sentido e ele sempre se perguntava se um dia a reencontraria.

Até que [...]

Ate que tudo ocorreu de forma espontânea em um belo Outono onde as folhas caiam e os pássaros cantavam de forma doce e pura.

Thomas por um instante chegou a dar alguns passos para trás quando percebeu Andie sentada em um banco de praça lendo um livro sobre "Cavalaria", em baixo de uma arvore que sempre perdia uma folha enquanto o mundo suspirava em sua direção.

A falta de palavras naquele passado veio remetido naquele mesmo tempo que Andie se mantinha de cabeça baixa. Era como estar vendo o passado no presente. O presente e o passado se viravam com o mesmo doce sorriso.
Aquilo o fez caminhar de forma lenta em direção da garota, abaixando a cabeça ele falou - Andie - percebendo a atenção, ele falou - Eu te amo!

O espanto fez Andie recuar e falar - Desculpe Thomas, mas sempre seremos amigos.

"Amigos, Amigos, amigos, amigos, amigos, amigos, amigos, amigos, amigos, amigos, amigos, amigos, amigos"

Se levantando de uma vez, Thomas colocou a mão no rosto enquanto pensava em seu sonho - Droga - dando um suspiro ele olhou para o teto - Era apenas um sonho, apenas um sonho ruim - colocando a mão no peito ele riu - Ate parece que eu teria coragem de me declarar daquela forma.

Olhando para o lado ele olhou para o porta retrato onde estava, Andie, ele e Jessica uma amiga que logo apresentarei no longo deste romance. Olhando mais para o lado ele observou o belo pôster chamado "Wings on fire", um single, cantado por nada mais, nada menos que Andie.

Mesmo famosa a garota continuava tendo contato com Thomas, mesmo sendo agora menos freqüente por causa dos shows, mas não pense que tal desventura o abateu, talvez apenas o fortaleceu.

-Droga - sentindo uma forte dor de cabeça ele olhou para o despertador que marcava 5:30 A.M, isso o fez dar um suspiro - Meia hora para levantar - o fato daqueles trinta minutos trazia um certo desapontamento em Thomas, mas também um alivio por não ter terminado o sonho.

-E melhor eu ir me arrumar, se levantando ele coçou a cabeça e caminhou ate para fora do quarto onde direcionou ate o banheiro.

-Odeio este tipo de sonho - tirando a roupa ele seguiu ate o chuveiro onde o ligou e deixou a água cair no rosto - Espero que eu consiga alcançá-la - fechando os olhos ele deixou a água quente limpar sua memória.

Com pequenos flash's de memória ele se lembrava de pequenos vestígios do passado, como o primeiro show de Andie, que havia se tornado uma das promessas da musica indie.

Ele apenas se lembrava da doce voz que cantava a musica "O canto de um Anjo", que descrevia o amor de um ajo por uma humana que teve o seu fim condenado ao inferno. O anjo que sempre cantava na mente da mulher que amava, resolveu trair o céu e arrancar as próprias asas, para buscar o seu grande amor.

A musica tinha um ritmo doce e livre com um pouco de tom clássico aos ouvidos, mas o final e triste, pois  como todo amor condenado o fim chega sempre mais rápido e de forma dolorosa, como um forte no dedo, você consegue aliviá-lo, mas não consegue se livrar da dor do corte.

Olhar para aquela garota enquanto cantava o libertava o fazia esquecer o quão podre era a realidade. O fato dela observá-lo cantava fazia o seu rosto ficar pálido e seu coração latejar, se controlando para não explodir.

Amar e como estar em um abismo sem fim, você pode recuar e tentar encontrar um outro caminho ou pode simplesmente pular e deixar o destino encontrar o fim sozinho.

Desligando o chuveiro, Thomas caminhou ate o espelho e olhou nos próprios olhos - Eu vou alcançá-la e conquistá-la, não a sentido se eu nunca tentar.

Seguindo de volta ao quarto Thomas notou uma garota sentada na cama parecendo que estava o esperando, de forma calma ele perguntou - Como entrou aqui?

-Da mesma forma de sempre - Jessica falou e se deitou na cama.
Olhando para a janela aberta o rapaz caminhou ate o guarda roupa e pegou o uniforme - Poderia se virar ou sair do quarto?

Jessica sorriu e embrulhou a cabeça com o cobertor - Nos conhecemos desde criança e ainda tem vergonha de ficar nu na minha frente? -emburrada ela espiou levantando um pouco o cobertos, mas para sua decepção ele estava vestido - Como ele consegue?

