Meu nome é Alessia Blaszka. sou Russa, Sibériana e Judia. Vim de uma familia rica, cheia de prestigio, no mundo real, aonde você vive, aonde eu tambem ja vivi, isso significa muito.
No mundo real, pois, no mundo aonde eu vivo agora, por mais que eu oferecesse as quantias que gastavamos sem sequer piscar um olho, ou pensar duas vezes ao fazer uma festa, isso não salvaria minha vida de uma situação.
Dinheiro é o deus dos homens no mundo que eles denominam Real, mas ao longo de minha nova historia, eu aprendi, e aprendi na pratica, que o mundo real é aquele ao qual você pertence, independente de entendimento ou não, realidade é em certos momentos algo que deve ser aceito sem questionamento. E neste mundo aonde eu vivo, o verdadeiro deus se chama Força.
No mundo real, pois, no mundo aonde eu vivo agora, por mais que eu oferecesse as quantias que gastavamos sem sequer piscar um olho, ou pensar duas vezes ao fazer uma festa, isso não salvaria minha vida de uma situação.
Dinheiro é o deus dos homens no mundo que eles denominam Real, mas ao longo de minha nova historia, eu aprendi, e aprendi na pratica, que o mundo real é aquele ao qual você pertence, independente de entendimento ou não, realidade é em certos momentos algo que deve ser aceito sem questionamento. E neste mundo aonde eu vivo, o verdadeiro deus se chama Força.
Capitulo um: Inverno Real
Sibéria, um paraiso de tranquilidade gelado, eu lembro de quando a Sibéria era isso pra min. ah eu lembro muito bem, eu era feliz, até tinha uma personalidade diferente, eu era uma garota, eu vivia feliz, sempre me divertindo, abobalhada em meio a jóias, vinhos, amigos, festas, banquetes, uma familia unida e comunicativa, ah eu vivia bem.
Não por isso, eu era a mais esquisita da familia, eu nasci com poderes que, logo cedo descobri que não deveria deixar transparecer. Eu podia ouvir vozes, não, eu não era maluca, eu podia ouvir vozes e me comunicar com elas, como se não fosse o bastante, muitas vezes, ao ver ou ouvir uma gravação eu podia ouvir as vozes vindo dos aparelhos, acho que meu ouvido pode identificar esses sons melhor doque as outras pessoas.
Cresci e, esse poder cresceu comigo, conversei com diversas entidades, e essas me ensinaram a ver. Foi chocante, ver as formas que eram antes apenas vozes, foi chocante, algumas eram aterrorizantes e outras eram até charmosas, não minto que ja me apaixonei por uma delas uma vez, mas isso aconteceria com qualquer um em minha situação. Pra min, isso era muito normal, eu cresci assim e, eu sabia que se alguem mais soubesse disso eu estaria com grandes problemas a enfrentar, tanto clinicos como psicologicos.
Quando eu ainda era adolescente, por volta de meus 15 anos, Pavarte veio até min. Nos tornamos grandes amigas, Pavarte me contou que, nos dias atuais, humanos não acreditam mais em magia ou demonios, e que as unicas coisas que eles escutam de verdade é a riquesa e o conhecimento, e que, nada que não possa ser provado nas leis dele deve ser real, e em muitas vezes é levado como apenas uma peça pregada pela mente.
Pavarte estava certa, para min naquele momento, mesmo que estivesse errada é assim que a banda toca, e iria tocar pra min, se eu tivesse exposto isso, eu teria que dançar ao som da banda lindamente, e eu com toda certeza não iria achar isso uma experiencia agradavel.
Esta era eu, Alessia Blaska até os 18 anos de idade.
Eu tinha irmãos, muitos irmãos, minha mãe gostava de seus filhos, e era uma otima mãe, depois de min vieram nove, e antes de min vieram quatro, eu vi os meus nove irmãos crescerem e minha mãe nunca teve que usar violencia ou repreender ninguem elevando a voz, ela era uma grande mãe. Ela me dizia que eu era a mais esquisita da familia, mas que me amava muito tambem por ser esquisita, ela adorava ouvir minhas historias, e discutir meus gostos, ou melhor, entender o porque de eu gostar de certas coisas, ela via minha esquisitice como uma forma de criar laços cada vez mais fortes.
Um de meus irmãos era muito bom com tecnologia, ele gostava tanto de ciencia como de magia, ele era um prodigio, ele gostava de trabalhar tambem, fez o caminho dele em muitas empresas grandes do ramo da tecnologia digital, produziu sistemas, o nome dele era bem reconhecido entre os circulos da tecnologia. E ele gostava de ler coisas sobre magia no seu tempo livre , quase tanto quanto ficar comigo conversando sobre essas coisas.
Ele sabia do meu segredo
Ele mantinha meu segredo
E, atravéz de min, fez amizade com alguns deles tambem. E, durante o ultimo inverno, nós começamos a trabalhar em um projeto juntos. Meu irmão começou a trabalhar em um sistema que pudesse usar um receptor de ondas para poder pelo menos entrar em contato com eles sem precisar de min como mediadora da comunicação, e assim, durante o gelado e impiedoso inverno Siberiano, na metade do inverno, o sistema estava pronto, e então, nós o testamos no meio da noite.
" Alessia, " disse ele " Acha que, vou me assustar com as vozes deles? "
" Provavelmente vai, alguns podem soar como garotas normais mas outros possuem vozes assustadoras. Algumas é até dificil de entender, mas é pra isso que você projetou isso com a possibilidade de ligar e desligar certo? "
" É... pena que não posso fazer o mesmo por você. "
" Estou mais do que acostumada, isso tudo é tão normal pra min... mas há sons que nossos familiares fazem que é mais assustador doque qualquer voz que eu tenha ouvido. "
" Ah É? "
" É, sabe o tio davi? "
" Oque tem ele. "
" Ele não tem aquela tosse asmatica que parece um gato pondo uma bola de pelos pra fora? "
" Ok, eu ja entendi... "
Então ele ligou o aparelho, depois de alguns chiados, eu pedi a pavarte para que ela dissesse algo, Pavarte estava sempre comigo desde pequena.
" Pode dizer qualquer coisa Pavarte. "
" Posso mesmo? " disse ela.
" Nossa, eu pude ouvir oque ela disse. "
" É sério!? " dissemos juntas.
" É, não to zuando, bem que imaginei que Pavarte teria um sotaque indiano. "
" Venho de Bharat, afinal. "
" Ela é tão Legitima. " Ele diz, não deu pra segurar a gargalhada naquela hora.
Durante o inverno, meu irmão contatou muitos deles, conversou com muitos, e aprendeu coisas sobre o mundo que, ele pensou que nunca jamais fosse se dar conta.
