Tá dando bug nos comentários la, vou colocar aqui de backup ^^
Não quis dizer isso, tanto que acho Bakuman machista mesmo assim.
Só disse que eles conseguiram ser menos machistas.
Reclamar de machismo em Berserk já seria o mesmo que falar de Hokuto no Ken
Spoiler: texto imenso
Lancaster, gosto muito da parte informativa de seus textos.
Mas fora isso tem alguns pontos que discordei nesse texto.
Antes de tudo sou fã de Bakuman.
Eu peguei o mangá logo que saiu o capítulo 1, porque me empolguei por ser uma obra da dupla de Death Note sobre um tema muito interessante: Mangakás.
E a metalinguagem é algo que me fascina, mesmo que Bakuman não seja um Machado de Assis na questão.
MAS é sempre bom ver também os defeitos, e não somente as qualidades como o senhor fez. Fez que ia defender as críticas corriqueiras ao mangá, mas deu a impressão que escapou pela tangente, preferiu não se focar nisso...
Eu acho Bakuman um mangá machista sim.
Não é tão machista quanto Death Note, permita-me comparar, mas ainda cai em estereótipos muito ultrapassados.
Por exemplo, em uma cena Miyoshi fala para a dupla que seria interessante que ela apresentasse uma visão feminina, já que eles escreveriam um romance. O que eles fazem? Respondem algo como "Não, não e não! Esse é um mangá para garotos!"
Ok, eles eram moleques ainda...
Mas eu não vejo assim!
Pode entrar a parte da experiência dos autores. E se eles pensam assim também?
E se eles não querem uma visão feminina em suas obras? Pensar isso me entristece muito.
Fora outros estereótipos muito ultrapassados presentes na obra...
Em um capítulo a Miyoshi aparece apenas para varrer o estúdio. Só para isso.
Vi coisa parecida em Macross, da década de 80. Naqueles tempos eu considero aceitável, mas olha em que ano estamos?
Para mim pegou muito, muito mal.
Mas, apesar disso, uma coisa boa que Bakuman fez foi que nele as mulheres são mais dependentes que em Death Note, por exemplo, onde as garotas se limitavam a cair na Zé bonitice do Raito uma atrás da outra.
Houve uma evolução sim, mas ainda acho que eles podem melhorar mais.
Sobre o seu discurso contra o moe...
Entendo que você não acompanha mais muitos animes, então tome um pouco de cuidado.
Não é simplesmente fazer um anime moe que ele vai vender horrores, não. Não é assim que funciona. Se vendeu, é porque o anime tem mais coisas a apresentar que o moe.
Se fosse assim, teriam 5 animes moes por temporada. Sendo que nas últimas 2, os animes parecidos com K-on se limitaram a Yuru Yuri(flood de garotas, logo não me agradou, apesar de ter vendido) e Morita-san wa Mukuchi, que tinha míseros 3 minutos de duração por episódio.
Nem todo fã de animes moe vai assistir pretty cure, seria muito generalização pensar assim.
Sobre vendas...
Itsuka Tenma, Kamisama no Memochou, R-15, Twin Angel e Ikoku Meiro.
Esses animes foram recentes, e todos venderam muito mal. Todos eles têm o moe em comum.
Vou além e vou colocar um trecho de entrevista com Hiroyuki Yamaga, da Gainax, de 2010, em ingles:
"Pergunta: That's good, because some fans out here feel like some studios are pushing out moe show after moe show and that they aren't really trying to push the boundaries anymore. Do you have any thoughts on that?
Resposta: I don't think it's just Gainax that's trying to push boundaries…the companies that are still around are the ones that are doing it right. But with so much moe anime out there…I think that only one or two of those titles really sold well, and anyone can see that, but they keep producing it…which is why I don't want to do it! But if moe was really selling that well, we'd probably do it too.
Na íntegra: http://www.animenewsnetwork.com/intervie...uki-yamaga
Se moe estivesse vendendo, veja bem, ele disse que até a Gainax estaria fazendo moe!
Há algumas coisas a se refletir disso...
Para mim a indústria dos animes está indo bem.
Sempre saíram muitos animes ruins, isso não é novidade.
