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Projeto Lírio


Tópico em 'Fanfics & Fanworks' criado por AArK em 31/03/2013, 14:00.
6 respostas neste tópico
 #1
PROJETO LÍRIO
[Imagem: Liacuterio_zps27b3000b.jpg]

No ano de 2015, fora encontrado uma espécie de vida em outro planeta. E essa vida era vegetal e "grande", não-microscópica. Era uma espécie diferente de flor. Os astronautas recolheram várias amostras daquelas plantas e levaram pra Terra para estudos e análise. Eram ao todo 9 plantas. Começaram a estudar e descobriram que a planta era diferente das outras... Que ela tinha umas reações adversas a água, estranhamente, ela "evoluía" com água. Foi então, que uma Dra. (Héra) ficou encarregada do projeto. Encabeceando isso, ela separou apenas uma amostra da planta diferente (que fora chamada de "Projeto Lírio") e cuidou dela sozinha, em um ambiente bom pra planta, iluminado, com solo fértil e adubado, com água todos os dias e luz do Sol. Em não tanto tempo depois, a Dra. Héra teve uma grande surpresa, que mudaria o rumo de sua vida...

- - -

- Análise do Relatório 2A2, o "objeto" está refletindo bem as experimentações... Vou continuar com o projeto. - Ela gravava num pequeno gravador digital.

Então, ela ouviu um barulho estranho em seu laboratório. Como se alguma coisa, tivesse caído. E logo, foi lá pra descobrir o que era... Era uma mulher. Uma mulher nua e muito bonita estava em seu laboratório, ao invés da... Planta!? Ela ficou completamente surpresa. A mulher tinha cabelos ondulados, castanho-escuros, olhos verdes e um corpo pra lá de escultural. A doutora já era diferente, era loira, tinha olhos mel e seu corpo era mais "recatado", usava óculos e um jaleco branco.

- V-v-você... O que é você!? - A Dra. ficou surpresa, se aproximando do espécime. E então, quando a mulher lhe viu, teve uma reação inesperada... Se aproximou rapidamente da Dra., jogando-a em cima de uma cadeira que havia ali. Começou a beijar-lhe a boca e a despir-lhe o jaleco, a Dra. nem conseguiu impedir ou pensar duas vezes... Parecia que aquela mulher tinha um poder de atração fora do comum, coisa que humanos "normais" não tinham. E de mais a mais, ela era estritamente homossexual (apesar de isso ser algo que ela escondia de todos, inclusive da mídia).

Sim, ela fez sexo com a planta. E dia seguinte, quando acordou em sua cama, jazia ao seu lado, apenas um "vaso de planta", com uma flor estranha dentro. Ela levantou com pressa e fora vomitar no banheiro mais próximo.

- Bom dia, Dra. Héra. Descobriu alguma coisa interessante? Você havia passado para nós uma estranha gravação... Onde só davam pra ouvir ruídos e coisas assim. Ficamos devidamente preocupados, sabia? - Disse Dr. Heinz, um filho da mãe qualquer, que só estava afim de descobrir como reproduzir aquele tipo de planta e vender caríssimo para nobres e ricos.

- Não. N-não descobri nada. - Ela não conseguiu revelar-lhe o segredo. Mas provavelmente, logo, através dos outros espécimes, isso seria concluído.

- - -

A Dra. encarava Lírio, seu projeto. Esfregava o rosto com as mãos... Isso era realmente um problema. Seria coisa da sua imaginação e só? Ela pegou um copo com água bem cheio e então, jogou sobre a planta. Nada pareceu surtir efeito. Resolveu ir pro quarto, tirar seu jaleco, e então, foi agarrada por trás.

- Espere! - Ela disse, tocando o rosto de Lírio, a mulher de olhos verdes. - N-não q-quero fazer isso com você de novo.

- ... - A outra nada dizia, olhava surpresa para o rosto da Dra. Será que... Ela havia entendido?

- Você... Consegue entender o que eu estou dizendo? - A Dra. disse, mas a outra nada respondeu, continuou a olhar pra si. Tentou mais uma vez agarrá-la, em vão. - Espere!!! - A Dra. lhe empurrou.

Por algum motivo, caída sobre a cadeira depois do empurrão, a "ex-planta" fez uma cara deprimida, parecia que ia cair no choro, a Dra. observou. Ficou impressionada.

- D-desculpe... - Ela disse, acariciando o rosto de Lírio. - D-desculpe, e-eu não queria magoar você. É que... E-eu quero entender, como você... "Funciona"... Entende?