Eu tambem passei o inverno dentro da nossa enorme residencia, ao contrario dos meus irmãos eu não tinha interesse em ir aproveitar o verão das terras ensolaradas do sul do mundo. Tinha tudo que precisava aqui, pra que sair? Meu santuario branco, rodeado por beleza natural, pra que sair? não havia coisa mais linda pra min doque os feixes coloridas das luzes nordicas, ou a gentil neve caindo lentamente dançando no ar ao som da tranquilidade e serenidade da Sibéria. Parvati contava as belezas das flores da india em seu habitat natural, uma vez eu fui a india com ela, mas, não há nada mais bonito doque a aboboda verde que tinhamos no nosso palácio, cheia de vida e ainda sim, banhada por uma luz prateada e coberta de neve.
Meu aniversário tambem é durante o inverno, eu nasci no ultimo mês do ano, minha mãe conta que quando eu nasci, neste mesmo castelo, o céu se encheu de cores e todos viram uma das auroras mais vividas dos ultimos vinte anos. E, sempre que chega a mesma temporada, o céu tende a se encher de cores.
Hoje, foi o dia do meu aniversário.
O dia se iniciou glorioso, com todos meus irmãos e irmãs ao meu redor em meu quarto, todos me saudaram assim que acordei, eu sorri e agradeci a todos pela presença, o céu estava lindo, as nuvens prateadas banhando meu quarto com aquela luz belissima, passamos um tempo conversando todos juntos no meu quarto, nos lembrando de como havia sido o ano. rimos muito e, um de meus irmãos sabe tocar a Balalaika. Logo que ele a retira debaixo de uma almofada eu dou um sorriso enorme, sempre adorei o jeito que ele tocava aquele instrumento, ele tinha muita habilidade com ela, por algum motivo, eu me senti tão feliz que começei a chorar muito, meu irmão parou de tocar e eu falei:
" Por favor Bartô, não pare, é belissimo, não pare, por favor. "
Ele sorriu, e assim ele voltou a tocar enquanto todos me abraçavam e se sentavam bem pertinho de min, eu nunca, nunca havia me sentido tão feliz em toda minha vida.
Durante a tarde, ficamos eu e minhas irmãs provando vestidos e nos preparando para a festa que aconteceria a noite, ah, havia um vestido novo pra min, lindissimo, em tons de prata e azul, ele possuia uma faixa de azul escuro como o oceano ártico, suas bordas eram decoradas com uma linha fina de um azul brilhante e vivo, e bainhas cheias de cortes lembrando flocos de neve vistos de perto, e em minha cabeça uma simples faixa prateada adornada com brilhantes. eu e minhas irmãs passamos muito tempo conversando lá dentro, eu me diverti muito hoje.
Fui de fato a mais rapida a se aprontar, e, decidi que iria dar uma caminhada pelos jardins do castelo, e então eu encontro com o meu irmão, o mesmo que ajudei com o projeto. Assim que ele bate os olhos em min ele levanta uma expressão de surpresa e diz:
" Oh Nossa, Alessia, oque fizeram com você querida irmã!? você parece uma princesa, isto está errado! "
Meu irmão vestia um terno vermelho escuro, sem gravatas, ele nunca gostou delas, o blazer meio aberto, não muito formal mas muito elegante, meu irmão, ele nunca gostou de ser formal.
" Ah, oque tem de errado eu parecer uma princesa uma vez na vida? Eu tambem sou garota sabia? "
" Não tem como esquecer que você é garota, só não é facil te enxergar como uma de nossas irmãs, você é dificilmente uma das mais afeminadas entre elas, muito pelo contrario, é mais facil conversar com você doque com qualquer outra garota. Você é mais aberta Alessia, tem um vocabulario facil e sabe brincar e fazer piada. Não é uma menininha chata como muitas de nossas irmãs. "
" Tem é sorte de não ter nenhuma delas aqui agora. "
" E eu reconheço isso com gosto. Ah! tenho uma surpresa pra você hoje. "
" Ah é? "
" Sim, tenho certeza de que vai gostar. "
" Mal posso esperar. " me sentei em um banco, e meu irmão me acompanhou e sentou do meu lado. " Hoje está sendo um dia perfeito, e são apenas 4 da tarde e o céu ja está escurecendo. "
" E esse seu vestido, oque você é? A princesa da neve? "
" HA HA HA palhaço, não, esse vestido só é inspirado no lugar aonde moramos. "
" É dá pra ver perfeitamente, você fica muito bem nele mesmo, combina contigo. não sei, acho que é a mistura dos seus olhos e do seu cabelo. fica legal, fica legal mesmo. "
" Deve ser né? eu tambem gostei muito dele, principalmente essas bordas num azul bem vivo, sei lá, dá uma acentuada nos meus movimentos, gosto muito dele. "
Caminhei com meu irmão pelo jardin do castelo enquanto falava bobagem, até que ele disse que tinha que entrar para checar a minha surpresa, resolvi entrar tambem, fui até a biblioteca, e meu avô estava lá, elegante como só ele conseguia ser. Meu avô adorava essas ocasiões para caprichar na formalidade de suas vestimentas, ele tinha um cheiro confortavel dos melhores fumos que o mundo podia oferecer.
" Ah, Alessia querida. " diz ele, " Ontem eu sonhei com você. " estranhamente ele não se virou para me receber, continua olhando fixamente para o grande vitral principal.
" Mesmo vô? foi um bom sonho? "
" Ah, foi sim minha querida, de fato, deves estar destinada a grandes coisas. "
Eu permaneço em silencio, meu avô se vira e olha pra min com muito carinho em seus olhos.
" Querida neta, o seu presente é muito mais especial doque qualquer um que seus irmãos jamais poderia sonhar em ganhar. "
" Doque falas vovô? "
" Encima da mesa Alessia, este longo pacote verde. "
" Posso abri-lo vô? "
" Deve, quero que esteja usando-a durante toda a festa. "
Lentamente eu abro o pacote e me deparo com uma reliquia, uma espada longa de lâmina fina bem trabalhada, com uma empunhadura decorada com detalhes de ouro e a bahinha belissima com um pequeno rubi cravado proximo da empunhadura.
" Kladenets, esta é Alessia. Alessia, esta é Kladenets. "
" Mas qual ultilidade ela terá para min? "
" Muita, querida neta. quero que esteja com ela em sua cintura durante a sua festa de aniversário. "
" Com muita honra vovô. " eu a prendo na faixa azul do vestido, a bahinha da mesma é prateada com simples linhas douradas, combinando com o vestido como se ambos fossem feitos um para o outro.
E então, é finalmente hora da festa.
Toda a familia apareceu para a festa, e muitos convidados amigos da familia tambem, o salão estava lindo, decorado em tons de prata e com toques coloridos lembrando a aurora boreal. bem iluminado pelas luzes douradas dos enormes lustres suspensos, me senti nervosa no topo da escadaria, minha mãe do meu lado olhou para min e disse:
" Alessia, você ja fez isso várias vezes na sua vida, oque há de diferente hoje? "
" Eu gostaria muito de saber tambem, mamãe. "
" Só faça oque você sempre fez. E tudo se sairá perfeito, ah, e tome cuidado com os degraus, na sua situação eu estou mesmo duvidando que consiga descer sozinha. "
" Quer descer comigo? Por favor? " eu juntei minhas mãos e a pedi.
" Se assim deseja. "
Então, minha mãe desce uns três degraus e anuncia a minha entrada.
