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Tópico em 'Vale tudo' criado por
Panino Manino em 19/09/2011, 19:42.
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8206 respostas neste tópico
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10/04/2012, 19:42 |
(10/04/2012, 19:41)Kawaiiara Escreveu: Poh, cara. Física e matematica? Eu te odeio. Onde dou aula tem dois professores de matemática, e dependendo da turma, cada um dá algum tipo de conteúdo.  (10/04/2012, 19:42)Thanos Escreveu: Onde dou aula tem dois professores de matemática, e dependendo da turma, cada um dá algum tipo de conteúdo.Ah tá. Na minha escola é bem separado, menos fisica, que só tem um prof e ele dá fisica A e fisica B, é bem engraçado até, dependendo da aula a personalodade dele muda, no B ele é bem light, no A ele mete lição. E ai de quem fazer uma pergunta do B na aula do A.  (10/04/2012, 19:42)Lucas Medeiros Escreveu: A dura vida de professor, até vc conseguir passar em um concurso vc fica com a designação que pegar. Tenho colegas que deram até aula de religião Puts o negócio ta feio, hein. Eu lembro de um prof de inglês que falava de um jeito meio desesperado, tipo "prestem atenção na minha aula, pelo amor de Deus!", ele saiu por quê todo mundo ignorava ele, mano que raiva, eu ficava estresada, poh não tão vendo ele lá na frente? Uma vez eu soltei um berro lá mandando todo mundo calar a boca, por que o prof tava suando frio. Eu até tentava prestar atenção, mas a conversa era muito alta, prof sem moral, em conpesação ninguém respira na aula do prof de literatura, todo mundo curte a aula e o prof nunca brigou com ninguém, não entendo isso 
10/04/2012, 19:55 |
(10/04/2012, 19:29)Thanos Escreveu: Mas a questão que frisei é por que não estão interessadas? Será cultural ou não? Será culpa do ensino fundamental ou não? Pessoas possuem gostos distintos. Normal. Você gosta de tais animes, eu gosto de outros, algumas coisa gostamos em comum, faz parte. O problema é que para haver pré-disposição para aprender ciência de verdade, falando de motivação intrínseca e não extrínseca como ganhar videogames do pai ou qualquer coisa, é bem complicado no quadro em que nos encontramos. Afinal, vamos convir que cinemática é um porre. Óptica geométrica é um porre. Basta começar a falar de partículas e de buracos negros que a rapazida abre os olhos e pensa: caramba, como isso é interessante. Aí você captura o interesse dos alunos. A ciência mudou e continua a avançar, mas as matérias são as mesmas de caralhocentos antos atrás, ensinadas do mesmo jeito. Ou seja, a escola faz parte da sociedade, essa muda demais em 50 anos e a escola como espaço social continua o mesmo lixo. Lembre-se que estamos falando de jovens de 13 a 17 anos. Como disse, na área é consenso que deve-se abolir certas coisas como cinemática. Deve introduzir coisas que ganhem a atenção do aluno também. Coisas como radiação e partículas tem de entrar no currículo. Outro consenso é que ensinar sobre ciência é tão importante quanto ensinar ciência, portanto história, filosofia e sociologia da ciência tem de estar presentes sempre. O objetivo final do ensino, ainda mais para quem não vai entrar na carreira científica, é o que chamamos por "alfabetização científica e tecnológica". O cara tem de sair dali formado como cidadão com condições de atuar nas tomadas de decisão tecno-científica. Tudo isso é algo bem mais rico do que apenas se focar em um conteúdo nonsense para os jovens. Como estou descrevendo, existem maneiras de se ensinar tudo o que deve, mas em outra perspectiva mais rica e mais interessante, pois a educação científica é para todos. A ciência dentro da escola nasceu apenas para a minoria da elite que tinha interesse na carreira científica. Abriram para todos os alunos, mas esqueceram que a grande maioria não quer isso. Acabaram esquecendo de mudar a ciência escolar também. (10/04/2012, 19:36)Kawaiiara Escreveu: Você realmente é professor Não, não conta. Eu disse "The Story of Science". É outro esquema. Deixe de preguiça e vá assisitr  Sim sou professor de Física mesmo e estou terminando este mês meu mestrado em Ensino de Ciências. Citar:Pessoas possuem gostos distintos. Normal. Você gosta de tais animes, eu gosto de outros, algumas coisa gostamos em comum, faz parte. O problema é que para haver pré-disposição para