- ... - A "mulher-planta" ficou lhe encarando, como se compreendesse, parando de chorar. A Dra. não conseguiu se segurar, segurou o rosto da outra com as mãos e lhe cobriu com mais um beijo.

E novamente... Acordava de manhã em sua cama. Só que desta vez, com uma mulher nua em seu lado. Ela ficou alguns minutos a observar o lindo corpo nu de Lírio.

- Ahn... - E então, bateram em sua porta.

- Dra. Héra!!! - *Toc! Toc! Toc!*

- Droga! - Ela disse, levantou rápido, olhou pra um lado, pro outro... O que faria!? Tinha uma mulher nua em sua cama e a planta havia sumido!

Plano número um: Vestir a mulher com suas roupas, tirá-la da cama e fingir que ela era alguma "conhecida sua".

Plano número dois: Impedir que o sujeitinho veja a planta no laboratório, aliás, a ausência dela.

- Plantinha, plantinha... Por que você não volta a ser uma planta, hein? - E a outra ficou apenas olhando pra ela, enquanto Héra desesperada tentava pegar roupas no armário. Lhe cobriu com um jaleco, como o seu e pronto.

- - -

- Oi, Dr. Heinz. Pode entrar. - Dra. Héra disse, vermelha e suada.

- Parece cansada, Dra. - O filho da mãe disse, entrando.

- Ah, que nada! E-eu... Estava apenas fazendo meus exercícios matinais.

- Exercícios "matinais"? Ao meio-dia e meia? - Ele disse, olhando pro relógio. Ela havia acordado tão tarde assim!? Pois é... Fazia tempo que não tinha um sexo assim. - Ahn... Quem é aquela lá? Desculpe os modos.

- E-ela se chama... Lí... Liriel. - Ela disse, sorrindo. Disfarçadamente.

- Certo. Liriel. Prazer... - O Dr. estendeu a mão para Lírio, que apenas lhe olhou de "cara feia", por algum motivo. - Sua amiga é bem mal educada mesmo, hein?

- Ehn... E-ela é estrangeira. Ela não fala nossa língua e também não se cumprimenta da mesma forma que a gente, portanto...

- Certo, certo. - Ele disse, dando de ombros. - Por que ela está de jaleco?

- Ela foi ver a planta comigo, sabe? Por curiosidade...

- Tem que tomar cuidado, hein, Dra. Temos que manter esse projeto sigiloso... - Foi andando em direção ao laboratório. - Até porque... Aqueles filhos da mãe dos "comerciantes" estão de olho (por um preço milionário) em cima dessas plantinhas...

- NÃO!!! - A Dra. agarrou o braço do Dr. Heinz, para impedí-lo de entrar no Laboratório.

- Mas o que é isso, Dra.!? Por que não quer que eu veja a planta!? - Ele disse, surpreso e curioso. Um passo em falso dela, e ele lideraria todo o projeto, e com certeza, ficaria ainda mais rico do que já era.

- É que... Estou usando com ela um experimento de substâncias e gases tóxicos. Então, se você adentrar naquela sala, poderá ser contaminado. - A Dra. disse. Como sempre, muito esperta.

- Gases tóxicos, é? Você está tentando matar a planta alienígena ou o quê!? - Ele disse, sempre tinha um artifício.

- Na verdade, Dr. Heinz, Lírio se mostrou muito resistente com esses gases, e portanto, estou medindo que espécie de proporções eles poderiam levá-la. Digo, se os gases realmente têm um efeito como a água e os sais têm em plantas terráqueas. Entende? - E mais uma vez "Cheque-mate", ele ficou sem ter o que falar pra rebater.

- Certo. Então, irei me retirar. Quando puder dar uma olhada nas plantas, me avise. - Deu um aceno de cabeça pra Dra. e um "tchauzinho" para a "amiga-estranha-da-Dra.". E então, se retirou de seu recinto.

- Esse cara... Ele é um abusado! - E então, virou-se para Lírio. - E você, se comportou muito bem... Estou impressionada. - A "planta" sorriu para a Dra. que ficou sem jeito, com as bochechas coradas.

Então... A Dra. saiu correndo e se trancou em seu quarto. Sentou-se na cama em posição fetal, agarrando suas pernas. Ela estava nervosa, triste, surpresa consigo mesma, não sabia o que fazer e nem o que pensar...