No passado, ao invés de harém e moe tinha um flood de animes de mechas. Nem você deve gostar de todos que saiam.
E no meio dos animes para otaku, ainda saem coisas boas diferenciadas.
Mawaru Penguindrum, esse foi um ótimo anime que não precisou apelar muito pra fetichismo, e até tem uma boa mensagem sobre a sociedade atual.
Noitamina ficou um tempo passando animes para otakus, alguns muito ruins como Black Rock Shooter, mas agora está voltando com ótimos animes como Sakamichi no Apollon e Tsuritama.
Tatami Galaxy não saiu tem pouco tempo? 2010 não? Arakawa under the bridge, outro anime que foi sensacional.
Anime bom tem sim, não é toda temporada que vai ter mas nunca foi assim.
Agora se você espera um novo Evangelion, é uma pena, esse tipo de anime é muito raro de surgir...
Eu gostaria que o Anno tentasse algo depois que se resolver com os Rebuilds, isso seria interessante.
Deixa eu falar um pouco do que gostei de Bakuman, para não parecer que eu detesto o mangá.
Gostei de como foi apresentado a vida dos mangakás e editores, mesmo que uma maneira muito idealizada.
Eles estavam fazendo um mangá na Jump, não tinha como esculachar a revista.
E o pior que mesmo assim eles deram alfinetadas sutis no sistema da revista várias vezes, isso foi o que achei mais interessante em Bakuman.
Acho muito errado o sistema de questionários, e quando os personagens o questionam(mesmo o mala do Nanamine), acho que isso traz ótimas reflexões.
Não falei da Miho ainda... achei ela um porre.
A Aoki até que foi um bom exemplo de personagem feminino cativante.
Até da Iwase eu gostei mesmo com todas suas birras.
Mas a Miho não vejo como defendê-la...
Eu não consigo aceitar esse ideal romântico nos dias de hoje.
Pra mim ela consegue ser mais irritante que a Lyn Minmay. A Minmay pelo menos tinha mais personalidade, ela era mais independente. E olha que eu detesto muito a Minmay, prefiro mais a Misa.
Mas fora isso tem alguns pontos que discordei nesse texto.
Antes de tudo sou fã de Bakuman.
Eu peguei o mangá logo que saiu o capítulo 1, porque me empolguei por ser uma obra da dupla de Death Note sobre um tema muito interessante: Mangakás.
E a metalinguagem é algo que me fascina, mesmo que Bakuman não seja um Machado de Assis na questão.
MAS é sempre bom ver também os defeitos, e não somente as qualidades como o senhor fez. Fez que ia defender as críticas corriqueiras ao mangá, mas deu a impressão que escapou pela tangente, preferiu não se focar nisso...
Eu acho Bakuman um mangá machista sim.
Não é tão machista quanto Death Note, permita-me comparar, mas ainda cai em estereótipos muito ultrapassados.
Por exemplo, em uma cena Miyoshi fala para a dupla que seria interessante que ela apresentasse uma visão feminina, já que eles escreveriam um romance. O que eles fazem? Respondem algo como "Não, não e não! Esse é um mangá para garotos!"
Ok, eles eram moleques ainda...
Mas eu não vejo assim!
Pode entrar a parte da experiência dos autores. E se eles pensam assim também?
E se eles não querem uma visão feminina em suas obras? Pensar isso me entristece muito.
Fora outros estereótipos muito ultrapassados presentes na obra...
Em um capítulo a Miyoshi aparece apenas para varrer o estúdio. Só para isso.
Vi coisa parecida em Macross, da década de 80. Naqueles tempos eu considero aceitável, mas olha em que ano estamos?
Para mim pegou muito, muito mal.
Mas, apesar disso, uma coisa boa que Bakuman fez foi que nele as mulheres são mais dependentes que em Death Note, por exemplo, onde as garotas se limitavam a cair na Zé bonitice do Raito uma atrás da outra.
Houve uma evolução sim, mas ainda acho que eles podem melhorar mais.
Sobre o seu discurso contra o moe...
Entendo que você não acompanha mais muitos animes, então tome um pouco de cuidado.
Não é simplesmente fazer um anime moe que ele vai vender horrores, não. Não é assim que funciona. Se vendeu, é porque o anime tem mais coisas a apresentar que o moe.