" Queridos irmãos, irmãs e familiares presentes, hoje, a dezenove anos atraz, nasceu, num dia lindo de inverno, aonde o sol brilhava belissimamente sobre as nuvens banhando nossas terras com sua luz prateada, Alessia Blaszka. E hoje reunidos, comemoraremos até o sol nascer mais um ano de vida completado pela nossa amada princesa da neve. "
Eu cubro minha cara com a mão e murmuro. " Putamerda, ele tinha razão. "
Desço lentamente e seguro a mão de minha mãe, o salão inteiro olha para min, naquele momento eu estava muito nervosa;
Apenas agradeço a presença de todos os familiares, e logo me explico, pelo fato de não poder discursar.
As horas passavam, e eu não via sinal do meu irmão. Me perguntava se ele estava cuidando da surpresa para min, oque seria tal surpresa? Minha curiosidade só se aliviava após ingerir uma ou duas taças de vinho, e sempre que ela voltava, junto com ansiosidade aumentada, eu sempre tinha de tomar mais algumas taças, por sorte não havia sido o suficiente para me embriagar até aquele ponto.
Sem que ninguem notasse, meu irmão aparece nas escadarias, ele está sorridente em seu smoking e parece muito animado. " Alessia! " ele grita
Todos olham para ele, e ninguem se importa, deviam estar todos bebados a este ponto. ele continua
" É com grande prazer que te trago meu presente. "
" Doque está falando, não vejo presente nenhum. " eu respondo
" Isso porque não dá pra ver ainda, querida irmã. " ele responde com um sorriso macabro. " Não seria maravilhoso? se nossos amigos pudessem ser vistos e interagir conosco? "
" Mas doque você está falando? "
" Dos nossos amigos, os demonios, querida irmã " todos reagem surpresos, oque é de se esperar de uma familia de judeus, essa palavra é muito forte no nosso meio, menos para min e para ele, ja que conviviamos com essa outra realidade.
" Desce ja dai! Todo mundo vai pensar que você é louco. " diz a minha mãe
" Não seria perfeito Alessia? se todos pudessem compartilhar da mesma experiencia que nós? "
" Você ouviu a mãe, desce ja dai e para de falar bobagem! "
" Não fará tanta diferença Alessia, a sua surpresa ja está entregue, graças ao programa que desenvolvi com a sua ajuda, pude contatar outros demonios e eles me ajudaram a chegar nisso. "
" Em que? Por favor irmão, você deve estar bebado, só desça dai, venha para cá. você precisa comer algo e parar com a bebida. "
" Não bebi uma unica gota de vinho ainda, querida irmã. "
E então ele estende as mãos, e diz: " Agora, querida irmã, receba os nossos convidados de ultima hora. "
Parte 2 A Queda
Vários demonios descem pelas escadas rapidamente, o salão é tomado por chamas e cristais de gelo, como se uma onda de surrealismo tivesse tomado conta de todo o salão de baile.
" Alessia! " era Pavarti me chamando, sua voz estava mais presente, era como se ela tivesse se tornado mais real. e de fato, Pavarti e todos os outros demonios da redondeza, e outros que eu não reconhecia estavam mais reais, eles finalmente tinham um corpo feito de materia, um corpo que podia ser visto, e, que os permitia influenciar o meio com maior facilidade.
Pavarti me tomou pela mão naquele instante, e eu nem notei, apenas fui carregada por ela pelo corredor até o saguão de entrada. Sim, minha casa é complicada, mas isto é uma historia longa que realmente não importa muito agora.
no saguão de entrada eu avisto um serafin, pavarti o observava com uma expressão de pavor, o serafin disparava constantemente esferas de energia contra os diversos demonios ao redor.
então eu digo:
" Pavarti, Estamos salvas! "
" Não estamos salvas coisa nenhuma. " ela responde
" Ora porque diabos? "
" Ele está aqui pra exterminar, e não vai discriminar ninguem. "
" Impossivel, somos judeus, somos o povo de deus. se este serafim está aqui é pra nos ajudar. "
O serafim se vira para nós e dispara uma esfera de energia em direção a pavarti, sem perder tempo, Pavarti o imita, eu nem sabia que ela podia fazer essas coisas naquele tempo, e ela podia fazer muito mais.
As duas esferas colidem e explodem no meio do saguão, Pavarti me toma pela mão e mais uma vez nós estamos correndo aproveitando a poeira e a fumaça que a explosão causou.
" Pavarti, pare de correr, ele não ia nos ferir. "
" Mas é claro que ia, aquele Megido estava mirado em min. "
" Então, o nome daquilo é Megido? "
" É um feitiço de combate, serve unica e exclusivamente pra destruir coisas. Como a maioria que nós sabemos naturalmente. "
" Oh... Certamente ele está aqui com cumprindo uma missão; "
" É, a de matar tudo que se move nesse lugar. " ela responde.
Pavarti me leva até o salão de baile, enquanto corria, eu sem perceber tropecei em algo e cai, pavarte caiu junto mas logo se recuperou e me estendeu a mão.
" Alessia, vamos logo, ainda temos chance de escapar. "
eu não consigo responder, assim que tomo conhecimendo de em que eu havia tropeçado entro em um estado de choque, eu havia tropeçado em um braço decepado. S Senti algo molhado em minhas pernas. e logo percebo que meu vestido está manchado de vermelho, eu tambem olho ao redor, e vejo todos jogados pela sala.
" Não notei que a festa tinha ficado tão animada a este ponto. "
" Que ponto alessia? "
" Estão todos nocauteados de tão bebados, até derramaram vinho pelo lugar. "
" Hã!? Alessia oque há contigo? Garota agora não é hora de surtar. "
" Mas não estou surtanto, não é vinho isso aqui no chão? "
" Você claramente não está bem. "
Maquele momento eu realmente não estava bem, eu tenho certas tendencias, mas com o tempo, eu me acostumo com as coisas e passo a percebe-las mais rapidamente. antes qualquer choque fora da minha realidade podia resultar em um surto, mas hoje em dia...
" Alessia, levanta dai! "
" Pavarti está tudo bem, não tem porque todo esse nervosismo. " Foi então que eu levei um pouco do fluido vermelho no chão até a boca, o gosto ferroso daquilo me fez acordar para a realidade. " Isso aqui, não é vinho. "
" Não, sua autista! "
" Pavarti... tambem não precisa ser grossa. "
" Se eu morrer por sua causa, ai sim você vai me ver sendo groça. "
eu me levanto, olho ao meu redor de maneira rapida.
" Não tem tempo pra crise emocional tem? "
" Não. "
" Ok, Pavarti, mire na parede atraz da escada. "
Assim que eu o digo, o serafin aparece na entrada do salão.
" Victor. " Pavarti diz.
" Então este é o nome dele? "
" Sim. "
Victor então dispara esferas de Megido pela sala, ele não mira em nada mas para cada esfera que ele despara, um pedaço das paredes e do teto caem, revelando a posição de outros demonios.