-Pode olhar agora - Thomas falou e notou o rosto envergonhado de Jessica - Para de ser pervertida você tem namorado.

-Fique calmo, ele não tem ciúmes de você -  Jessica sorriu remetendo que seu namorado Ricardo gostava bastante de Thomas, já que ambos também são amigos de infância.

-Sim, mas eu tomaria cuidado, Ricardo e uma boa pessoa - Thomas falou e percebeu Jessica se sentar com o rosto pensativo - O que foi?

-Parece que Andie entrou no nosso colégio ontem - Jessica falou e percebeu o rosto pálido de Thomas - Tudo bem? Thomas?

Uma forte gargalhada saiu do garoto que não sabia se sentia feliz ou desesperado com a situação repentina.
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 #2
Uma Cantora de Sonhos - Parte II


Limpando o suor do rosto com uma pequena toalha, Andie se demonstrava exausta em seu camarim, que tinha varias coisas para comer como rosquinhas, tortas, chocolates. Era uma verdadeira mesa de guloseimas, que acabaria com a dieta de qualquer mulher.

Dando um suspiro, Andie alisou o seu cabelo com alguns enfeites e um pouco duro devido ao laquê.
Andie era bonita, uma beleza diferente das que você vê por ai, ela não tem um corpo avantajado e nem exagerado, era como uma boneca de pano, com o seu rosto branco e cabelos negros. Para se amar alguém não se leva o corpo em consideração, um amor de aparências, nada mais e que uma mentira.

Aquela garota era diferente como eu havia falado, não por sua pele doce e macia, mas pela sua forma de ver o mundo, a sua visão era como "magia", ela apenas morreria se parasse de sonhas.

Olhando para o espelho Andie observou a foto encaixada , minuciosamente na borda do espelho. Em sua imagem esta Jessica, Thomas e ela, a mesma foto que Thomas olhara na mesma noite. Observar aquela foto a trazia calma e mais felicidade, fazia esquecer a fadiga que estava sentindo naquele momento.
Se virando para trás ela notou sua empresaria parada em frente da porta, os cabelos negros e longos eram banhados pelo rosto maduro e serio da mulher que chamava Larissa.

-Esta pronta? - Larissa perguntou se aproximando de Andie que se manteve calma observando a foto - Vejo que esta ocupada, estou te esperando no carro, irei pedir que levem o seu equipamento.

Fazendo um sinal positivo e doce Andie se levantou e pegou a foto no espelho e caminhou ate a empresaria que abriu a porta para que ela pode-se passar - Obrigada - saindo ela observou o corredor vazio e o silencio que chegava a ser atormentador - Onde esta todo mundo?

-Em casa, todos foram embora - Larissa falou caminhando na frente de Andie - Antes que eu me esqueça, parabéns, você esta melhorando a cada dia - Larissa era uma mulher determinada com qualquer outra que sonha em enriquecer algum dia. A sua ponte para o sucesso era Andie, a cantora que estava conquistando todo o país.

-Obrigada - abrindo um sorriso ela agradeceu Larissa que manteve o foco no caminho - Estou exausta.

Ainda não entendo, porque quer voltar a estudar - Larissa falou de forma firma - Você tem tudo, por que voltar agora no auge de sua carreira?

-Ainda não sei bem, creio que não quero ser mais uma pessoa sem sentido ou vazia. De que adianta o dinheiro se o proprietário não tem inteligência para usá-lo - Andie falou e notou Larissa abrir a porta que tinha "Saída de emergência" como luz no teto.

Quando a mulher abriu a porta, os flashes eram intensos, os fotógrafos e jornalistas perguntavam como ela se sentia com relação ao show e de seus próprios planos, mesmo tendo a possibilidade de falar Andie era impedida enquanto Larissa a puxava impedindo que falasse com os paparazzo.

A fama sempre tem um custo, a privacidade, um sorriso, Andie sabia como era aquilo, tinham dias que ela não conseguia dormir devido aos shows ou o sentimento de estar sendo vigiada.

Se você vive por um sonho, você deve começar a entender que existem sacrifícios, como estudos, lazer, vida social e ate intima. Andie havia se adaptado, mas não totalmente, mesmo vivendo o que sempre desejou ela ainda sentia falta de coisas do passado, como seus velhos amigos.

Olhando pela janela do carro, Andie notava as luzes da cidade passarem de forma rápida e rítmica. As belas luzes de uma cidade noturna que nunca dormia, era sempre decorada por boates e pessoas de varias idade que se vestiam de forma extravagante.

