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(201XMOVIE) - Koe no Katachi


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33 respostas neste tópico
 #31
Achei um bom filme, mas para quem leu o mangá, sempre vai achar que faltou alguma coisa.
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 #32
Não tem jeito, esse filme foi uma grande decepção.
Uma péssima adaptação.


De longe ele parece bem feito.
O visual é bonito, é bem animado, como se espera do KyoAni também é muito bem sonorizado. Só que todas essas qualidades técnicas estão lá sem nada acrescentar ao filme. O filme tem uma paleta de um milhão de cores, e não usa essas cores para nada. Usa para criar um visual bonito, e apenas isso. O mangá tem uma excelente quadrinização, uma quadrinização que é usada para melhor narrar a história e comunicar os sentimentos dos personagens. O filme não usa suas qualidades técnicas para isso em momento nenhum, não que eu tenha notado.
O mesmo vale para o trilha sonora. Fora a canção inicial, a trilha sonora de sons abafados quase incidental nada acrescenta. São apenas sons que estão lá durante as cenas, sem parecer ter um propósito claro, sem nenhuma emoção. Poderia ter sido usado para simbolizar uma surdez psicológica do Ishida, sua dificuldade em ouvir os outros, não querer ouvir, e pra mim cometeram um grande erro no final. No meio do festival cercado de pessoas onde ele luta com o medo para erguer o rosto e ouvir as pessoas ao redor dele falem elas bem ou mal (uma frase negativa da multidão foi mantida enquanto outra positiva foi omitida) a "música" que está tocando no momento ao invés de desaparecer para ele ouvir os sons ao redor dele permanece, são os sons ao redor que somem e a música aumenta muito de volume. Pra mim isso foi muito errado.

O filme todo diferente do mangá, o que fez o mangá ser bom, é todo frio e distanciado dos eventos e personagens. Passamos a maior parte do tempo com o Ishida sem nunca entrarmos em sua mente.
O filme não entra na mente de nenhum personagem, sendo apenas um resumo que corta todas as partes mais importantes do mangá, todos os pequenos momentos fundamentais.
Se era para resumir era melhor ter logo cortado personagens, como o Mashiba.
O filme sem as perspectivas dos outros personagens não funciona. Enquanto o Ishida está no hospital passamos um bom momento com cada um dos personagens, entendendo o que se passa realmente com eles, com eles trabalhando juntos. A conclusão da história é totalmente dependente disso, não é apenas questão de o filme ser diferente e omitir, é que sem tudo isso a conclusão simplesmente não funciona. Todos se tornaram amiguinhos sem muito esforço pelo poder da amizade? Não foi assim que aconteceu, e eles mais se respeitam do que se tornam amiguinhos.
E ao mesmo tempo o filme nunca decide se fica ou não na mente do Ishida.

Se eu puder dar só uma cena de exemplo do que há de errado com o filme seria o aniversário da mãe das garotas. O Ishida estava loucão, transtornado, querendo agradar e se deixa levar pelas garotas para a casa delas para fazer algo impensável, participar da festinha de aniversário particular da mãe delas. No mangá o Ishida faz um esforço ajudando, participa da recepção surpresa da mãe, se encolhe com a expectativa de ser aceito ou expulso, a cena pode acabar em uma discussão. No filme o Ishida apenas fica encolhido sem nada fazer. No mangá a mãe senta na mesa de cara feia, ela prova o bolo, ela gosta do bolo, sua expressão muda. No filme essa cena é mostrada de alguma distância,de modo impessoal, frio, a mãe não tem qualquer reação, qualquer mudança de expressão. No mangá a mãe decide também fazer um esforço pelas crianças em se darem bem, no filme de repente estão no festival.
Não há emoções nesse filme, é um drama sem emoções.


Um outro problema que senti desde o início, esse mais técnico, é a montagem.
Ela me pareceu estranha, além de ser apenas uma sequência de cenas meio desconexas entre si, a escolha de como cortar e unir as cenas de tempos diferentes, entre os flashbacks, me apareceu estranha e ineficiente. Senti que partes do filme funcionariam melhor se a ordem das cenas fosse mudada, e tem momentos perto do fim que não fica claro quem deveria estar vendo aquelas cenas, principalmente os sonhos quando o Ishida acorda. No mangá são dois sonhos, da Shouko e do Ishida, eles sonham como poderiam ter feito diferente e era tão fácil ter feito diferente quando estudaram juntos. Ficou apenas o sonho do Ishida, em outro momento, parecendo que foi a Shouko quem sonhou, ficou confuso e perder um pouco do significado.


