[Night]

Frescura

[Qoppa]

Não é frescura. É questão de distribuir melhor as pessoas nas profissões que podem exercer melhor.

[Kage]

(02/11/2012, 18:02)Qoppa Escreveu: Escolher curso de graduação é uma coisa muito difícil, principalmente pra um jovem perto dos 18 anos. Pra mim o ensino médio deveria durar mais alguns anos, como acontece em alguns países desenvolvidos.

Acho que antes de se pensar em investir em um aumento para o Ensino Médio, deve-se pensar em investir num aumento da qualidade do Ensino Médio. Isso, porque a maioria das pessoas sai de lá sem saber quase nada do que aprende, além de não ter o incentivo necessário para gostar de muitas matérias, principalmente na parte de exatas.
Se o Brasil não tem bons Engenheiros, é culpa do ensino ridículo de Matemática, Física e Química que temos. Falo isso não só para a escola, pois na própria faculdade tem professores totalmente incapacitados que querem apenas mostrar fórmulas no quadro. As explicações, são simplesmentes jogadas para escanteio, pois é algo "inútil" na compreensão deles. Isso gera uma enorme contradição, pois querem ensinar Ciência, que é uma ferramenta para explicar as coisas, mas a própria Ciência não é explicada.
Dessa forma, o Brasil não forma uma mão de obra qualificada, mas sim pessoas alienadas: robôs que não sabem pensar além de uma fórmula. Não é para menos que temos que importar engenheiros de inúmeros países por ai...
Fugi completamente do assunto, eu sei. Mas eu queria mostrar minha indignação... D:
Tem uns posts em um dos Hanekawas que é uma discussão minha, do antonioli, do Thanos e do Night sobre a questão do ensino da Física no Ensino Médio mesmo, se eu achar posto aqui.

[rapier]

(02/11/2012, 18:02)Qoppa Escreveu: Escolher curso de graduação é uma coisa muito difícil, principalmente pra um jovem perto dos 18 anos. Pra mim o ensino médio deveria durar mais alguns anos, como acontece em alguns países desenvolvidos.

Em países desenvolvidos também é comum o "ano de férias", onde a pessoa depois que termina o ensino médio tira 1 ano de férias para fazer tudo o que quiser da vida e ver se gosta de alguma coisa o suficiente para se graduar nisso.

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(02/11/2012, 18:24)Kage Escreveu: Fugi completamente do assunto, eu sei. Mas eu queria mostrar minha indignação... D:

Neste tópico a expressão "fugi do assunto" é inválida.

[Qoppa]

(02/11/2012, 18:24)Kage Escreveu: Acho que antes de se pensar em investir em um aumento para o Ensino Médio, deve-se pensar em investir num aumento da qualidade do Ensino Médio.

É mais barato primeiro investir na melhoria das escolhas dos alunos onde o ensino é bom.

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(02/11/2012, 18:24)Kage Escreveu: Se o Brasil não tem bons Engenheiros, é culpa do ensino ridículo de Matemática, Física e Química que temos.

Pra mim é mais problema de entrar muita gente pra esses cursos sem saber o que é Engenharia por ter escolhido mal. Escolhem em uma idade que normalmente estão interessados em outras coisas não relacionadas a profissões e a idade da pessoa influi na sua maturidade e consequentemente nas suas escolhas.

Uma pessoa que quer ser boa engenheria tem que gostar muito, a ponto de ser capaz de aprender sozinha mesmo a base de Matemática, Física e Química. Além disso em cursos de Engenharia costumam dar base no começo do curso.

[Sorenant]

(02/11/2012, 18:00)Kage Escreveu: Não me decepcione assim.
Matemática, Física, Biologia e Química são as áreas de conhecimento mais bonitas que existem...

Exceto que elas não permitem uma liberdade maior de opinião. Enquanto exatas tem uma resposta certa, a área que citei pode ter muitas 'respostas'(ou opiniões): se perguntar pra qualquer engenheiro, fisico et cetera quanto é 1+1 a resposta vai ser sempre 2, mas se pergunta para um politico, sociologo et cetera qual foi o melhor líder das últimas décadas, as respostas com certeza vão divergir.
Já leu algum periódico da LTr? Tem muita coisa interessante a respeito lá.

(02/11/2012, 18:02)Qoppa Escreveu: Escolher curso de graduação é uma coisa muito difícil, principalmente pra um jovem perto dos 18 anos. Pra mim o ensino médio deveria durar mais alguns anos, como acontece em alguns países desenvolvidos.