Se fosse assim, teriam 5 animes moes por temporada. Sendo que nas últimas 2, os animes parecidos com K-on se limitaram a Yuru Yuri(flood de garotas, logo não me agradou, apesar de ter vendido) e Morita-san wa Mukuchi, que tinha míseros 3 minutos de duração por episódio.
Nem todo fã de animes moe vai assistir pretty cure, seria muito generalização pensar assim.
Sobre vendas...
Itsuka Tenma, Kamisama no Memochou, R-15, Twin Angel e Ikoku Meiro.
Esses animes foram recentes, e todos venderam muito mal. Todos eles têm o moe em comum.
Vou além e vou colocar um trecho de entrevista com Hiroyuki Yamaga, da Gainax, de 2010, em ingles:
"Pergunta: That's good, because some fans out here feel like some studios are pushing out moe show after moe show and that they aren't really trying to push the boundaries anymore. Do you have any thoughts on that?
Resposta: I don't think it's just Gainax that's trying to push boundaries…the companies that are still around are the ones that are doing it right. But with so much moe anime out there…I think that only one or two of those titles really sold well, and anyone can see that, but they keep producing it…which is why I don't want to do it! But if moe was really selling that well, we'd probably do it too.
Na íntegra: http://www.animenewsnetwork.com/intervie...uki-yamaga
Se moe estivesse vendendo, veja bem, ele disse que até a Gainax estaria fazendo moe!
Há algumas coisas a se refletir disso...
Para mim a indústria dos animes está indo bem.
Sempre saíram muitos animes ruins, isso não é novidade.
No passado, ao invés de harém e moe tinha um flood de animes de mechas. Nem você deve gostar de todos que saiam.
E no meio dos animes para otaku, ainda saem coisas boas diferenciadas.
Mawaru Penguindrum, esse foi um ótimo anime que não precisou apelar muito pra fetichismo, e até tem uma boa mensagem sobre a sociedade atual.
Noitamina ficou um tempo passando animes para otakus, alguns muito ruins como Black Rock Shooter, mas agora está voltando com ótimos animes como Sakamichi no Apollon e Tsuritama.
Tatami Galaxy não saiu tem pouco tempo? 2010 não? Arakawa under the bridge, outro anime que foi sensacional.
Anime bom tem sim, não é toda temporada que vai ter mas nunca foi assim.
Agora se você espera um novo Evangelion, é uma pena, esse tipo de anime é muito raro de surgir...
Eu gostaria que o Anno tentasse algo depois que se resolver com os Rebuilds, isso seria interessante.
Deixa eu falar um pouco do que gostei de Bakuman, para não parecer que eu detesto o mangá.
Gostei de como foi apresentado a vida dos mangakás e editores, mesmo que uma maneira muito idealizada.
Eles estavam fazendo um mangá na Jump, não tinha como esculachar a revista.
E o pior que mesmo assim eles deram alfinetadas sutis no sistema da revista várias vezes, isso foi o que achei mais interessante em Bakuman.
Acho muito errado o sistema de questionários, e quando os personagens o questionam(mesmo o mala do Nanamine), acho que isso traz ótimas reflexões.
Não falei da Miho ainda... achei ela um porre.
A Aoki até que foi um bom exemplo de personagem feminino cativante.
Até da Iwase eu gostei mesmo com todas suas birras.
Mas a Miho não vejo como defendê-la...
Eu não consigo aceitar esse ideal romântico nos dias de hoje.
Pra mim ela consegue ser mais irritante que a Lyn Minmay. A Minmay pelo menos tinha mais personalidade, ela era mais independente. E olha que eu detesto muito a Minmay, prefiro mais a Misa.
(20/04/2012, 15:34)Thanos Escreveu: Mas não ser machista é só ter mulheres fortes e/ou independentes?
Acho que isso é simplista demais.
Isso me lembra quando reclamavam que Berserk é machista lol.
Não quis dizer isso, tanto que acho Bakuman machista mesmo assim.
Só disse que eles conseguiram ser menos machistas.
Reclamar de machismo em Berserk já seria o mesmo que falar de Hokuto no Ken