Enfim, desculpem pelo longo texto.
É um filme sobre um mangá que eu li, não é estranho que eu me concentre nas diferenças não é?
Infelizmente eu não gostei nada do filme, e além de não gostar o tempo todo senti que estava assistindo uma adaptação muito ruim da história (tanto pequeno momento, curto e simples de fazer, que foi cortado!), e que apesar de todo o preciosismo técnico ele acrescentou nada de valor ao filme.

Agora é esperar por legenda de Kono Sekai, um mangá bem mais difícil de animar e sem os mesmos recursos que Koe no Katachi teve.

Por hora o Makoto Shinkai venceu.
Koe no Katachi não é um filme que alguém iria querer assistir novamente, diferente de Kimi no Nawa. Por mais que seja um roteiro bem besta e cheio de buracos, a execução do filme pelo Shinkai foi mais cativante e é fácil de entender o sucesso.
Aliais, deixar registrado, Yamada dirigiu, quem fez o roteiro foi Reiko Yoshida.
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 #33
Antes de dar minha opinião, deixo claro que eu não li o mangá.

Acabei de assistir o filme hoje, e mano, que obra de arte. Eu sou muito ruim pra descrever as coisas que eu assisto, as coisas que eu penso, que eu sinto, enfim, sou ruim em me expressar (exceto pra mandar alguém ir se ferrar, aí eu sou bom), mas tentarei escrever as melhores palavras possíveis pra relatar minha opinião. O filme é realmente algo tocante, é claro que não tem aquela profundidade de a gente se sentir na pele do personagem, é mais como se fossemos mesmo uma terceira pessoa assistindo algo do qual a gente nem faz parte, mas mesmo assim a história e os acontecimentos ainda são capazes de mexer com a gente. Eu não tive tanta pena assim do Ishida, pois ele foi muito infeliz em fazer o que fez, mas os outros envolvidos também não foram tão diferentes, por isso eu não tive pena de ninguém ali, a não ser da Nishimiya, que a todo momento sofreu e sentiu culpada, cresceu em uma atmosfera que, por conta de seu problema, a fez ter a personalidade daquele jeito, aceitando a opressão e mesmo assim sorrindo. Acho que o texto ficou meio sei lá, cheguei a apagar e pensar em não postar, mas postei mesmo assim. Enfim, meu texto não chega à conclusão alguma, mas mesmo assim eu quis escrever isso aqui.
Responder
 #34
(22/05/2017, 10:54)Panino Manino Escreveu: Não tem jeito, esse filme foi uma grande decepção.
Uma péssima adaptação.


De longe ele parece bem feito.
O visual é bonito, é bem animado, como se espera do KyoAni também é muito bem sonorizado. Só que todas essas qualidades técnicas estão lá sem nada acrescentar ao filme. O filme tem uma paleta de um milhão de cores, e não usa essas cores para nada. Usa para criar um visual bonito, e apenas isso. O mangá tem uma excelente quadrinização, uma quadrinização que é usada para melhor narrar a história e comunicar os sentimentos dos personagens. O filme não usa suas qualidades técnicas para isso em momento nenhum, não que eu tenha notado.
O mesmo vale para o trilha sonora. Fora a canção inicial, a trilha sonora de sons abafados quase incidental nada acrescenta. São apenas sons que estão lá durante as cenas, sem parecer ter um propósito claro, sem nenhuma emoção. Poderia ter sido usado para simbolizar uma surdez psicológica do Ishida, sua dificuldade em ouvir os outros, não querer ouvir, e pra mim cometeram um grande erro no final. No meio do festival cercado de pessoas onde ele luta com o medo para erguer o rosto e ouvir as pessoas ao redor dele falem elas bem ou mal (uma frase negativa da multidão foi mantida enquanto outra positiva foi omitida) a "música" que está tocando no momento ao invés de desaparecer para ele ouvir os sons ao redor dele permanece, são os sons ao redor que somem e a música aumenta muito de volume. Pra mim isso foi muito errado.