Eu não tive dificuldade nenhuma em planejar meu futuro, na verdade, já tinha decidido fazer Eng. Nuclear na 7a série(atual 8o ano) e muito antes já tinha decidido que queria servir nas forças armadas.
Edit: Não me lembro de nenhum país que o ensino médio seja mais longo que o do brasil. Pelo menos o do japão e o do eua não são.

(02/11/2012, 18:31)rapier Escreveu: Em países desenvolvidos também é comum o "ano de férias", onde a pessoa depois que termina o ensino médio tira 1 ano de férias para fazer tudo o que quiser da vida e ver se gosta de alguma coisa o suficiente para se graduar nisso.

Só em país desenvolvido mesmo, queria ter dinheiro para passar um ano sem fazer nada.

(02/11/2012, 18:24)Kage Escreveu:

Spoiler:  

Acho que antes de se pensar em investir em um aumento para o Ensino Médio, deve-se pensar em investir num aumento da qualidade do Ensino Médio. Isso, porque a maioria das pessoas sai de lá sem saber quase nada do que aprende, além de não ter o incentivo necessário para gostar de muitas matérias, principalmente na parte de exatas.
Se o Brasil não tem bons Engenheiros, é culpa do ensino ridículo de Matemática, Física e Química que temos. Falo isso não só para a escola, pois na própria faculdade tem professores totalmente incapacitados que querem apenas mostrar fórmulas no quadro. As explicações, são simplesmentes jogadas para escanteio, pois é algo "inútil" na compreensão deles. Isso gera uma enorme contradição, pois querem ensinar Ciência, que é uma ferramenta para explicar as coisas, mas a própria Ciência não é explicada.
Dessa forma, o Brasil não forma uma mão de obra qualificada, mas sim pessoas alienadas: robôs que não sabem pensar além de uma fórmula. Não é para menos que temos que importar engenheiros de inúmeros países por ai...
Fugi completamente do assunto, eu sei. Mas eu queria mostrar minha indignação... D:
Tem uns posts em um dos Hanekawas que é uma discussão minha, do antonioli, do Thanos e do Night sobre a questão do ensino da Física no Ensino Médio mesmo, se eu achar posto aqui.

Toda hora escuto esse discurso "ah, a educação brasileira é uma bosta e por isso ninguém sabe pensar por si mesmo" mas não acho justo dizer que isso é problema do brasil. Olha o japão, todo mundo elogia a educação japonesa e tal mas são o povo mais rebanho que conheço.

[Kage]

(02/11/2012, 18:35)Qoppa Escreveu: É mais barato primeiro investir na melhoria das escolhas dos alunos onde o ensino é bom.

Eu não entendi o que você quis dizer... o.o

(02/11/2012, 18:35)Qoppa Escreveu: Pra mim é mais problema de entrar muita gente pra esses cursos sem saber o que é Engenharia por ter escolhido mal. Escolhem em uma idade que normalmente estão interessados em outras coisas não relacionadas a profissões e a idade da pessoa influi na sua maturidade e consequentemente nas suas escolhas.

Uma pessoa que quer ser boa engenheria tem que gostar muito, a ponto de ser capaz de aprender sozinha mesmo a base de Matemática, Física e Química. Além disso em cursos de Engenharia costumam dar base no começo do curso.

Eu sou adepto de que a maturidade não vem só com o tempo, mas também com o ensino. Pense assim: uma pessoa pode ter vivido 30 anos e não ter nem cultura, nem maturidade nenhuma, isso pois não teve fatos que foram relevantes para sua formação como indivíduo. Nesse caso, é possível até que ela tenha conceitos morais deturpados por algum acontecimento impactante, ou pelo meio social em que vive.

Por outro lado, o estudo é algo que não depende tanto de sua vivência para entender: basta ler sobre um tema e formar sua opinião sobre isso. Creio que quanto mais estudo, mais conhecimento de mundo uma pessoa tem e, consequentemente, mais maturidade. Só que como falei, esse ensino não pode ser apenas exibido, mas também ter seus motivos explicados. Dessa forma, cria-se seres pensantes e maduros, e não robôs que só sabem decorar fórmulas e informações.