" Pavarti, rápido! " Eu grito, primeiro pior erro da minha vida. Victor nota minha presença e sem intervalos dispara Megido em minha direção.
Tudo que pude fazer naquele momento foi correr, não havia tempo para ser uma dona bonitinha de familia rica, não tem espaço pra donas bonitinhas de familia nessa realidade.
" Pavarti! "
" MEGIDO! " Pavarti grita e dispara megido destruindo a parede. " mas isso aqui era fino assim? "
" consegue segurar o Victor enquanto eu pego o trenó? "
" Tens 20 minutos Alessia. "
" é o suficiente. "
nessa situação, eu simplesmente rasguei a barra do vestido e tirei todas as camdadas de tecido que eu pude na hora, basicamente oque havia sobrado era uma saia leve, curta e rasgada do lado, e a parte superior do vestido.
Nunca corri tanto na minha vida, só para me deparar com alguns demonios proximos do trenó. Pensei que deveria falar com eles, e assim eu o fiz.
" Com liscença. " Eles olham para min. " Vocês estão usando o trenó? "
" Oque é trenó? " um deles olha para min e pergunta.
" Esta coisa que vocês estão sentados, é que eu estou precisando muito. "
" Precisando para que? "
" Preciso fugir. "
" Fugir de que? "
" Victor. "
os demonios entram em panico.
" Vamos todos morrer, não tem como fugir do victor! "
" Como assim? "
" É, vamos todos morrer, não tem ninguem forte o suficiente para segurar o Victor. "
" Mas, Pavarti... "
" Pavarti vai morrer tambem. "
" Então pelo menos me deixe sobreviver. "
" Não, quem você pensa que é? vai morrer é aqui com todos nós. "
" Mas eu preciso muito... "
" De que? "
" ... " eu ja não sabia mais naquele ponto. eu tirei a Kladenets da bahinha e apontei a eles. " Olha, eu sei de ua coisa, eu to afim de viver. "
E mesmo sem saber contra oque eu estava lutando, eu não me importei, eu simplesmente encarei, pra min pouco importava o resultado, se eu ganhasse, eu provavelmente irei morrer em algum ponto na minha vida, fosse naquele momento fosse agora, fosse amanhã, dane-se tudo eu pensava, dane-se tudo, se é com uma vida que se paga a vida, pelo menos nessa situação, é com a deles que vou assegurar a minha.
" Um dia você vai morrer, é isso que mortais fazem, morrem. " eles disseram
" Mas, não agora. " eu respondi
eu corri para cima deles com a Kladenets, apenas tentando acertar qualquer um deles com minha lâmina
" Hahahaha, porque acha isso. "
" Porque? Você quer saber mesmo o porque? " um deles se aproximou de min e eu não perdi tempo, minha lâmina encontrou o pescoço do mesmo, foi o suficiente. Os outros encheram seus rostos com pavor e odio, numa face deformada tomada de furia, dava pra sentir o sentimento de vingança em cada pedacinho do rosto deles.
Parte 3 Despertar
" Porque eu quero, simples assim. "
Todos os três vieram para cima de min, suas garras afiadas tentando me atingir, Kladenets bloqueava os golpes que chegavam muito perto, houve um momento que eu fui atacada por tráz, no mesmo momento, fui tomada por um instinto e joguei minha cintura para o lado, apertei a empunhadura da Kladenets, pus meu pé em direção do demonio e girei toda minha cintura acompanhando com o movimento do braço junto com a lâmina, o demonio foi cortado no ar e lançado para longe, logo após esse ato, fui atacada mais uma vez pelas minhas costas e apenas me joguei no chão rolando para frente, ao me levantar bloquei um golpe frontal, e elevei a espada tentando atingir o mesmo, que pula para tráz, e em sincronia, o seu companheiro pula em minha frente me atacando, por sorte, Kladenets me protege de seu ataque, eu faço o mesmo movimento que usei para matar o segundo demonio e ganho espaço, corro para cima deles com a kladenets em mãos, um, dois, três golpes e eu apenas acerto o ar, sem folego, sou atacada sem perdão e perco minha saia, a parte superior do vestido é rasgada tambem, e meu corpo recebe ferimentos em um de meus seios, costela e coxa.
" Talvez você não vá morrer para o Victor, humana, vai cair aqui mesmo. "
Um deles salta mirando em meu pescoço, sinto um impulso vindo de minhas pernas executo um giro, com 3/4 dele completo, começo a elevar minha perna velozmente e o demonio dá de encontro com a mesma. sendo arremessado uma boa distancia, puxo minha perna para baixo rapidamente e ao encontrar o chão, ela faz um som forte, o demonio que eu estou encarando agora fica um pouco intimidado e eu uso esta chance para brandir Kladenets por cima de meu ombro até o chão, cortando-o em dois.
Não tenho tempo a perder, o outro demonio vai se levantar do chão, me vem a cabeça a ideia perfeita, eu corro para o trenó e o ligo, milagrosamente ele começa a funcionar com apenas uma tentativa, sem perder tempo eu atropelo o demonio sem dó, e do fundo do meu coração uma força poderosa vem subindo tomando conta do meu corpo, até que eu gargalho de forma desesperada e genuina, algo quase que completamente bizarro.
com o trenó eu chego para aonde Pavarti estava, a batalha ja estava tomando lugar do lado de fora do salão.
" Pavarti! "
" Alessia! "
Ela responde estendendo a mão, eu a pego e ela logo pula no trenó, e saimos a toda velocidade da proprieradade dos Blazska.
ouvimos um estrondo enorme, um rugido muito alto e, Victor se vira para a construção, algo pula encima dele e uma poeira enorme se eleva.
haviamos escapados vivas daquele momento.
Parte 4 - Nova Era
" Pavarti... "
" Pode surtar emocionalmente agora Alessia. "
" Não dá. "
" Porque? "
" Coisas demais na minha cabeça, tive de enfrentar 4 demonios, estou ferida, minha... digo... o castelo está em ruinas, minha familia morta... Pavarti... "
" Sim Alessia. "
" Eu preciso de você agora. "
" E eu acho que eu de você Alessia. "
" Podemos fazer um pacto? "
" Pacto? "
" A minha vida é a sua agora, e a sua, é a minha. "
" Na nossa situação, seria bem mais facil se preocupar com apenas você mesmo doque com os dois. "
" É, e com esse pacto, nós estamos obrigadas a tomar conta de nós mesmas, para que a outra não perca a vida. "
" Aceito Alessia, de agora em diante, somos uma só. "
eu paro o trenó, olho para o horizonte, o sol está nascendo.
" É bom estar viva, não é Pavarti? "
" É sim Alessia, É muito bom. Mas, Pra onde agora? "
" Eu não sei... "
Observamos o Sol nascer por mais alguns momentos, e partimos. sem um destino.
Sibéria, um paraiso de tranquilidade gelado, eu lembro de quando a Sibéria era isso pra min. ah eu lembro muito bem, eu era feliz, até tinha uma personalidade diferente, eu era uma garota, eu vivia feliz, sempre me divertindo, abobalhada em meio a jóias, vinhos, amigos, festas, banquetes, uma familia unida e comunicativa, ah eu vivia bem.