aprender ciência de verdade, falando de motivação intrínseca e não extrínseca como ganhar videogames do pai ou qualquer coisa, é bem complicado no quadro em que nos encontramos. Afinal, vamos convir que cinemática é um porre. Óptica geométrica é um porre. Basta começar a falar de partículas e de buracos negros que a rapazida abre os olhos e pensa: caramba, como isso é interessante. Aí você captura o interesse dos alunos. A ciência mudou e continua a avançar, mas as matérias são as mesmas de caralhocentos antos atrás, ensinadas do mesmo jeito. Ou seja, a escola faz parte da sociedade, essa muda demais em 50 anos e a escola como espaço social continua o mesmo lixo. Lembre-se que estamos falando de jovens de 13 a 17 anos. Como disse, na área é consenso que deve-se abolir certas coisas como cinemática. Deve introduzir coisas que ganhem a atenção do aluno também. Coisas como radiação e partículas tem de entrar no currículo. Outro consenso é que ensinar sobre ciência é tão importante quanto ensinar ciência, portanto história, filosofia e sociologia da ciência tem de estar presentes sempre. O objetivo final do ensino, ainda mais para quem não vai entrar na carreira científica, é o que chamamos por "alfabetização científica e tecnológica". O cara tem de sair dali formado como cidadão com condições de atuar nas tomadas de decisão tecno-científica. Tudo isso é algo bem mais rico do que apenas se focar em um conteúdo nonsense para os jovens. Como estou descrevendo, existem maneiras de se ensinar tudo o que deve, mas em outra perspectiva mais rica e mais interessante, pois a educação científica é para todos. A ciência dentro da escola nasceu apenas para a minoria da elite que tinha interesse na carreira científica. Abriram para todos os alunos, mas esqueceram que a grande maioria não quer isso. Acabaram esquecendo de mudar a ciência escolar também. Hum, pensamos bem diferente sobre o ensino de ciências. Seu pensamento vai na linha comum dos licenciados, pedagogos e estudiosos em geral de ensino. Já penso completamente diferente. Talvez minha formação reflita isso, não sei. Até concordo em parte sobre algumas coisas, sobre reformulação e etc, mas não que é pelo caminho "vamos abolir cinemática" (que não faz sentido nenhum para mim, este consenso só se for alguém que não estuda ciência a décadas). É mais profundo. Cabe bem no que o Feymann disse sobre a deficiência do estudante brasileiro de ciências, que não mudou muito. E aptidão para ciências e gostos por coisas como animes não tem relação. Isso é psicologia básica. O interesse científico não tem nada a ver com gosto, o mesmo vale para a matemática. É cultural, nada mais que isso. E este é o tópico com maior desvio de assunto que vi neste fórum
(10/04/2012, 19:55)antonioli Escreveu: Não, não conta. Eu disse "The Story of Science". É outro esquema. Deixe de preguiça e vá assisitr  É esse mesmo o nome? Eu baixo em algum lugar por ai, assisto assim que terminar naruto :coolface Dois professores da matéria que eu odeio, vocês não podiam ensinar alguma coisa legal não? Sério mesmo? Pelo menos tirem minhas duvidas Entro bo topico de fap, dou de cara com uma discussão sobre educação. Deve ser engraçado.
 (10/04/2012, 19:28)Lucas Medeiros Escreveu: Deus, saio para dar uma corridinha e rolou toda uma discussão sobre pedagogia e valor dos conhecimentos ensinados em sala de aula, e o pior é que passei boa parte da tarde estudando isso (só que aplicado a minha área óbvio). De qualquer forma parece que é um problema universal, a discrepância entre as disciplinas estudadas na universidade, o que é ensinado aos alunos e o que seria útil na prática quotidiana daqueles moleques. Quem quiser ler algo light sobre a questão, eu achei bem interessante o livro "Fomos maus alunos" do autor Rubens Alves. Pessoal que não pisa no tópico deve pensar que a gente fala 100% de fap aqui e fica assustado com o tópico sempre no topo 
Aí você está sendo romântico nessa visão, ao achar que todo mundo tem dentro de si a chama do amor pela ciência no coração. Não há nada que indique isso. Isso não quer dizer que se você for em um país de primeiro mundo como na Inglaterra, vai obter uma resposta de que todos amam a ciência e têm muito interesse, porque são de primeiro mundo e a cultura lá é propícia para isso. O desinteresse lá é enorme da mesma forma.