Sobre os alunos não saberem o que é Engenharia, eu concordo em partes. Tem muitos mitos sobre o quão pesada é a aula de cálculo na faculdade e eu ouvia isso desde o Ensino Médio. Isso demonstra que muitas pessoas já vão para a faculdade com uma noção de que tal área de conhecimento não é algo fácil e nem simples - que é um dos grandes motivos das pessoas desistirem. Por outro lado, chegam lá até com um medo exagerado da matéria, o que faz as pessoas quererem ainda mais a desistir.

Acho ainda que todos esses mitos sobre a Engenharia só se tornam realidade pelo monstro que as pessoas fazem da Matemática e de outras exatas, tanto no Médio quanto no Superior. Isso, junto com a precariedade do ensino, cria um bloqueio da pessoa com relação a essas matérias. Isso, porque a Ciência é vista como algo inalcançável, mas não como algo interessante e possível de entender com um pouco de esforço. E antes que vocês me questionem dizendo que ela é algo chato para a maioria, é só pensar no Discovery Channel que verão que quase todos podem gostar de Ciência.

Creio que o maior problema na compreensão dos raciocínios científicos seja a falta de capacidade interpretativa dos estudantes no que tange a aplicabilidade da matéria ao cotidiano e a explicação de fatos. O que é piorado pela falta de didática e vontade dos professores para tornar as matérias um meio de entender as leis da natureza e da humanidade. Em contrapartida, eles tem uma aptidão enorme para criar uma uma visão científica um tanto quanto alternativa: um monte de números e equações que não servem para droga nenhuma.

"Entender" não só exatas, como qualquer outro tipo de matéria, é visto como algo para passar de ano. Entender os fatos e que estão a nossa volta para quê?

[Pierrot]

(02/11/2012, 17:52)Sorenant Escreveu: Para ser sincero, sempre tive um grande interesse por geopolítica, diretos e história, até mais do que matemática e física, mas se tem algo que aprendi na minha vida é que transformar 'hobby' em trabalho não é uma boa idéia.

THIS

[Qoppa]

(02/11/2012, 19:16)Kage Escreveu: Acho ainda que todos esses mitos sobre a Engenharia só se tornam realidade pelo monstro que as pessoas fazem da Matemática e de outras exatas, tanto no Médio quanto no Superior. Isso, junto com a precariedade do ensino, cria um bloqueio da pessoa com relação a essas matérias. Isso, porque a Ciência é vista como algo inalcançável, mas não como algo interessante e possível de entender com um pouco de esforço. E antes que vocês me questionem dizendo que ela é algo chato para a maioria, é só pensar no Discovery Channel que verão que quase todos podem gostar de Ciência.

Creio que o maior problema na compreensão dos raciocínios científicos seja a falta de capacidade interpretativa dos estudantes no que tange a aplicabilidade da matéria ao cotidiano e a explicação de fatos. O que é piorado pela falta de didática e vontade dos professores para tornar as matérias um meio de entender as leis da natureza e da humanidade. Em contrapartida, eles tem uma aptidão enorme para criar uma uma visão científica um tanto quanto alternativa: um monte de números e equações que não servem para droga nenhuma.

Concordo que no Brasil tem essa questão cultural de que matemática é dificil e chata. E acho que tem também a de que estudar é pra nerd otário. Isso influi bastante.

Mostar a aplicabilidade serve como incentivo, mas é importante também mostar o lado da coisa que é considerada chata pra maioria como por exemplo demonstrações de fórmulas que servem pra PN. Quem quer se graduar em uma matéria de exatas tem que aprender coisa inútil pra melhorar a capacidade de resolver problemas e pra se acostumar com situações em que têm que lidar com coisas desagradáveis já que o terão na profissão. Mas de fato, também é importante mostrar a aplicabilidade. Tem que tomar cuidado pra profissão não parecer muito pior do que é. Quanto mais puderem mostrar como é a realidade de alguém que trabalha com a profissão melhor.

[xKaiaK]

(02/11/2012, 19:40)Qoppa Escreveu: Quem quer se graduar em uma matéria de exatas tem que aprender coisa inútil pra melhorar a capacidade de resolver problemas e pra se acostumar com situações em que têm que lidar com coisas desagradáveis já que o terão na profissão.

De fato. Meu pai, que é Eng. Civil e trabalha no IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), me conta que ele não usa nem 80% do que ele aprendeu na faculdade, e que a coisa mais importante que ele aprendeu lá foi pensar.