(27/10/2011, 20:26)Qoppa Escreveu: Inori foi o destaque do episódio pra mim. Teve algum desenvolvimento dela.
PUTA QUE PARIU!
Na primeira metade eu ri demais.
Não estava acreditando em como está óbvio, um absurdo! Estava tão óbvio, esquemático, repetido que eu mal pude acreditar, foi mais óbvio do que eu espera e acabou ficando engraçado. Aquela cena que a Inori chega na casa do garoto e troca de roupa... em um anime méh ecchi teria uma musiquinha mais pastelão, mais jpop certo? Só que fiquei com a impressão de que estão usando uma música meio "amigos do Justin Bieber"? Não, não estou inventando isso aqui só para "ofender", eu realmente pensei nisso nessa hora.
Que a série tem clichês tudo bem, personagens clichês, mas nossa, essa Inori é o cúmulo. Eu realmente não entendo como é que os japoneses gostam de personagem assim, tão vazia e sem vida.
Por isso que doeu ver o Qoopa dizendo que teve um desenvolvimento nela, porque não teve não.
O que me incomoda até agora é que Guilty Crown pode ser uma série muito boa, mas fico com a impressão que os próprios realizadores estão se esforçando pouco para tornar isso verdade. Eles tiveram algumas ideias boas, inclusive de contexto e significa, mas fico imaginando que eles colocaram essas poucas peças na mesa, enfiaram a mão em uma caixa com todos os clichês do mercado e jogaram na mesa para ver quais peças encaixavam nas deles. Meio aleatório.
Não, a Inori não foi desenvolvida. Desenvolvimento é o que acontece entre o estado A para que ele se torne o estado B de um personagem. Eles pularam do A para o B direto, sem percorrer o caminho entre os dois. A Inori é uma boneca vazia e sem vida, sabe-se lá por qual motivo (eles poderiam trabalhar o tema das Idols fabricadas sem personalidade), e vendo e convivendo em um ambiente mais familiar e com amigos naturalmente poderia ter vontade de experimentar isso, só que não teve nada para motivar ela a ter esse desejo. A casa do Shu estava vazia, ele não tem amigos, ele diz que não quer ter amigos, ele repete que é um merda é não quer se envolver com ninguém... seria mais provável que a Inori fosse se aproximar dele por essa afinidade de serem pessoas antissociais e apáticas ao invés de quer ser uma pessoa cheia de amiguinhos e animada que o Shu não é.
Isso serve de exemplo para os problemas que vejo na série.
Ao invés de desenvolverem as boas histórias parecem pegar atalhos nos clichês, e tudo fica óbvio e forçado por causa disso.
É bem cínico o Gai dizer que o Shu tem boa percepção e em seguida vermos aquele plano dele ridículo de dar metendo a mão em todo mundo para ver o Void.
Porra... precisava daquilo para descobrir quem era a pessoa que tinha visto eles? Além de como foi que ele saiu de lá com o pessoal sabendo que ele era testemunha (e o plano do Gai não era evitar o Shu e a Inori serem vistos?), poderiam ter simplesmente pego a descrição do garoto com os vendedores de drogas.
Já tinha ficado claro que o garoto sabia do Shu e da Inori desde antes de pedir para o pessoal sair de cima da Inori na sala.
O Shu é um idiota, típico protagonista besta que só tem breves momentos de acerto de acordo com a vontade do diretor. Poderiam ter cortado aquela correria ridículo para ver os Voids e colocar no lugar um bate papo de verdade entre os dois garotos. Mas não, tudo se revolve com duas frases de efeito.
As ideias boas estão lá, só que tem muito mais atalhos.
Infelizmente um grande mal da maioria dos animes.
Tendo assistido Penguindrum agora na sequência, ficou claríssimo o que falta em Guilty Crown até agora, e não há indícios de que isso vai mudar: Personalidade.
Guilty Crown não tem identidade própria além do climinha de video clipe em algumas cenas.
Mawaru Penguindrum tem de sobra, em excesso ao ponto de enfastiar muita gente.