- Droga, Lírio.... Por que você é só uma planta!? Por que se parece tanto com uma mulher!? E por que... Você me deixa assim, tão... Estranha!? O q-que eu faço com você!? - E então, ela ouviu batidas na porta. Ficou com medo que fosse o Dr. de novo, então abriu com pressa. Mas era Lírio, que havia batido na porta do quarto.

Lírio fez carinho no rosto da Dra. que ficou sem saber o que fazer. Mas então, ela tomou uma decisão desesperada... Empurrou (mesmo que a contra-gosto) a planta, saiu correndo e pegou o telefone para se comunicar com os outros Cientistas do projeto.

- Oi... - Ela dizia, estava se sentindo muito mal. Lá de longe, a planta triste, virava uma planta novamente. - Aqui é a Dra. Héra. Tenho uma informação importante pra vocês, que eu não sei se já sabem... As plantas alienígenas como a "P-projeto Lírio"... - Gaguejou de nervoso e dúvida. - E-elas viram mulheres de verdade. É só isso.

Foi o maior auê e isso deu o que falar. Os outros cientistas encarregados de cuidar das plantas seguiram o mesmo cronograma da Dra., tirando os gases tóxicos (que ela mal usou, de verdade...), e então, foi possível descobrir que - agora - só com água, as plantas se tornariam de vez mulheres, ou isso, apenas aparentemente. E não só isso, descobriram também, que essas mulheres tinham um desejo e um poder de atração sexual elevadíssimos. E que na maioria dos casos tentaram atacar sexualmente seus cientistas.

- - -

Meio-dia. A Dra. acordava novamente com a mulher linda em sua cama.

. . .

- Essas mulheres são uma ameaça! - Dizia um promotor. - Elas não têm cérebro, ainda são apenas plantas, mas atacam sexualmente os homens! E se elas se reproduzirem, o que não vai ser!? Provavelmente isso é o objetivo de todas elas!

- Protesto! - Dizia a Dra. Ela fazia sua própria defesa. Era muito renomada e tinha pelo menos três faculdades, uma delas era direito. - Como vocês podem observar... Lírio tem cérebro, sim, obviamente. Ela anda, sente a "vontade sexual", e não só isso... Ela também reage "sentimentalmente" às ações... Como se fosse uma espécie de... "Animal doméstico".

- Protesto, meritíssimo! - Disse o outro. - Que provas foram apresentadas pra mostrar que essa "coisa-planta" é um "animalzinho" como um cachorro ou um gato!? Ela diz que elas reagem "sentimentalmente" às ações... Então, que ela prove! Até então, só as vi se jogando sobre os corpos dos cientistas que pesquisaram o projeto!

- Certo... Então eu provarei. - A Dra. se aproximou de Lírio, que estava sentada no banco dos réus. - Desculpe, Lírio...

E então, pegando seu braço, puxou-o e deu um tapa nele (não tão forte). Vendo isso, a ação da Dra., Lírio caiu no choro. Ficou realmente triste. Todos ficaram observando aquilo estupefatos. E então, sentindo-se arrependida, a Dra. beijou o braço, no lugar onde o tapa fora dado, de Lírio, e então, ela parou de chorar (limpando as lágrimas do rosto) e deu um sorriso triste. Todo mundo ficou impressionado novamente.

O Juíz deu o caso como encerrado. As "mulheres-plantas-alienígenas" foram "aceitas" como uma espécie de animal doméstico, por não saberem se comunicar, e não terem inteligência suficiente, mas reagirem a emoções e sentimentos, como um cachorro e um gato.

. . .

- Isso que você está cometendo, Dra. é uma bestialidade! - Dizia Heinz, o cientista corrupto. - Você não provou que elas são "animais"!? Como pode dormir com uma delas!? Aliás, você a trata como se fosse sua NAMORADA ou algo assim, e isso é simplesmente INACEITÁVEL!

- Eu te perguntei alguma coisa, Dr.!? Até então, apesar delas serem aceitas como "animais domésticos", elas têm corpo e aparência, inclusive órgãos sexuais, como os de humanos. Portanto, não é nenhuma bestialidade...

- Ah, é!? Não é bestialidade!? Então, tudo bem... - E saiu irritado. A Dra. mordeu uma unha. Alguma coisa estava errada, alguma coisa aquele idiota ia aprontar.

. . .