Isso fazia Andie sorrir com a situação enquanto encostava a cabeça na janela que aos poucos era molhada com as primeiras gostas de chuva que caiam do céu. Uma cidade a noite e uma fonte de inspiração era como as batidas de Jazz, de um ritmo suave a um animado ao som do bom saxofone, era apaixonante.

Andie não sentia amor por alguém, mas aquilo era ligado ao seu não entendimento com a palavra.

-Creio que não vai ter como eu ir para casa, as aulas começam agorinha - Andie falou e olhou para o rosto serio de Larissa que não continuava aprovando a situação - Não vejo a hora de relembrar - mantendo-se meiga ela fechou os olhos, tudo o que passava em sua mente era o que ocorreria em duas horas.

Com a voz calma ela cantava em voz baixa como um sussurro, como um doce e velho sussurro.

"Noite escura,
Noite de tormenta
Deixe-me imaginar
Deixe-me sonhar,"

Larissa olhava aquela situação enquanto a garota cantava a sua própria musica de "ninar", o rosto pálido e frio era quase como ver um cadáver. A mulher não tinha expressões, era como se tudo não passasse de um filme ruim.

"Diga aos pássaros,
Que me traga um amor.
Que em suas costas carreguem asas.
E e em seu peito um coração apaixonado,"

Andie embaralhava o ritmo da musica enquanto se deixava levar pelo agradável sentido da noite de sono. A pressão que suas pálpebras faziam como se estivesse massageando a sua mente era agradável, como se estivesse se livrando das preocupações e pisando em um novo mundo.

Percebendo a musica acabar Larissa dirigiu a sua mão direita ao radio do carro o qual ligou e sintonizou em uma frequência de noticias. Diminuindo o volume ela deixou em um que não atrapalha-se o sono de Andie.

As noticias eram varias como esportes, economia, guerras, crise, poluição, criação, destruição e ate provavelmente o fim do mundo, mas tudo o que a interessava era "Musica". Larissa sempre se interessava nas noticias sobre os shows de Andie e pela sua sorte, era o que estavam debatendo naquele momento.

-Parece que ela sempre vai nos surpreender do vestido ate na maneira de falar com o publico - Richard era um dos comentaristas, parecia que ele era o que fazia boas criticas e não se deixava levar apenas pelo podre da pessoa.

-Não acho isso, Andie ainda e apenas uma garotinha no mundo dos adultos, ela tem que explorar seu potencial e deixar um pouco esse lado meigo e adotar um rebelde - Augusto era o segundo comentarista, com sua voz mole ele era do tipo extravagante que era forjado para destruir qualquer celebridade.

-E como você imaginaria isso? O que faz Andie alguém, e o seu estilo - Richard falou alterando a voz.

-Para mim e um jeito que vai dar uma fama rápida, mas logo depois será esquecida, ela precisa de um namorado ou alguém que a coloque no caminho certo - Augusto falou aumentando também a voz.

-Namorado? - Larissa resmungou e olhou para Andie - Isso só seria uma perca de tempo, alguém na vida dela agora, só nos traria problemas - a mulher resmungava enquanto dirigia o carro. Larissa acreditava que qualquer um que aproximasse naquele momento era devido a fama da garota, não existia amor naquele momento.

Para Larissa amar era apenas um jogo de mentiras que e sempre fácil de ser substituído.
Abrindo os olhos lentamente Andie notou o seu apartamento mais a frente, não era lá grande coisa, mas era agradável pelo fato de apenas visitá-lo para tentar ter uma boa noite de sono, mas este não era o caso. Ela precisava apenas de uma boa ducha e do seu uniforme, para iniciar o seu dia letivo.

Saindo do carro ela caminhou ate a fachada do apartamento e olhou em direção de Larissa que se mantinha no carro - Quer entrar? - notando o aceno negativo ela se dirigiu ate o elevador onde escolheu o penúltimo andar - Que sono - esfregando os olhos ela espreguiçou - Espero que eu não durma na aula - tirando o celular do bolso ela leu a mensagem de sua amiga de Show "Letícia" que dizia:

"Oi Andie, apenas estou mandando esta mensagem para dizer que você estava um espetáculo no show. Mesmo a minha apresentação sendo antes que a sua, permaneci e escutei algumas de suas musicas, digo apenas que adorei."

A mensagem fez Andie sorrir e guardar o telefone. Letícia era uma amiga que ela tinha desde o primeiro show de sua carreira, ambas começaram juntas, mas apenas uma delas deslanchou.

Entrando no quarto Andie observou o uniforme na cama, ela mesmo havia preparado e passado tudo, no intuito de se arrumar rapidamente. A alegria era vista em seu rosto, ela mal conseguia se contar com a situação de voltar a realidade.
 
