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Tópico em 'Vale tudo' criado por Panino Manino em 19/09/2011, 19:42.
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8206 respostas neste tópico
 #1.251
Dos que descobriram o DNA tinha um físico e químico entre eles.
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 #1.252
(10/04/2012, 18:22)Thanos Escreveu: Isto de não vai usar é velho e não faz sentido. Primeiro que não tem como saber o que vai ser, cada aluno é diferente, e não tem como especializar cada aluno tão cedo, já que isso é algo que jovem muda com frequência.

Segundo, mesmo que não use diretamente nada destas matérias, o ato de aprender um assunto, estudar, racionalizar, é algo que vai carregar a vida toda.

Tem umas escolas que você escolhe qual matéria você tem, claro que tem o risco de me arrepender depois, mas eu prefiro, pois eu tenho certeza do que eu vou fazer. E eu duvido muito que eu mude.
O modelo atual serve pra maioria que é indecisa.
Mas tem aqueles problemas de vestibular, que você tem que saber de tudo, por isso nem rola.
Mas eu duvido que eu vá lembrar algo de biologia, só se a lavagem cerebral for muito hard core. Icon_lol

(10/04/2012, 18:27)Thanos Escreveu: Dos que descobriram o DNA tinha um físico e químico entre eles.

Parabéns pra eles. Icon_rolleyes
Eu sei que é magico e importante, mas eu odeio ter que saber por que é magico.
Mas sem física e química o ser humano não teria essa tecnologia de hoje em dia. Eu gosto de física, longe de mim, sendo usada sem eu perceber.
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 #1.253
Esse lance de você usar a ciência é uma falácia. Na minha dissertação de mestrado trato disso.

A ciência como é ensinada não transpõe nada para a vida real. E o problema é que a maioria dos alunos realmente creem que têm utilidade na vida real, assim como acreditam no falido método científico.

Enquanto não trabalharem a ciência dentro da perspectiva que chamamos de CTS (Ciência-Tecnologia-Sociedade), unindo ela a problemas sociais e suas ramificações ela nunca fará sentido na vida de ninguém.
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 #1.254
(10/04/2012, 18:32)antonioli Escreveu: Esse lance de você usar a ciência é uma falácia. Na minha dissertação de mestrado trato disso.

A ciência como é ensinada não transpõe nada para a vida real. E o problema é que a maioria dos alunos realmente creem que têm utilidade na vida real, assim como acreditam no falido método científico.

Enquanto não trabalharem a ciência dentro da perspectiva que chamamos de CTS (Ciência-Tecnologia-Sociedade), unindo ela a problemas sociais e suas ramificações ela nunca fará sentido na vida de ninguém.

Quando eu apreendo o CTS? Icon_neutral
se eu apreender...
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 #1.255
(10/04/2012, 18:29)Kawaiiara Escreveu: Tem umas escolas que você escolhe qual matéria você tem, claro que tem o risco de me arrepender depois, mas eu prefiro, pois eu tenho certeza do que eu vou fazer. E eu duvido muito que eu mude.
O modelo atual serve pra maioria que é indecisa.
Mas tem aqueles problemas de vestibular, que você tem que saber de tudo, por isso nem rola.
Mas eu duvido que eu vá lembrar algo de biologia, só se a lavagem cerebral for muito hard core. Icon_lol


Parabéns pra eles. Icon_rolleyes
Eu sei que é magico e importante, mas eu odeio ter que saber por que é magico.
Mas sem física e química o ser humano não teria essa tecnologia de hoje em dia. Eu gosto de física, longe de mim, sendo usada sem eu perceber.

Mas a maioria sempre vai ser indecisa, são jovens. Não tem como ser de outra maneira, e tu diz 100% decidida, e pode até ser, mas todo jovem diz isso. E não são poucos que mudam.
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 #1.256
(10/04/2012, 18:39)Thanos Escreveu: Mas a maioria sempre vai ser indecisa, são jovens. Não tem como ser de outra maneira, e tu diz 100% decidida, e pode até ser, mas todo jovem diz isso. E não são poucos que mudam.

Eu meio que não tenho como mudar.
Negócio de familia.
Primeiro eu vou fazer algo que me sustente, depois eu penso em algo que eu goste.
Tipo eu vou fazer administração, mas eu quero fazer outra coisa, por prazer de trabalhar, mas depois de eu já ter me formado e tal.
Vai ser duro mas eu aguento Icon_rolleyes
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 #1.257
Nunca aprenderá, porque não ensinar isso na graduação e, infelizmente, o currículo não comporta isso. Só nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) você tem algo que conversa com essa perspectiva como sugestão, mas sugestão não é uma diretriz que deve ser seguida.

Pense que o volume de matéria é monstruosa e seu professor, além de nunca ter ouvido falar em CTS, tem de cumprir aquela carga horária dando conta de todo o conteúdo. Então é matéria e exercício até você não aguentar mais.

Contudo, existem diversos níveis de CTS, desde aquele bobinho onde você usa algum fato socio-tecnológico como elemento motivador e o currículo não muda, até aquele onde o currículo fica baseado em torno do CTS e o conteúdo científico é secundário, ou seja, o meio termo seria mais interessante.