O filme todo diferente do mangá, o que fez o mangá ser bom, é todo frio e distanciado dos eventos e personagens. Passamos a maior parte do tempo com o Ishida sem nunca entrarmos em sua mente.
O filme não entra na mente de nenhum personagem, sendo apenas um resumo que corta todas as partes mais importantes do mangá, todos os pequenos momentos fundamentais.
Se era para resumir era melhor ter logo cortado personagens, como o Mashiba.
O filme sem as perspectivas dos outros personagens não funciona. Enquanto o Ishida está no hospital passamos um bom momento com cada um dos personagens, entendendo o que se passa realmente com eles, com eles trabalhando juntos. A conclusão da história é totalmente dependente disso, não é apenas questão de o filme ser diferente e omitir, é que sem tudo isso a conclusão simplesmente não funciona. Todos se tornaram amiguinhos sem muito esforço pelo poder da amizade? Não foi assim que aconteceu, e eles mais se respeitam do que se tornam amiguinhos.
E ao mesmo tempo o filme nunca decide se fica ou não na mente do Ishida.

Se eu puder dar só uma cena de exemplo do que há de errado com o filme seria o aniversário da mãe das garotas. O Ishida estava loucão, transtornado, querendo agradar e se deixa levar pelas garotas para a casa delas para fazer algo impensável, participar da festinha de aniversário particular da mãe delas. No mangá o Ishida faz um esforço ajudando, participa da recepção surpresa da mãe, se encolhe com a expectativa de ser aceito ou expulso, a cena pode acabar em uma discussão. No filme o Ishida apenas fica encolhido sem nada fazer. No mangá a mãe senta na mesa de cara feia, ela prova o bolo, ela gosta do bolo, sua expressão muda. No filme essa cena é mostrada de alguma distância,de modo impessoal, frio, a mãe não tem qualquer reação, qualquer mudança de expressão. No mangá a mãe decide também fazer um esforço pelas crianças em se darem bem, no filme de repente estão no festival.
Não há emoções nesse filme, é um drama sem emoções.


Um outro problema que senti desde o início, esse mais técnico, é a montagem.
Ela me pareceu estranha, além de ser apenas uma sequência de cenas meio desconexas entre si, a escolha de como cortar e unir as cenas de tempos diferentes, entre os flashbacks, me apareceu estranha e ineficiente. Senti que partes do filme funcionariam melhor se a ordem das cenas fosse mudada, e tem momentos perto do fim que não fica claro quem deveria estar vendo aquelas cenas, principalmente os sonhos quando o Ishida acorda. No mangá são dois sonhos, da Shouko e do Ishida, eles sonham como poderiam ter feito diferente e era tão fácil ter feito diferente quando estudaram juntos. Ficou apenas o sonho do Ishida, em outro momento, parecendo que foi a Shouko quem sonhou, ficou confuso e perder um pouco do significado.


Enfim, desculpem pelo longo texto.
É um filme sobre um mangá que eu li, não é estranho que eu me concentre nas diferenças não é?
Infelizmente eu não gostei nada do filme, e além de não gostar o tempo todo senti que estava assistindo uma adaptação muito ruim da história (tanto pequeno momento, curto e simples de fazer, que foi cortado!), e que apesar de todo o preciosismo técnico ele acrescentou nada de valor ao filme.

Agora é esperar por legenda de Kono Sekai, um mangá bem mais difícil de animar e sem os mesmos recursos que Koe no Katachi teve.

Por hora o Makoto Shinkai venceu.
Koe no Katachi não é um filme que alguém iria querer assistir novamente, diferente de Kimi no Nawa. Por mais que seja um roteiro bem besta e cheio de buracos, a execução do filme pelo Shinkai foi mais cativante e é fácil de entender o sucesso.
Aliais, deixar registrado, Yamada dirigiu, quem fez o roteiro foi Reiko Yoshida.

cara concordo bastante com oq vc falo e sim alguns momentos a hisoria se perde principalmente no segundo ato mas a ideia que é para ser passada funciona perfeitamente como é o bullying afeta a vitima e o agresso, no caso dos outros  personagem mostra como o ser humano é egoista é não assume seus erros por medo ou ódio mas com o tempo aprendemos que as coisas mudam e para sermos melhores temos que mudar e crescer

E por ser uma adaptação sempre fica algo faltando é não nos atinge como foi a primeira ves que vimos ou lemos
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