E aquela noite foi boa como todas as outras. A Dra. Héra deliciou-se num sexo e amor profundo com Lírio, sua "cobaia-mulher-planta-alienígena-animal-doméstico". Ela realmente estava indevidamente apaixonada pela outra. E se isso chegasse "em público" ela teria de encarar as consequências e provavelmente seria punida, e expulsa de seu cargo, por praticar algum tipo de "bestialidade" ou "pansexualidade"... Ou qualquer coisa assim. Mas ela não se importava. Pra ela, era como se o sexo, os sentimentos, tudo fosse feito com uma pessoa normal, e...

- Eu não sou um animal doméstico. - A Dra. acordou num susto, quase num pulo, achando que tinha ouvido uma voz ao seu lado. E lá, jazia Lírio, lhe encarando.

- F-f-foi você quem falou!? - A Dra. disse, suada e assustada. Estava nua.

- ... - E nada. A Dra. tocou o rosto da "planta" e acariciou.

- Se foi você, Lírio... Confirme pra mim. Seria... Ótimo se pudéssemos nos comunicar. Digo... Isso mostraria que você tem a inteligência de um "humano terráqueo" e você não seria mais considerada apenas um "animal doméstico"... - Ela disse, quase implorando. E foi quando...

- Eu não sou mesmo um animal doméstico. - Ela viu uma voz sexy sair dos lábios da "ex-planta". E então, abriu um tremendo sorriso.

- Oh, meu Deus! V-você pode falar! - A Dra. disse, quase "subindo em cima" da outra.

- Sim. Graças à você... - A planta disse, sorrindo.

- M-mas... C-como assim, graças à mim!? - A Dra. perguntou confusa. - E-eu deixei de fazer as "pesquisas" com você faz tempo, e... Eu impedi que te pesquisassem e fizessem coisas terríveis com você! E-eu disse que assumiria sua pesquisa sozinha daqui em diante, apenas pra... Que você pudesse ficar comigo!

- Eu sei... - Lírio disse, suspirando e sorrindo novamente. - Foi o seu sentimento por mim, que me fez ganhar mais inteligência.

- Q-que... Incrível! - A Dra. estava realmente impressionada. A "mulher-planta", agora inteligente, puxou sua Dra. pra perto de si e beijou seus lábios novamente. - Hmmm... Então... Era por isso que vocês queriam "se aproximar" de nós... Hmmm... Humanos... Ehn?

- Talvez... Não sei direito porque. Mas é provável. Não só por uma "razão evolutiva", mas também, porque queríamos encontrar o amor de verdade. - Ela disse, com seus olhos esmeraldas brilhando.

- Ah minha nossa... E-eu... Realmente amo você, não é? - A Dra. disse, como se não "quisesse" estar tão certa, mas ela sabia.

- Sim. E eu amo você, Dra. Héra. - Lírio disse, a Dra. debulhou-se em lágrimas.

- - -

Bateu um sujeitinho desconhecido à porta. Lírio estava na cozinha, ajudando a Dra. lavando a louça. A Dra. foi atender a porta...

- Bom dia, Dra. - Era um sujeito alto, barbudo, de terno, esquisito. Héra teve a impressão de já tê-lo visto antes... Provavelmente no julgamento das plantas.

- Bom dia... Ahn? - Perguntando o nome.

- Sr. Valentim. - Ele disse, sorrindo um sorriso irônico. Estendendo a mão para ser apertada, mas a Dra. ignorou... Aprendera com Lírio a ignorar gente idiota.

- O que deseja? - "Fale e vá embora logo" pensou "Quero passar o resto dos meus dias, feliz com a Lírio".

- Estou aqui pra avisar-lhe que eu sou um comerciante famoso... E que, diga-se de passagem, só tem de lhe agradecer pelo seu projeto.

- Agradecer-me!? Por que!? - Ferrou! Ela sabia que o Heinz ia aprontar alguma!

- Porque, graças à sua "pecinha" no tribunal, para provar que as "plantas-esquisitóides" eram animais domésticos... Eu estou possibilitado de vendê-las todas, se assim seus cientistas quiserem (e é claro que todos quiseram...).

- Vendê-las!? C-como assim!? Pra quê!? - A Dra. perguntou, horrorizada. E logo ali atrás, surgira Lírio, e o olho grande do Sr. crescia.

- "Escravas sexuais". Hahaha! Acharam uma ótima idéia, considerando que elas são ESTÉREIS ao sexo humano; têm um apetite sexual por humanos VORAZ; E não foi considerado bestialidade, sexo com elas, afinal, elas têm órgãos sexuais HUMANOS. Mas, como não são consideradas ainda humanas, porque não conseguem se comunicar e não têm inteligência o bastante pra isso, como pra outras coisas, eu as posso vender como ESCRAVAS SEXUAIS!

