(05/06/2016, 13:44)Eleso Escreveu: O pouco que li a respeito do Japão é que eles salvam empresas da falência com dinheiro público (pra não dizer intervenção do governo). Ainda mais quando a falência é a prova que a empresa está sendo ineficiente pra economia em geral, e por isso mesmo impedir esse processo é pedir pra empresa destruir mais riqueza. Não a toa, a divida total japonesa está explodindo. As estatais e concessões br estão aí de exemplo e isso tá longe de ser política "liberal".
Ao menos o banco central deles não fica imprimindo dinheiro pra financiar dívidas públicas e mantém a moeda estável, coisa que aqui é regra e o poder de compra de cada unidade da moeda é destruído aos poucos.
Ué, o que é mais liberal que o governo salvar empresas com dinheiro público? Falo isso dos EUA ter injetado bilhões em somente um ano para salvar empresas e bancos. A política Brasileira de investimento em países látinos aconteceu porque o Brasil se achou os EUA demais e quis imitá-los (os EUA praticam essa política nos tigres asiaticos, e até mesmo em alguns do BRICS). Essa política falhou por má administração e a pizza da corrupção. Culpa, claro, do PT e governistas.
Deixar de imprimir dinheiro dinheiro pra financiar essas modalidades do que você disse não é um problema. Problema está na estrutura desse sistema.
Como chegamos nesse sistema onde os bancos tem poder de criar dinheiro? Desde 1971, quando Nixon tirou dos EUA o que restava do antigo padrão-ouro, o mundo opera sobre o sistema fiat, que é a lei que a moeda do governo seja dinheiro. São exemplos de moedas fiat o euro, dolar e libra. Sem essa imposição da fiat, e o fato de termos de pagar impostos com esse dinheiro, as moedas fiat não teriam significado. Apenas o governo tem o poder de emitir tal papel-moeda, mas os bancos podem criá-las através de
emprestimos. Nos últimos 40 anos, desde que o sistema "fiat" se tornou normal, a oferta de dinheiro cresceu de forma exponencial (função exponencial), e isso desencadeou o maior crescimento de oferta de moeda na história. Quem se beneficiou disso tudo? Os que tem poder de emissão (governos e bancos), claro. Depois vem empresas e particulares, que chegam primeiro a este dinheiro, gastando-o antes que o preço das coisas que eles querem suba. Ou seja, recebem serviços, produtos e bens mais baratos. Os preços acabam por subir em pouco tempo. Assim, os titulares de bens, como casas, verão ganhos nesse sistema sem necessariamente haver melhorias no bem em questão. Muitas vezes isso leva a criação de uma bolha financeira. Agora: E os que estão no fundo da pirâmide, que tem salários e e benefícios fixos, deixo você advinhar quem são. Nessa altura do campeonato, quando o dinheiro lá do topo chegar a eles, e eles quiserem comprar algo, notarão que o preço aumentou, as poupanças renderam menos e os salários inalterados. Em alguns casos, para se manter é necessário contrair dívidas para conseguirem pagar o que antes conseguiam comprar. Ai você vai pedir pro seu parente dinheiro emprestado? Vai mesmo? Vai nada. Vai a um banco. Nota-se na verdade que este processo de criar dinheiro, atualmente, apenas redistribui riqueza do fundo para o topo da pirâmide. Assim aumenta-se a crescente desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres. Problemas crônicos dos paises mais ricos do momento.
Gente que textão mas valeu a pena exercitar os conhecimentos de economia que adquiri
Evitei certos termos especificos e acho que tá entendivel pelo menos
Se você quiser entender mais sobre essa conjuntura da moeda e sistemas monetário sugiro que estude Milton Freedman (ideologia neoclássica) e a ideologia clássica. A primeira é a que rege atualmente a economia mundial.