Sinceramente, não vou botar sinopse nem coisas do tipo para Dorohedoro, apenas leiam este mangá.
Volume 17 - Como todos os caros leitores desta obra magnífica sabem, Dorohedoro, entre seus momentos de humor afrodescendente e os fanservices excelentes, tem como o plot base algo obscuro. E quando digo isso, falo sobre o enredo em si ser revelado de maneira muito estranha, você chega até o volume 11 achando o mangá um máximo e nem faz ideia do que se trata.
Tendo isso em vista, este volume foi de mais ação do que revelação. Mas no meio da ação mais sobre o a história se revela. Na minha opinião os pontos principais foram a ligação entre as moedas dos demônios, a construção da loja de departamentos central no local do antigo lago de dejetos de magia e ser exatamente o ponto que concentra maior número de pessoas (o possível sacrifício mencionado supostamente pelo Ai), o Chidaruma fez invocando todos os demônios acima de Hole (detalhe para a mesma casa flutuante vista na Blue Night) e por fim o Boss dos Cross-Eyes se unindo com o lago.
Estes fatos somados à algumas coisas que a história vem conduzindo de alguns volumes passados só me fazem concluir que tudo não passava de um plano dos demônios. Mas não necessariamente quer dizer que eles tinham controle de todo tipo de fato que ocorria, o que eu quero dizer é que os fatos chave, ou seja, [a existência do Ai como líder dos Cross-Eyes + construção da loja de departamentos central + experimento no qual o Aikawa se transforma naquele monstro (literalmente, ele é muito mais assustador que monstros de outras obras) que antes era conduzido pelo En] tudo isso tem dedo dos demônios no meio, isso para mim é quase que óbvio.
Outra coisa, a marca dos Cross-Eyes simbolizar Hole nas moedas antigas dos demônios também não é aleatório, eles são como a 'facção' humana agindo contra os Magic Users, assim como esta batalha que está para se iniciar seria uma guerra de 3 lados: os humanos, os usuários de mágica e os demônios.
De resto, a parte mais intensa foi no subsolo da loja de departamento central. Novamente a Hayashida mitou nas partes que os personagens interagem no subconsciente, tanto na do Ton (principalmente) quanto na do Fujita, ambas excelentes. O final com os principais personagens da família do En morrendo ou ficando gravemente feridos, exceto o Shin e a Noi foi tão de surpresa que até demorou a cair a ficha de quantos personagens importantes morreram nesse volume... o próximo realmente será o clímax da obra, ou pelo menos promete.
Hm, já ia me esquecendo, o clima de terror neste volume foi muito bom, aquelas cenas do corredor escuro e da silhueta se aproximando com os dejetos do lago se aproximando enquanto o elevador fechava foi muito foda, de arrepiar a espinha. E também aposto que o sumiço do corpo, a Ebisu + Kikurage terem sumido e o fato do Fujita ter recuperado o mini-demônio do En só me levam a crer que no próximo volume o grande boss En será ressuscitado.
Também tive a sensação de que esse foi um volume muito mais de ação do que de revelação, mas isso é ótimo também. É o que você comentou, a Q "sabe enrolar", ela sabe inserir revelações importantes em meio à acontecimentos que possam parecer irrelevantes.
Uma revelação que achei interessante é o fato do Ai estar tentando virar um demônio artificialmente. É até obvio de certa forma essa cadeia humano > usuário-mágico > demônio, não sei como ninguém pensou nisso.
Concordo inclusive que tudo está fazendo parte do plano dos demônios, mas é exatamente por isso que em algum ponto tudo tem que fugir das mãos dele também. Tomando isso em consideração, acho que a história pode levar dois rumos: ou é o próprio Ai e o seu plano de virar demônio que irá surpreender os chifrudos, ou mais provavelmente, a Nikaido e o Risu irão atrapalhar tudo de alguma forma.
Meio que abandonei a primeira alternativa, porque como comentado, foram coincidências demais envolvendo o poço, o mercado, os demônios e os olhos-cruzados, nesse volume. Por contra-partida, nós já sabemos que usuários mágicos de Tempo e Curse não podem ser criados nem pelo próprio Chidaruma, então faria sentido ele atrapalharem de alguma forma o plano.
Mas isso é tudo suposição, o que achei fantástico nesse volume foi, mais uma vez, o incrível, concorrente a um dos meus personagens favoritos, Fujita.
Acho incrível como, mesmo com um recurso de ressucitação que é usado com grande frequência, a morte em Dorohedoro nunca perde o seu valor. Só pensar em DBZ (ou talvez agora mesmo em Naruto), as mortes perderam o valor porque já sabíamos que todo mundo ia ser ressucitado, em Dorohedoro não. Ebisu, En, até o próprio Kaiman e agora o Fujita, todas foram mortes de grande impacto no leitor, acho que isso acontece porque a morte nunca é barata, sempre tem algum significado na obra e a ressucitação nunca é de graça também, olha o trabalho que o pessoal tá tendo com o En.
O retorno à vida do Fujita foi fantástico, todo o simbolismo que envolvia onde estava o tumor do En, fantástico. Amei mesmo, ótimo trabalho, Q.