- Que absurdo! - A Dra. disse, tapando a boca com a mão, de horror. Lírio já fez uma expressão de raiva, ali atrás.

- Absurdo, não, Dra.... É um negócio milionário. Eu e um Dr. renomado, estamos encabeceando esse projeto, e ficaremos ricos. A Dra. também ficará se nos vender seu espécime... Será apreendido junto com os outros 8 espécimes restantes (que já conseguimos comprar), sabe, né? Todo humano tem seu preço... - "Nenhuma das outras foram amadas, e por isso, não evoluíram como a Lírio... Mas se soubessem que elas podem se tornar humanas de verdade...".

- Eu discordo. Não vou entrar nesse acordo contigo, não irei vender a Lírio para você ou para o Heinz... - Ele nem precisou dizer o nome do cientista a favor do projeto, ela já sabia.

- Que absurdo, Dra.! O que você vai ganhar com uma "alien-planta-louca-por-sexo-animal-doméstico" em sua casa!? Nada! Ganhará mais se vendê-la! - Ele continuou seu discurso.

- Mas é aí que tá, Sr... Valentão...

- Valentim... - Ficou puto.

- Certo, isso aí. Você está errado. Depois da convivência com os humanos, as "plantas" como Lírio tem duas reações... A primeira, é deixar de virarem planta por tempo indeterminado... Elas só voltam a ser plantas quando estão afim. E para estarem afim, é necessário um pouco mais de inteligência do que apenas pra ter impulsos sexuais, certo?

- Hm... Discordo.

- Certo, e elas também... Se comunicam. Quer ver!? - A Dra. disse, e o sujeito foi "crescendo o olho".

"Eu não vou entregar o ouro a ele... não tão fácil assim".

- Lírio! - A Dra. chamou, e a outra atrás dela ficou meio confusa. - Está vendo a madeira da parede!? - Bateu na madeira. - Eu vou te fazer umas perguntas... E você irá me responder! Uma vez pra "sim", duas vezes pra "não"! Entendeu tudo!?

"Sim".

O sujeito torceu a cara, incrédulo.

- Você quer ser vendida como escrava sexual!? - A Dra. perguntou logo, na lata.

"Não".

- Você não está plenamente feliz comigo!? - A Dra. sorriu.

"Sim".

- Você se considera, agora, um ser inteligente, graças à sua convivência comigo, uma humana, que... Tem sentimentos fortes e sinceros, por você? - O sujeito deu uma língua quando ela soltou isso sobre os "sentimentos".

"Sim".

- Certo. É isso... - E então, a Dra. virou-se sorrindo para o sujeito. - Viu? Como pode ver... Ela sabe responder muito bem.

- Eu continuo discordando! Isso, pra mim, é uma espécie de truque que poderia ser ensinado a macacos ou cachorros! As perguntas podem todas já terem sido gravadas, na ordem, pelo inconsciente desse "bicho aí"! - Ele estava ficando furioso.

- Então, faça você mesmo as perguntas, que ela responderá elas prontamente... - Ela disse, ficando mais irritada com o sujeito abusado.

- Ok... - Ele se aproximou da Lírio, com uma cara de puto. - Você não é apenas uma planta retardada de outro planeta!?

"Não". Lírio respondeu, torcendo a cara de raiva do sujeito.

- Você não acha que é um negócio lucrativo vender esse seu corpão de p... para os humanos, já que você só gosta de fazer sexo e pronto!?

"Não". Ela estava ficando mais e mais irritada. A Dra. também.

- Você não acha que esse cara é um completo imbecil!? - A Dra. soltou, lá atrás do sujeito.

"Sim".

O sujeito voou pra cima de Lírio querendo cobrí-la de porrada, e a Dra. voou no lombo dele pra impedir. Ela segurou ele pelo pescoço (ele era bem mais alto), mas ele deu nela uma porrada forte que a levou pro chão. Nisso, Lírio pegou o "pau-de-macarrão" da cozinha e tacou bem na cabeça do sujeito, que caiu no chão, desacordado.

- Oh, meu Deus! - A Dra. exclamou, ficando de pé, sendo ajudada pela Lírio. - Eu sei que ele mereceu... M-mas... Ele ainda tá vivo, né!?