Não por isso, eu era a mais esquisita da familia, eu nasci com poderes que, logo cedo descobri que não deveria deixar transparecer. Eu podia ouvir vozes, não, eu não era maluca, eu podia ouvir vozes e me comunicar com elas, como se não fosse o bastante, muitas vezes, ao ver ou ouvir uma gravação eu podia ouvir as vozes vindo dos aparelhos, acho que meu ouvido pode identificar esses sons melhor doque as outras pessoas.
Cresci e, esse poder cresceu comigo, conversei com diversas entidades, e essas me ensinaram a ver. Foi chocante, ver as formas que eram antes apenas vozes, foi chocante, algumas eram aterrorizantes e outras eram até charmosas, não minto que ja me apaixonei por uma delas uma vez, mas isso aconteceria com qualquer um em minha situação. Pra min, isso era muito normal, eu cresci assim e, eu sabia que se alguem mais soubesse disso eu estaria com grandes problemas a enfrentar, tanto clinicos como psicologicos.
Quando eu ainda era adolescente, por volta de meus 15 anos, Pavarte veio até min. Nos tornamos grandes amigas, Pavarte me contou que, nos dias atuais, humanos não acreditam mais em magia ou demonios, e que as unicas coisas que eles escutam de verdade é a riquesa e o conhecimento, e que, nada que não possa ser provado nas leis dele deve ser real, e em muitas vezes é levado como apenas uma peça pregada pela mente.
Pavarte estava certa, para min naquele momento, mesmo que estivesse errada é assim que a banda toca, e iria tocar pra min, se eu tivesse exposto isso, eu teria que dançar ao som da banda lindamente, e eu com toda certeza não iria achar isso uma experiencia agradavel.
Esta era eu, Alessia Blaska até os 18 anos de idade.
Eu tinha irmãos, muitos irmãos, minha mãe gostava de seus filhos, e era uma otima mãe, depois de min vieram nove, e antes de min vieram quatro, eu vi os meus nove irmãos crescerem e minha mãe nunca teve que usar violencia ou repreender ninguem elevando a voz, ela era uma grande mãe. Ela me dizia que eu era a mais esquisita da familia, mas que me amava muito tambem por ser esquisita, ela adorava ouvir minhas historias, e discutir meus gostos, ou melhor, entender o porque de eu gostar de certas coisas, ela via minha esquisitice como uma forma de criar laços cada vez mais fortes.
Um de meus irmãos era muito bom com tecnologia, ele gostava tanto de ciencia como de magia, ele era um prodigio, ele gostava de trabalhar tambem, fez o caminho dele em muitas empresas grandes do ramo da tecnologia digital, produziu sistemas, o nome dele era bem reconhecido entre os circulos da tecnologia. E ele gostava de ler coisas sobre magia no seu tempo livre , quase tanto quanto ficar comigo conversando sobre essas coisas.
Ele sabia do meu segredo
Ele mantinha meu segredo
E, atravéz de min, fez amizade com alguns deles tambem. E, durante o ultimo inverno, nós começamos a trabalhar em um projeto juntos. Meu irmão começou a trabalhar em um sistema que pudesse usar um receptor de ondas para poder pelo menos entrar em contato com eles sem precisar de min como mediadora da comunicação, e assim, durante o gelado e impiedoso inverno Siberiano, na metade do inverno, o sistema estava pronto, e então, nós o testamos no meio da noite.
" Alessia, " disse ele " Acha que, vou me assustar com as vozes deles? "
" Provavelmente vai, alguns podem soar como garotas normais mas outros possuem vozes assustadoras. Algumas é até dificil de entender, mas é pra isso que você projetou isso com a possibilidade de ligar e desligar certo? "
" É... pena que não posso fazer o mesmo por você. "
" Estou mais do que acostumada, isso tudo é tão normal pra min... mas há sons que nossos familiares fazem que é mais assustador doque qualquer voz que eu tenha ouvido. "
" Ah É? "
" É, sabe o tio davi? "
" Oque tem ele. "
" Ele não tem aquela tosse asmatica que parece um gato pondo uma bola de pelos pra fora? "
" Ok, eu ja entendi... "
Então ele ligou o aparelho, depois de alguns chiados, eu pedi a pavarte para que ela dissesse algo, Pavarte estava sempre comigo desde pequena.
" Pode dizer qualquer coisa Pavarte. "
" Posso mesmo? " disse ela.
" Nossa, eu pude ouvir oque ela disse. "
" É sério!? " dissemos juntas.
" É, não to zuando, bem que imaginei que Pavarte teria um sotaque indiano. "
" Venho de Bharat, afinal. "
" Ela é tão Legitima. " Ele diz, não deu pra segurar a gargalhada naquela hora.
Durante o inverno, meu irmão contatou muitos deles, conversou com muitos, e aprendeu coisas sobre o mundo que, ele pensou que nunca jamais fosse se dar conta.
Eu tambem passei o inverno dentro da nossa enorme residencia, ao contrario dos meus irmãos eu não tinha interesse em ir aproveitar o verão das terras ensolaradas do sul do mundo. Tinha tudo que precisava aqui, pra que sair? Meu santuario branco, rodeado por beleza natural, pra que sair? não havia coisa mais linda pra min doque os feixes coloridas das luzes nordicas, ou a gentil neve caindo lentamente dançando no ar ao som da tranquilidade e serenidade da Sibéria. Parvati contava as belezas das flores da india em seu habitat natural, uma vez eu fui a india com ela, mas, não há nada mais bonito doque a aboboda verde que tinhamos no nosso palácio, cheia de vida e ainda sim, banhada por uma luz prateada e coberta de neve.
Meu aniversário tambem é durante o inverno, eu nasci no ultimo mês do ano, minha mãe conta que quando eu nasci, neste mesmo castelo, o céu se encheu de cores e todos viram uma das auroras mais vividas dos ultimos vinte anos. E, sempre que chega a mesma temporada, o céu tende a se encher de cores.
Hoje, foi o dia do meu aniversário.
O dia se iniciou glorioso, com todos meus irmãos e irmãs ao meu redor em meu quarto, todos me saudaram assim que acordei, eu sorri e agradeci a todos pela presença, o céu estava lindo, as nuvens prateadas banhando meu quarto com aquela luz belissima, passamos um tempo conversando todos juntos no meu quarto, nos lembrando de como havia sido o ano. rimos muito e, um de meus irmãos sabe tocar a Balalaika. Logo que ele a retira debaixo de uma almofada eu dou um sorriso enorme, sempre adorei o jeito que ele tocava aquele instrumento, ele tinha muita habilidade com ela, por algum motivo, eu me senti tão feliz que começei a chorar muito, meu irmão parou de tocar e eu falei:
" Por favor Bartô, não pare, é belissimo, não pare, por favor. "
Ele sorriu, e assim ele voltou a tocar enquanto todos me abraçavam e se sentavam bem pertinho de min, eu nunca, nunca havia me sentido tão feliz em toda minha vida.