(Mas pra falar a verdade estou com saudades do Kaiman/Aikawa, quero ver mais dele)
A ideia de que tudo está saindo conforme os planos do Chidaruma é clara. Até porque os demônios são a única facção que possuem uma visão ampla e planejada desse caos todo. Tanto os Cross-Eyes como a família do En não agem, digamos, de modo organizado. É um caos que de vez em quando resulta em algo.
Sobre essa coisa de a morte não parecer tão dramática em Dorohedoro, digamos que é algo bastante normal para uma trama que utilize magia, demônios, etc. Em mundos como esse a morte não deveria ser um obstáculo tão formidável assim (já que a morte constuma ser relacionada como uma fonte para magia), de modo que é algo positivo na obra, penso eu.
O que mais me intriga é o objetivo do Chidaruma. Que os demônios são muito mais poderosos é evidente, que eles estão controlando a maior parte dos eventos, também. Mas qual a razão por trás disso tudo?
Além da Nikaido e do Risu aposto ainda em reviravoltas a partir do Fujita e da relação do doutor com a Haru.
Esperava mais (falando de quantidade), juro que não lembrava que dava pra ler um volume de mangá tão rápido.
Queria saber por que a Haru precisou daquela faca do Chidaruma.
Ai estava tão bizarro que nem nojo da brincadeira do Chota com o Dokuga eu tive.
Fujita se ferra até quando vão fazer um boneco dele. Que hora maldita o Shou foi escolher pra morrer, logo quando o Fujita entra no elevador com o Setsuji... bom seria se os dois se unissem agora, ja que os objetivos são parecidos, apesar de só o En fazer falta ali.
(08/11/2012, 12:45)O Judeu Ateu Escreveu: Acho incrível como, mesmo com um recurso de ressucitação que é usado com grande frequência, a morte em Dorohedoro nunca perde o seu valor. Só pensar em DBZ (ou talvez agora mesmo em Naruto), as mortes perderam o valor porque já sabíamos que todo mundo ia ser ressucitado, em Dorohedoro não. Ebisu, En, até o próprio Kaiman e agora o Fujita, todas foram mortes de grande impacto no leitor, acho que isso acontece porque a morte nunca é barata, sempre tem algum significado na obra e a ressucitação nunca é de graça também, olha o trabalho que o pessoal tá tendo com o En.
(Mas pra falar a verdade estou com saudades do Kaiman/Aikawa, quero ver mais dele)
(08/11/2012, 13:19)Kes Escreveu: Sobre essa coisa de a morte não parecer tão dramática em Dorohedoro, digamos que é algo bastante normal para uma trama que utilize magia, demônios, etc. Em mundos como esse a morte não deveria ser um obstáculo tão formidável assim (já que a morte constuma ser relacionada como uma fonte para magia), de modo que é algo positivo na obra, penso eu.
Para mim todas as mortes até então foram merecedoras de páginas com cenas épicas e algumas mais do que isso, tiveram as famosas viagens no subconsciente dos personagens (que não lembra das 70 gloriosas páginas com o Aikawa expelindo cabeças?). Quando o En morreu, quando a Ebisu morreu e o mesmo para o Kaiman, a Natsuki, agora para os Cross-Eyes e alguns membros da família do En, todas foram mortes fodas e de um modo ou outro relevantes para a história.
Agora algumas coisas que ainda ficaram perdidas durante o mangá... um exemplo foi aquela cena do hospital no volume 2, logo após o Kaiman ter sua cabeça arrancada pelo Shin. A pessoa que entrou no hospital durante o mini-apagão roubou a cabeça de lagarto. OK, depois no quarto do Risu havia outra cabeça, a do próprio. OK, depois quando o Kaiman 'morreu' para o En, misteriosamente o corpo do Kaiman sumiu e no lugar estava justamente a cabeça de lagarto roubada no hospital (sim, porque ela estava com os espetos cortados assim como aquela outra) . Ai fica a questão, QUEM fez isso?
Fora este, outro mistério que ainda está pairando no ar é o que exatamente aconteceu com o Ai quando ele sumiu durante a chuva e como ele virou o que é hoje. Sobre este temos poucas pistas, mas uma coisa é fato, o Ai possuiu o Aikawa (que já existia anteriormente) e posteriormente, no evento que ocorreu quando a Nikaido voltou no tempo com o Risu no volume 16 eles viram que o Kaiman só existe por causa do incidente com a Curse e o personagem que carregava vários potes de magia incluindo o da Ebisu. Logo: Aikawa = Kaiman e ambos são possuidos pelo Ai.
Nada de novo, mas aparentemente o Ai virou o prédio todo, ele virou um com o lago de detritos. O capítulo foi muito bom de se ler, assim como os outros (mas é claro que o anterior foi melhor porque teve um ship lendário entre a Noi e o Shin).
Capítulo 114 foi muito (in)tenso, este volume 18 está lançando muitas informações importantes juntas, como era de se esperar. As cenas com a Nikaido foram sensacionais, ela na forma de diabinha é simplesmente ótima o tempo inteiro.
Brilhante, muito bizarro, extremamente bem feito. Não poderia ser melhor.
Eu simplesmente fico pasmo com as visões que os personagens tem as vezes. Esse romance entre o Shin e a No1 é tão estranho quanto o mangá... são duas pessoas bizarras e ainda assim é adorável a relação entre eles.