 
 
 
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 #3
Encontro de Mascaras - Parte III

Caminhando de forma pensativa Thomas analisava a situação em sua volta, ele não sabia bem como se comportar diante de Andie quando chegasse no colégio.

Jessica ria da expressão do amigo que parecia ao ponto de surtar e sair correndo em meio a multidão - Fique calmo Thomas, não vai surtar logo aqui no meio da rua.

Ainda  não consigo entender porque ela veio parar logo no nosso colégio - olhando para trás ele notou Ricardo correr com uma mochila nas costas no intuito de alcançá-los, isso fez Thomas sorrir com a situação constrangedora do rapaz que se demonstrou ofegante perto de seus companheiros.

-Por que não ligou Jessica? - Ricardo perguntou percebendo que os seus pulmões estavam gritando "Faça um exercício antes de correr feito um louco, seu sedentário",  Ricardo era do tipo "Inteligente", não CDF ou Nerd, apenas inteligente, ele não era do tipo que tirava sempre boas notas ou o que era fascinado em jogos de estratégia, era apenas o velho garoto que sabia desmembrar um assunto e fazê-lo ficar a seu favor. Mesmo magro e com óculos de massa ele conseguiu convencer "Jessica", uma das garotas mais atrevidas e pervertidas a aceita-lo em namoro.

-Não tenho obrigação de acordar marmanjo, já esta bem grandinho para acordar sozinho - Jessica falou sem olhar para Ricardo que se demonstrou decepcionado com a atitude da garota.

-Diga por que Thomas esta tão branco? Parece que viu um fantasma - Ricardo perguntou analisando Thomas que realmente estava apreensivo.

-Andie entra no colégio hoje - Jessica falou e notou o espanto de Ricardo - O que foi esta afim dela também? - com uma voz grave e ciumenta ela notou Ricardo recuar, isso a fez rir - Idiota,

-Muito engraçada, mas ainda acho que ele se preocupa demais, com tanta mulher no mundo por que se importar apenas com ela? - a fala de Ricardo fez Jessica se virar e descarregar um forte cascudo em sua cabeça.

-Então você pensa assim, você tem que se importar apenas comigo e não com outra sirigaita - bufando de raiva Jessica se demonstrou irritada com o rapaz que se desculpava de forma insana.

-Talvez ele tenha razão estou me preocupando muito com ela, talvez eu devesse esquecer um pouco - Thomas falou e notou Jessica virar o rosto irritada, como se concorda-se, mas falasse que aquela ideia sempre foi dela.

-Dizem que agora teremos oficinas de estudos este ano - Ricardo falou se espreguiçando.

-Sempre teve - Thomas falou e olhou para o céu - Dizem que o primeiro dia são os veteranos em busca de membros para os grupos.

-Já tem um em mente? - Ricardo perguntou de forma curiosa para Thomas que começou a coçar o queixo de forma pensativa.

Notando que se aproximavam do colégio, os membros notavam a entrada cheia de balões e folhas de palmeira, alguns alunos se vestiam de forma extravagante, como índios apache, samurais, gueixas, cowboys. A maioria destes eram do grupo de teatro. Outros empilhavam livros formando esculturas, alguns rodavam bolas de basquete ou chutavam bolas de futebol.

Era animado parecia quase uma festa se não fosse pelos rostos espantados dos novos alunos do colégio. A musica era alta com as batidas de tambores parecidos como um ritual.

-Nunca pensei que seria tão animado - Thomas falou e sentiu o seu corpo ser puxado por um brutamontes do grupo de basquete.

-Ei garoto que tal se aliar a nos? - a pele negra e forte, estrangulava Thomas que tentava sair daquela posição - Vamos lá não precisa nem saber jogar.

-Não, não, não - se afastando Thomas correu na direção contraria e bateu de cara nos peitos de uma mulher, que pela sua sorte eram grandes e macios.

-Aaaaah pervertido - a mulher gritou vermelha de vergonha, pegando Thomas pelo colarinho ela resmungou - Agora você vai ter que entrar no grupo de literatura.

-Jessica, Ricardo - Thomas chamou por ajuda, mas percebeu que Ricardo já estava se entretendo no grupo de gastronomia - Droga - olhando para o outro lado ele notou Jessica conversando com alguns rapazes do grupo de boxe.

-Então vai entrar no nosso grupo? - ajeitando o sutiã que havia se deslocado um pouco, a mulher retocou o batom e soltou seus cabelos loiros que saltitavam no ar.