Durante a tarde, ficamos eu e minhas irmãs provando vestidos e nos preparando para a festa que aconteceria a noite, ah, havia um vestido novo pra min, lindissimo, em tons de prata e azul, ele possuia uma faixa de azul escuro como o oceano ártico, suas bordas eram decoradas com uma linha fina de um azul brilhante e vivo, e bainhas cheias de cortes lembrando flocos de neve vistos de perto, e em minha cabeça uma simples faixa prateada adornada com brilhantes. eu e minhas irmãs passamos muito tempo conversando lá dentro, eu me diverti muito hoje.
Fui de fato a mais rapida a se aprontar, e, decidi que iria dar uma caminhada pelos jardins do castelo, e então eu encontro com o meu irmão, o mesmo que ajudei com o projeto. Assim que ele bate os olhos em min ele levanta uma expressão de surpresa e diz:
" Oh Nossa, Alessia, oque fizeram com você querida irmã!? você parece uma princesa, isto está errado! "
Meu irmão vestia um terno vermelho escuro, sem gravatas, ele nunca gostou delas, o blazer meio aberto, não muito formal mas muito elegante, meu irmão, ele nunca gostou de ser formal.
" Ah, oque tem de errado eu parecer uma princesa uma vez na vida? Eu tambem sou garota sabia? "
" Não tem como esquecer que você é garota, só não é facil te enxergar como uma de nossas irmãs, você é dificilmente uma das mais afeminadas entre elas, muito pelo contrario, é mais facil conversar com você doque com qualquer outra garota. Você é mais aberta Alessia, tem um vocabulario facil e sabe brincar e fazer piada. Não é uma menininha chata como muitas de nossas irmãs. "
" Tem é sorte de não ter nenhuma delas aqui agora. "
" E eu reconheço isso com gosto. Ah! tenho uma surpresa pra você hoje. "
" Ah é? "
" Sim, tenho certeza de que vai gostar. "
" Mal posso esperar. " me sentei em um banco, e meu irmão me acompanhou e sentou do meu lado. " Hoje está sendo um dia perfeito, e são apenas 4 da tarde e o céu ja está escurecendo. "
" E esse seu vestido, oque você é? A princesa da neve? "
" HA HA HA palhaço, não, esse vestido só é inspirado no lugar aonde moramos. "
" É dá pra ver perfeitamente, você fica muito bem nele mesmo, combina contigo. não sei, acho que é a mistura dos seus olhos e do seu cabelo. fica legal, fica legal mesmo. "
" Deve ser né? eu tambem gostei muito dele, principalmente essas bordas num azul bem vivo, sei lá, dá uma acentuada nos meus movimentos, gosto muito dele. "
Caminhei com meu irmão pelo jardin do castelo enquanto falava bobagem, até que ele disse que tinha que entrar para checar a minha surpresa, resolvi entrar tambem, fui até a biblioteca, e meu avô estava lá, elegante como só ele conseguia ser. Meu avô adorava essas ocasiões para caprichar na formalidade de suas vestimentas, ele tinha um cheiro confortavel dos melhores fumos que o mundo podia oferecer.
" Ah, Alessia querida. " diz ele, " Ontem eu sonhei com você. " estranhamente ele não se virou para me receber, continua olhando fixamente para o grande vitral principal.
" Mesmo vô? foi um bom sonho? "
" Ah, foi sim minha querida, de fato, deves estar destinada a grandes coisas. "
Eu permaneço em silencio, meu avô se vira e olha pra min com muito carinho em seus olhos.
" Querida neta, o seu presente é muito mais especial doque qualquer um que seus irmãos jamais poderia sonhar em ganhar. "
" Doque falas vovô? "
" Encima da mesa Alessia, este longo pacote verde. "
" Posso abri-lo vô? "
" Deve, quero que esteja usando-a durante toda a festa. "
Lentamente eu abro o pacote e me deparo com uma reliquia, uma espada longa de lâmina fina bem trabalhada, com uma empunhadura decorada com detalhes de ouro e a bahinha belissima com um pequeno rubi cravado proximo da empunhadura.
" Kladenets, esta é Alessia. Alessia, esta é Kladenets. "
" Mas qual ultilidade ela terá para min? "
" Muita, querida neta. quero que esteja com ela em sua cintura durante a sua festa de aniversário. "
" Com muita honra vovô. " eu a prendo na faixa azul do vestido, a bahinha da mesma é prateada com simples linhas douradas, combinando com o vestido como se ambos fossem feitos um para o outro.
E então, é finalmente hora da festa.
Toda a familia apareceu para a festa, e muitos convidados amigos da familia tambem, o salão estava lindo, decorado em tons de prata e com toques coloridos lembrando a aurora boreal. bem iluminado pelas luzes douradas dos enormes lustres suspensos, me senti nervosa no topo da escadaria, minha mãe do meu lado olhou para min e disse:
" Alessia, você ja fez isso várias vezes na sua vida, oque há de diferente hoje? "
" Eu gostaria muito de saber tambem, mamãe. "
" Só faça oque você sempre fez. E tudo se sairá perfeito, ah, e tome cuidado com os degraus, na sua situação eu estou mesmo duvidando que consiga descer sozinha. "
" Quer descer comigo? Por favor? " eu juntei minhas mãos e a pedi.
" Se assim deseja. "
Então, minha mãe desce uns três degraus e anuncia a minha entrada.
" Queridos irmãos, irmãs e familiares presentes, hoje, a dezenove anos atraz, nasceu, num dia lindo de inverno, aonde o sol brilhava belissimamente sobre as nuvens banhando nossas terras com sua luz prateada, Alessia Blaszka. E hoje reunidos, comemoraremos até o sol nascer mais um ano de vida completado pela nossa amada princesa da neve. "
Eu cubro minha cara com a mão e murmuro. " Putamerda, ele tinha razão. "
Desço lentamente e seguro a mão de minha mãe, o salão inteiro olha para min, naquele momento eu estava muito nervosa;
Apenas agradeço a presença de todos os familiares, e logo me explico, pelo fato de não poder discursar.
As horas passavam, e eu não via sinal do meu irmão. Me perguntava se ele estava cuidando da surpresa para min, oque seria tal surpresa? Minha curiosidade só se aliviava após ingerir uma ou duas taças de vinho, e sempre que ela voltava, junto com ansiosidade aumentada, eu sempre tinha de tomar mais algumas taças, por sorte não havia sido o suficiente para me embriagar até aquele ponto.
Sem que ninguem notasse, meu irmão aparece nas escadarias, ele está sorridente em seu smoking e parece muito animado. " Alessia! " ele grita
Todos olham para ele, e ninguem se importa, deviam estar todos bebados a este ponto. ele continua
" É com grande prazer que te trago meu presente. "
" Doque está falando, não vejo presente nenhum. " eu respondo
" Isso porque não dá pra ver ainda, querida irmã. " ele responde com um sorriso macabro. " Não seria maravilhoso? se nossos amigos pudessem ser vistos e interagir conosco? "
" Mas doque você está falando? "
" Dos nossos amigos, os demonios, querida irmã " todos reagem surpresos, oque é de se esperar de uma familia de judeus, essa palavra é muito forte no nosso meio, menos para min e para ele, ja que conviviamos com essa outra realidade.