O que você deve entender é que não adianta continuar com essa visão que já não se sustenta mais de enfiar um conteúdo gigantesco na goela do aluno, porque todo esse conteúdo é muito importante e tal, quando não é. Para você poder dar conta de ensinar tudo em uma perspectiva ampla e com qualidade, não adianta querer dar um conteúdo desse tamanho. Lembre-se ainda que deixam de fora coisas como física moderna, o que é um absurdo. Daqui a 200 anos vão estar dando a mesma física dita como clássica, refletindo o que falei, que a sociedade muda, mas a escola permanece a mesma em vários aspectos. E quando falo de consenso, falo do povo da área específica do ensino e da educação. Os professores universitários não têm a menor noção das coisas, infelizmente. A visão da maioria é estreita demais. Claro que minha visão vai ser diferente, pois já pesquisava sobre ensino na graduação e meu mestrado é na área de ensino. Mas é a área que lida diretamente com isso. Mas todos tem de abrir a cabeça, senão a coisa continuará caótica. Para isso não há jeito, como ler, participar de congressos, ir para a pós-graduação fazer pesquisa. Não é achismo, é claro. De que cidade você é? (10/04/2012, 20:04)Kawaiiara Escreveu: Tem um pack completo no torrentz e legendas no principal site de legendas do brasil se precisar. Ué, forneci 6 horas de pura aprendizagem de um jeito light para você Gostaria que você apreciasse a Física, mas sei que é impossível. Mesmo os meus alunos que me amam, passam a me odiar quando começo a mostrar o conteúdo tradicional ehoawhewaewhAWEAWHOAWEAOWHEEAWOEAWOAEWHAWEOAEWOAEWHOWAEHOEAWHAEWHUAEW Faz parte
10/04/2012, 20:28 |
(10/04/2012, 20:11)antonioli Escreveu: Aí você está sendo romântico nessa visão, ao achar que todo mundo tem dentro de si a chama do amor pela ciência no coração. Não há nada que indique isso. Isso não quer dizer que se você for em um país de primeiro mundo como na Inglaterra, vai obter uma resposta de que todos amam a ciência e têm muito interesse, porque são de primeiro mundo e a cultura lá é propícia para isso. O desinteresse lá é enorme da mesma forma. Eu acho que eu gosto de fisica, eu só não entendo, e apartir do momento em que eu não entendo, eu odeio. No inicio do ano, fisica era legalzinha, por que eu entendia, mas agora eu perdi o meu oculos e não tem lugar na frente, e as minhas amigas conversam muito, eu não to entendendo nada. E mesmo com explicação, do professor eu continuo não entendendo, eu estudei Fisica o dia inteiro, cheguei numa questão, e travei, completamente. Ai eu pergunto pro prof e continuo não entendendo, por que eu não entendo? Sério, você me explica, eu faço "ahhhhh" e entendo, um segundo depois, some da minha cabeça. O jeito é fazer reforço. Professores, vocês deviam conversar mais, é mó legal Dormir nas suas as conversas. Esquece a lição, me conte sobre os seus tempos de facul. E como o topico é de fap... Alguém aqui tem fetiche por professor? Pensei em fetiche de luz, Física maliguina.
10/04/2012, 20:31 |
Eu não disse sobre ter a chama da ciência no coração. Sei que a maioria não vai seguir carreiras científicas, isso não impede o interesse e o gosto por ciências.
Pode chamar de romântico, mas não valorizo a ciência como algo só para ser cidadão consciente e suas ligações tecnológicas e práticas, que parece ser todo discurso pedagógico. Valorizo ela enquanto ciência mesmo e atividade humana. Sou contra o currículo cheio atual, e cheio de coisas desnecessárias. Mas também sou cético sobre as mudanças dos especialistas em educação. (10/04/2012, 20:28)Kawaiiara Escreveu: Eu acho que eu gosto de fisica, eu só não entendo, e apartir do momento em que eu não entendo, eu odeio. Entender não é fácil. Você não entenderá tudo na aula, mas o que for possível de captar é bom. Mas é normal. Quando você introduz um assunto é o maior barato, todo mundo fica feliz e mais ou menos entende. Aí você começa a utilizar a matemática e já era. Todos ficam tristes heowahaewhoeaWHOAEWHOeWAHOEWEWAOHEWweahaHEweaHwheao Se suas amigadas te atrapalham, mude de lugar. O "reforço" nada mais será do que repetição. A ideia é massificar tudo na sua cabeça para você resolver questões por osmose. Aí pergunta-se uma coisa qualquer para você e não saberá responder porque não parou para refletir sobre o assunto. Não adianta te explicar, você fazer "ahhh entendi" e não refletir sobre. O aprendizado ocorre mais sozinho mesmo. É lendo algo, pensando em algo, buscando alternativas na internet, em livros, etc. Foda é frequentar a aula, estudar na véspera e ficar culpando professor, física, mãe, etc. Não tem jeito, tem de estudar em casa. Quando a coisa se tornar cansativa em sala de aula (porque chega uma hora que cansa mesmo), comece a falar com o professor. Uma parte da aula tem de ser conversa aberta. (10/04/2012, 20:31)Thanos Escreveu: Eu não disse sobre ter a chama da ciência no coração. Sei que a maioria não vai seguir carreiras científicas, isso não impede o interesse e o gosto por ciências. Lembre-se que a educação e o ensino que estamos falando não é aquele bisonho da pedagogia, com sociologia, psicologia e filosofia da educação, didática, etc. É outra coisa. Mas você está certo, pois a ciência é uma atividade humana e por isso faz sentido tratar dela dentro de um contexto que envolve tecnologia, sociedade, ambiente, política, economia, história, filosofia, sociologia, cultura, etc., que são construções humanas. Todas estão interconectadas. Como disse, tão importante quanto estudar ciência é estudar sobre a ciência. Pense, do que adianta só ficar dando conteúdo se ele nada tem a ver com nada. A menos que pessoa seja inocente ao acreditar que a ciência escolar é a ciência de verdade e todos ali estão fazendo ciência ou achar que resolver o ramalho inteiro fará o jovem ser o manjester da Física. Aí é um pensamento muito pequeno e ultrapassado, que não se sustenta faz muito tempo. |
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