-Não, não obrigado - Thomas falou engolindo a seco, percebendo a mulher avançar ele correu desviando de todos em seu caminho - Droga tenho que sair daqui - notando alguém puxá-lo ele percebeu se corpo ser jogado de um lado para o outro.

-Que tal entrar no grupo de dança? - o homem que tinha uma voz feminina falou enquanto rodopiava Thomas e o jogava para o lado - Te ensinarei o bom da dança, a magia e o prazer.

-Droga - se afastando Thomas olhou para os lados e percebeu os alunos sendo puxados e assediados pelos grupos - Isso aqui e uma guerra.

-Ei garoto - uma garota de rosto calmo e olhos brilhantes chamou por Thomas com uma voz firme e precisa - Se não quer participar de um grupo me siga - a menina fez um sinal pedindo para acompanhá-la.

-Quem e você? - Thomas perguntou e percebeu a mesma se apresentar como Carol, isso o fez gesticular positivamente e seguir a garota.

Carol era uma menina bonita, não era muito de conversas, mas quando falava era apenas o necessário. A pele de boneca e os olhos azul davam a impressão de estar vendo um anjo ou algo relacionado, era agradável ver a garota.

-Ate parece que não me conhece, me sinto confusa desta forma - Carol falou relacionando que ambos já haviam estudado juntos no fundamental, mas Carol ate entendia, ela nunca foi de querer se destacar entre as pessoas da classe.

-Nos conhecemos? - Thomas perguntou confuso. Percebendo o aceno positivo ele tentava se lembrar de onde se conheciam.

-Estudamos juntos ano passado - Carol falou caminhando pelo corredor, ela ainda se demonstrava pouco confiante com relação a Thomas - Desculpe as vezes eu falo demais.

Parando em frente uma porta, Carol se virou para Thomas e falou - Seja bem vindo ao Grupo e não grupo de Arte e Mistério - A garota sorriu e entrou.

Thomas analisou o local sem entender no que estava se metendo, a sala tinha pouca iluminação e era cheia de mascaras de monstros e livros de capa antiga - Carol?

Sentindo algo tocar suas costas Thomas engoliu a saliva a seco e lentamente olhou para trás, notando uma mascara de Gorila. O rapaz que gritou como uma garota, fazendo todos que estavam presentes na sala rirem como se estivessem em um show de comédia.

-Essa foi boa - o rapaz tirou a mascara caindo na gargalhada - Vejo que e um medroso - o rapaz colocou a mão no ombro de Thomas e se apresentou - Eu me chamo Gabriel, sou o presidente do grupo de Arte e Mistério.

-Você queria me matar? - com a mão no peito Thomas sentia o seu coração disparando de uma forma insana enquanto analisava as pessoas na sala.

Carol se mantinha sem olhar para a vitima resmungando sempre "Desculpa, desculpa, ele deve me odiar agora, droga".

Um dos representantes estava com uma cabeça de cavalo como mascara isso deixava o local mais cômico.

-Não ligue para o nosso amigo ali, ele adora mascaras extravagantes. Acredita que um dia ele foi a aula com esta mesma mascara? - Gabriel falou se aproximando do amigo - O professor que tinha quase os seus oitenta anos quase partiu para o outro mundo quando o viu na primeira cadeira da sala - dando uma risada ele deu alguns tapinhas no cabeça de cavalo e prosseguiu - Eu o chamo de cabeça de cavalo, mas ele se chama Roger em todo o caso.
Thomas abriu um sorriso forçado e observou uma garota de cabelos vermelhos e com dois alargadores pequenos nas orelhas. Notando que estava sendo observada ela se virou de forma envergonhada.

-Ah! Esta e Maria, acredite mesmo parecendo rebelde ela e um doce de pessoa - Gabriel falou e aproximou de Thomas - Parece que ela gostou de você - dando uma risadinha ele seguiu ate Carol.

- E a nossa princesa mais meiga do grupo, Carol. Mas vocês já deve conhecê-la, ela meio que não parava de falar de você - Gabriel falou e se aproximou novamente de Thomas - O que acha do nosso grupo? Esta afim de participar dele?

Thomas não sabia bem qual resposta seria melhor para aquele grupo insano. Carol quase implorava para que ele aceita-se a proposta.

Dando um suspiro, Thomas olhou para Gabriel e sinalizou de forma afirmativa, isso fez Carol sorriu e dar um suspiro aliviado.

No fundo Thomas não sabia porque havia entrado naquele grupo, mas sentia que havia tomado a decisão certa.
 
 
 
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 #4
Muito bom *-* Meus parabens!!!
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