" Desce ja dai! Todo mundo vai pensar que você é louco. " diz a minha mãe
" Não seria perfeito Alessia? se todos pudessem compartilhar da mesma experiencia que nós? "
" Você ouviu a mãe, desce ja dai e para de falar bobagem! "
" Não fará tanta diferença Alessia, a sua surpresa ja está entregue, graças ao programa que desenvolvi com a sua ajuda, pude contatar outros demonios e eles me ajudaram a chegar nisso. "
" Em que? Por favor irmão, você deve estar bebado, só desça dai, venha para cá. você precisa comer algo e parar com a bebida. "
" Não bebi uma unica gota de vinho ainda, querida irmã. "
E então ele estende as mãos, e diz: " Agora, querida irmã, receba os nossos convidados de ultima hora. "
Parte 2 A Queda
Vários demonios descem pelas escadas rapidamente, o salão é tomado por chamas e cristais de gelo, como se uma onda de surrealismo tivesse tomado conta de todo o salão de baile.
" Alessia! " era Pavarti me chamando, sua voz estava mais presente, era como se ela tivesse se tornado mais real. e de fato, Pavarti e todos os outros demonios da redondeza, e outros que eu não reconhecia estavam mais reais, eles finalmente tinham um corpo feito de materia, um corpo que podia ser visto, e, que os permitia influenciar o meio com maior facilidade.
Pavarti me tomou pela mão naquele instante, e eu nem notei, apenas fui carregada por ela pelo corredor até o saguão de entrada. Sim, minha casa é complicada, mas isto é uma historia longa que realmente não importa muito agora.
no saguão de entrada eu avisto um serafin, pavarti o observava com uma expressão de pavor, o serafin disparava constantemente esferas de energia contra os diversos demonios ao redor.
então eu digo:
" Pavarti, Estamos salvas! "
" Não estamos salvas coisa nenhuma. " ela responde
" Ora porque diabos? "
" Ele está aqui pra exterminar, e não vai discriminar ninguem. "
" Impossivel, somos judeus, somos o povo de deus. se este serafim está aqui é pra nos ajudar. "
O serafim se vira para nós e dispara uma esfera de energia em direção a pavarti, sem perder tempo, Pavarti o imita, eu nem sabia que ela podia fazer essas coisas naquele tempo, e ela podia fazer muito mais.
As duas esferas colidem e explodem no meio do saguão, Pavarti me toma pela mão e mais uma vez nós estamos correndo aproveitando a poeira e a fumaça que a explosão causou.
" Pavarti, pare de correr, ele não ia nos ferir. "
" Mas é claro que ia, aquele Megido estava mirado em min. "
" Então, o nome daquilo é Megido? "
" É um feitiço de combate, serve unica e exclusivamente pra destruir coisas. Como a maioria que nós sabemos naturalmente. "
" Oh... Certamente ele está aqui com cumprindo uma missão; "
" É, a de matar tudo que se move nesse lugar. " ela responde.
Pavarti me leva até o salão de baile, enquanto corria, eu sem perceber tropecei em algo e cai, pavarte caiu junto mas logo se recuperou e me estendeu a mão.
" Alessia, vamos logo, ainda temos chance de escapar. "
eu não consigo responder, assim que tomo conhecimendo de em que eu havia tropeçado entro em um estado de choque, eu havia tropeçado em um braço decepado. S Senti algo molhado em minhas pernas. e logo percebo que meu vestido está manchado de vermelho, eu tambem olho ao redor, e vejo todos jogados pela sala.
" Não notei que a festa tinha ficado tão animada a este ponto. "
" Que ponto alessia? "
" Estão todos nocauteados de tão bebados, até derramaram vinho pelo lugar. "
" Hã!? Alessia oque há contigo? Garota agora não é hora de surtar. "
" Mas não estou surtanto, não é vinho isso aqui no chão? "
" Você claramente não está bem. "
Maquele momento eu realmente não estava bem, eu tenho certas tendencias, mas com o tempo, eu me acostumo com as coisas e passo a percebe-las mais rapidamente. antes qualquer choque fora da minha realidade podia resultar em um surto, mas hoje em dia...
" Alessia, levanta dai! "
" Pavarti está tudo bem, não tem porque todo esse nervosismo. " Foi então que eu levei um pouco do fluido vermelho no chão até a boca, o gosto ferroso daquilo me fez acordar para a realidade. " Isso aqui, não é vinho. "
" Não, sua autista! "
" Pavarti... tambem não precisa ser grossa. "
" Se eu morrer por sua causa, ai sim você vai me ver sendo groça. "
eu me levanto, olho ao meu redor de maneira rapida.
" Não tem tempo pra crise emocional tem? "
" Não. "
" Ok, Pavarti, mire na parede atraz da escada. "
Assim que eu o digo, o serafin aparece na entrada do salão.
" Victor. " Pavarti diz.
" Então este é o nome dele? "
" Sim. "
Victor então dispara esferas de Megido pela sala, ele não mira em nada mas para cada esfera que ele despara, um pedaço das paredes e do teto caem, revelando a posição de outros demonios.
" Pavarti, rápido! " Eu grito, primeiro pior erro da minha vida. Victor nota minha presença e sem intervalos dispara Megido em minha direção.
Tudo que pude fazer naquele momento foi correr, não havia tempo para ser uma dona bonitinha de familia rica, não tem espaço pra donas bonitinhas de familia nessa realidade.
" Pavarti! "
" MEGIDO! " Pavarti grita e dispara megido destruindo a parede. " mas isso aqui era fino assim? "
" consegue segurar o Victor enquanto eu pego o trenó? "
" Tens 20 minutos Alessia. "
" é o suficiente. "
nessa situação, eu simplesmente rasguei a barra do vestido e tirei todas as camdadas de tecido que eu pude na hora, basicamente oque havia sobrado era uma saia leve, curta e rasgada do lado, e a parte superior do vestido.
Nunca corri tanto na minha vida, só para me deparar com alguns demonios proximos do trenó. Pensei que deveria falar com eles, e assim eu o fiz.
" Com liscença. " Eles olham para min. " Vocês estão usando o trenó? "
" Oque é trenó? " um deles olha para min e pergunta.
" Esta coisa que vocês estão sentados, é que eu estou precisando muito. "
" Precisando para que? "
" Preciso fugir. "
" Fugir de que? "
" Victor. "
os demonios entram em panico.