O que poderia ser feito era utilizar o que chamamos de "enxerto CTS" que é pegar um tema tipo "vazamento de óleo", "construção de aterro sanitário", "construção de hidrelétrica", etc. e trazer os atores sociais para a discussão, fazendo a conversa entre a questão ambiental, o interesse econômico e político, a ciência e a tecnologia por trás do tema e a vida dos cidadãos. Isso chama-se controvérsia CTS.

PS: e esse lance de querer que a ciência e a tecnologia seja feita longe de você é muito ruim para você como cidadão ou cidadã. É se aproveitando da inocência e do desinteresse da população que nego vai fazer merda mesmo, explorar o meio ambiente de forma errada, lançar produtos bizarros no mercado que podem ser um desastre.

O CTS nasceu disso. Foi uma discussão por causa do choque do pós-guerra, onde viram o tamanho da merda que a ciência e a tecnologia podem fazer. Depois vieram vários movimentos, como por exemplo o liderado pela Rachel Carlson em relação aos DDT, que eram pesticidas muito perigosos que a indústria usava a rodo sem querer saber e nego não sabia do tamanho do problema. Através de um movimento que incluia não só cientistas, mas diferentes grupos da sociedade, que isso ganhou força e combateram.

Como disse, os maiores problemas é a escola permitir trabalhar nessa perspectiva, o professor ter tempo para sentar e bolar o projeto e o mais importante, que é ele saber do que se trata isso.
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 #1.258
(10/04/2012, 18:32)antonioli Escreveu: Esse lance de você usar a ciência é uma falácia. Na minha dissertação de mestrado trato disso.

A ciência como é ensinada não transpõe nada para a vida real. E o problema é que a maioria dos alunos realmente creem que têm utilidade na vida real, assim como acreditam no falido método científico.

Enquanto não trabalharem a ciência dentro da perspectiva que chamamos de CTS (Ciência-Tecnologia-Sociedade), unindo ela a problemas sociais e suas ramificações ela nunca fará sentido na vida de ninguém.

Nem entro nesta discussão, pois sou old school quando se trata de ciência. Meu pensamento é totalmente tradicional, e acho a maioria das abordagens sociais puro bullshit. Funcionam bem nas dissertações e teses, mas na prática....

Não é que não possa ter uma abordagem bem sucedida assim, mas ainda não conheço uma.

Para mim o problema do ensino de ciências e matemática é bem mais fundamental. Voltado ao um estudo científico mesmo, com laboratório, fazer ciência de verdade. A Química do ensino médio por exemplo é piada, onde não se entende o por que de nada. Quem sabe um dia sem os pedagogos no ensino isso aconteça.
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 #1.259
A questão, Thanos, é que têm vários pontos onde não só aqui como em outros países dão merda.

Primeiro que a minoria da população quer seguir a carreira científica. Então não adianta enfiar ciência goela abaixo, como se aquilo fosse sensacional, querendo formar mini-cientistas, que não vai dar certo. Esse "fazer ciência" é complicado, porque a ciência escolar está muito longe de se parecer com a ciência real. Ela é uma transposição muito superficial. E a ciência do laboratório escolar é ruim, no sentido de que os alunos seguem um roteirinho já pronto, fazem o experimento, fazem uma provinha prática e teórica e já era. Não raciocinaram em cima de nada praticamente. Até na universidade é assim. A experiência mais concreta que tive foi no laboratório de altas energias, me fodendo para a monografia do bacharelado.

O laboratório é importante sim, mas não é a coisa mais fundamental do mundo. Já leu o livro do Richard Feynman, "Deve ser brincadeira, sr. Feyman"? Ele conta sobre a passagem que teve aqui no Brasil como professor visitante. Falou que a coisa aqui não estava bonita. Ele percebeu que quando haviam perguntas decoradas, as respostas eram decoradas. Mas quando ele chegava em um aluno e fazia a mesma pergunta de outra forma ou perguntava algo simples, mas divergente daquilo decorado, o cara não conseguia responder, pois era um reprodutor. Isso na universidade. O cara só decora algumas coisas e faz exercícios desde o Ensino Médio. Se isso é ruim para um graduando, imagine para uma pessoa que tem mais dificuldade ou que não tem o menor interesse nisso, ter de passar por esse martírio.
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 #1.260
Conheço bem a passagem do Feymann, mas a ideia é o laboratório não ser só roteiro. Foi assim até na universidade para mim.

Mas será que o pouco interesse em carreira científica não é cultural? Digo, não é justamente pelo parco ensino de ciências, que as pessoas acabam tendo pouco interesse nela. Claro, não quer dizer que todos vão ter interesse, mas pelo menos minha crença pessoal sobre ciência e a relação com a curiosidade natural humana, pode ser explorada e em algum grau todos tem esta curiosidade. Mas com o tempo ela é perdida e se transforma em desgosto.

O que quero dizer é que não aprende ciência ou a entende sem a vivenciar. Isso que quis dizer com o fundamental.
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