" Vamos todos morrer, não tem como fugir do victor! "
" Como assim? "
" É, vamos todos morrer, não tem ninguem forte o suficiente para segurar o Victor. "
" Mas, Pavarti... "
" Pavarti vai morrer tambem. "
" Então pelo menos me deixe sobreviver. "
" Não, quem você pensa que é? vai morrer é aqui com todos nós. "
" Mas eu preciso muito... "
" De que? "
" ... " eu ja não sabia mais naquele ponto. eu tirei a Kladenets da bahinha e apontei a eles. " Olha, eu sei de ua coisa, eu to afim de viver. "
E mesmo sem saber contra oque eu estava lutando, eu não me importei, eu simplesmente encarei, pra min pouco importava o resultado, se eu ganhasse, eu provavelmente irei morrer em algum ponto na minha vida, fosse naquele momento fosse agora, fosse amanhã, dane-se tudo eu pensava, dane-se tudo, se é com uma vida que se paga a vida, pelo menos nessa situação, é com a deles que vou assegurar a minha.
" Um dia você vai morrer, é isso que mortais fazem, morrem. " eles disseram
" Mas, não agora. " eu respondi
eu corri para cima deles com a Kladenets, apenas tentando acertar qualquer um deles com minha lâmina
" Hahahaha, porque acha isso. "
" Porque? Você quer saber mesmo o porque? " um deles se aproximou de min e eu não perdi tempo, minha lâmina encontrou o pescoço do mesmo, foi o suficiente. Os outros encheram seus rostos com pavor e odio, numa face deformada tomada de furia, dava pra sentir o sentimento de vingança em cada pedacinho do rosto deles.
Parte 3 Despertar
" Porque eu quero, simples assim. "
Todos os três vieram para cima de min, suas garras afiadas tentando me atingir, Kladenets bloqueava os golpes que chegavam muito perto, houve um momento que eu fui atacada por tráz, no mesmo momento, fui tomada por um instinto e joguei minha cintura para o lado, apertei a empunhadura da Kladenets, pus meu pé em direção do demonio e girei toda minha cintura acompanhando com o movimento do braço junto com a lâmina, o demonio foi cortado no ar e lançado para longe, logo após esse ato, fui atacada mais uma vez pelas minhas costas e apenas me joguei no chão rolando para frente, ao me levantar bloquei um golpe frontal, e elevei a espada tentando atingir o mesmo, que pula para tráz, e em sincronia, o seu companheiro pula em minha frente me atacando, por sorte, Kladenets me protege de seu ataque, eu faço o mesmo movimento que usei para matar o segundo demonio e ganho espaço, corro para cima deles com a kladenets em mãos, um, dois, três golpes e eu apenas acerto o ar, sem folego, sou atacada sem perdão e perco minha saia, a parte superior do vestido é rasgada tambem, e meu corpo recebe ferimentos em um de meus seios, costela e coxa.
" Talvez você não vá morrer para o Victor, humana, vai cair aqui mesmo. "
Um deles salta mirando em meu pescoço, sinto um impulso vindo de minhas pernas executo um giro, com 3/4 dele completo, começo a elevar minha perna velozmente e o demonio dá de encontro com a mesma. sendo arremessado uma boa distancia, puxo minha perna para baixo rapidamente e ao encontrar o chão, ela faz um som forte, o demonio que eu estou encarando agora fica um pouco intimidado e eu uso esta chance para brandir Kladenets por cima de meu ombro até o chão, cortando-o em dois.
Não tenho tempo a perder, o outro demonio vai se levantar do chão, me vem a cabeça a ideia perfeita, eu corro para o trenó e o ligo, milagrosamente ele começa a funcionar com apenas uma tentativa, sem perder tempo eu atropelo o demonio sem dó, e do fundo do meu coração uma força poderosa vem subindo tomando conta do meu corpo, até que eu gargalho de forma desesperada e genuina, algo quase que completamente bizarro.
com o trenó eu chego para aonde Pavarti estava, a batalha ja estava tomando lugar do lado de fora do salão.
" Pavarti! "
" Alessia! "
Ela responde estendendo a mão, eu a pego e ela logo pula no trenó, e saimos a toda velocidade da proprieradade dos Blazska.
ouvimos um estrondo enorme, um rugido muito alto e, Victor se vira para a construção, algo pula encima dele e uma poeira enorme se eleva.
haviamos escapados vivas daquele momento.
Parte 4 - Nova Era
" Pavarti... "
" Pode surtar emocionalmente agora Alessia. "
" Não dá. "
" Porque? "
" Coisas demais na minha cabeça, tive de enfrentar 4 demonios, estou ferida, minha... digo... o castelo está em ruinas, minha familia morta... Pavarti... "
" Sim Alessia. "
" Eu preciso de você agora. "
" E eu acho que eu de você Alessia. "
" Podemos fazer um pacto? "
" Pacto? "
" A minha vida é a sua agora, e a sua, é a minha. "
" Na nossa situação, seria bem mais facil se preocupar com apenas você mesmo doque com os dois. "
" É, e com esse pacto, nós estamos obrigadas a tomar conta de nós mesmas, para que a outra não perca a vida. "
" Aceito Alessia, de agora em diante, somos uma só. "
eu paro o trenó, olho para o horizonte, o sol está nascendo.
" É bom estar viva, não é Pavarti? "
" É sim Alessia, É muito bom. Mas, Pra onde agora? "
" Eu não sei... "
Observamos o Sol nascer por mais alguns momentos, e partimos. sem um destino.
É com... poxa muito atrazo que eu trago para vocês a primeira character story, The Princess.
The Princess acontece oito anos antes de Ten Nights Game e conta a historia de uma protagonista muito importante chamada Alessia Blazska, não tenho muito oque falar sobre essa parte da historia ou qualquer coisa. só alguns comunicados
1 - sobre o cap 4
ele ja está pronto, estou começando a desistir ( sim começando ) das ilustrações, posso postar a qualquer momento, mas talvez sem as imagens não tenha o mesmo impacto que eu desejei que ele tivesse, não é como uma character story que é mainly info dump do mundo.
2 - sobre a character story
tentarei faze-la mensalmente, não garanto caps grandes, muito menos legais. é só pra expandir o mundo de ten nights game melhor.
3 - tenho vida tambem pode não parecer, mas eu tenho vida tambem sabe? tenho que comparecer a vários lugares pra fazer atividades desagradaveis a minha pessoa, lidar com pais escrotos, problemas emocionais, e eu tambem tenho outras historias sem falar outros projetos BARRA tocar violino que é uma coisa que eu amo demais, então, antes de abrir a boca pra falar qualquer coisa, por favor, pense duas vezes, e se chegar a conclusão de que seu comentário não vai render nada positivo, por favor, prefira ficar quieto. É por isso que fechamos a porta do banheiro ao ir defecar. /indireta
4 - obrigado por ler mais essa
5 - agosto
em agosto estarei ocupado escrevendo uma novel inteira, mais ou menos 50k de palavras oque deve dar... 175 paginas minimun. acho que vou escrever sobre magia, finalmente me sinto preparado pra escrever sobre o assunto que eu mais adoro. se quiserem acompanhar, vai ser complicado porque a farei em inglês e não garanto que ela vá ser traduzida; (MESMO)
6 - Sobre o formato flac
vai notar que há umas duas musicas(?) em flac nesse cap, uma das soluções bem simples é usar ou o Itunes ou o Winamp, Songbird e MPC tambem tocam se houver alguma complicação ( MPC toca praticamente TUDO )