Lírio foi até o sujeito e tocando sua "testa" com os dois dedos (indicador e "o do meio"), assentiu com a cabeça.

- Sim... Ainda está.

- C-como você sabe!? C-como mediu a pulsação dele... Pela cabeça!? - A Dra. disse, surpresa.

- Eu fiz uma comunicação com ondas cerebrais. Uma pequena transmissão de dados cerebrais pra garantir se o coração ainda está funcionando. - Ela disse, e a Dra. ficou muito mais surpresa.

- E-então... Sua inteligência chegou a ficar MAIOR que a inteligência dos humanos... Não é? - Ela perguntou, e Lírio apenas abriu um bonito sorriso para a Dra.

- Graças à você. Já disse. Dependendo do tamanho do seu amor... - A Dra. se aproximou e deu um beijo em Lírio.

- E agora? O que faremos com esse idiota!? - Ela disse, ajeitando os óculos que tinham caído no chão quando ela foi jogada contra a parede da cozinha.

- - -

Num tribunal novo. As 8 "mulheres-plantas" escravizadas estavam no réu. A Dra. estava contra o mesmo promotor anterior, dessa vez, contratado por Heinz (que estava puto demais) e o tal sujeito Valentão. As 8 "mulheres-plantas" estavam o tempo todo tornando-se plantas de verdade e constantemente tendo que serem molhadas com água pra permanecerem "normais" às vistas de todos... Elas estavam com umas expressões péssimas, de maus-tratos e pálidas, doentes. A Dra. ficou muito sentida quando as viu assim... E cada uma era diferente da Lírio.

- Como vocês podem ver... Elas não sabem se comunicar. Então, o negócio da "exploração sexual" delas é completamente lucrativo, e ainda sim, aceitavelmente ético... - Dizia o promotor da acusação.

- Protesto! - Disse a Dra. ficando de pé. Se aproximou de uma das 8 no banco dos réus, e acariciou seu rosto... Fez Lírio ficar um bocado irritada, com ciúmes. E a planta, parou de se "destransformar", e ficou com uma expressão um bocado melhor. - E hoje vou mostrar a vocês que a coisa toda não é assim! Como vocês viram, vou chamar, Lírio pra depor!

A planta "pessoal" da Dra., plenamente vestida (com roupas próprias dela, já), foi andando controlada e calmamente, mesmo que um pouco nervosa, até a cadeira das testemunhas.

- Lírio. - Ela pediu. - Comunique-se comigo, por favor. Mostre à todos eles que... Você pode falar, que você não é uma simples planta-alienígena-animal-doméstico, que pode ser vendida pra ser explorada sexualmente.

- O que... - Ela balbuciou, todo mundo estava com espectativas, mas o som saiu bem baixo.

- Ahn? Fale mais alto, Lírio... - A Dra. disse, e então, Lírio quase gritou. Estava mesmo nervosa.

- O que quer que eu diga!? - Ela disse, estava meio irritada. Quando falou isso, todo mundo ficou boquiaberto. A planta da Dra. realmente falava. Será que ela tinha feito alguma "experiência genética" bizarra nela?

- Me responda... (E obrigada por ter falado), como que se faz para que sua inteligência evolua tanto a ponto que você consiga se comunicar com os outros humanos...? - A Dra. perguntou, sorrindo confiante.

- Preciso do amor de um humano. Se eu tiver o verdadeiro amor de um humano, posso evoluir (assim como elas) para um estágio sobre-humano de inteligência... - Lírio disse, séria. O advogado do outro soltou um risinho.

- Amor... Amor... Quanta baboseira!

- Mais perguntas, Dra. Héra? - O juíz retorquiu.

- Não, Senhor.

- Então, dou a palavra ao advogado de acusação... - Disse o juíz.

- Obrigada, Sr. - O promotor maldito disse, e então, se aproximou de Lírio. - Então, já que você é a única planta que fala... Me diga, na verdade, não foi isso um experimento dessa Doutorinha aí, para te tornar mais humana?

- Um experimento como esse seria impossível, ainda mais no tempo estimado até o dia do julgamento. - Disse Lírio, fazendo todos os cientistas lá começarem a "fazer contas". - Sem contar que boa parte da genética interior do meu corpo é bem diferente do corpo de vocês. Apesar disso, o meu "exterior" é idêntico. Alguns cientistas aqui provavelmente fizeram experiências "internas" com algumas dessas plantas presentes, por isso, elas estão "dessa forma", tão afetadas. Porém, a Dra. Héra, nada fez comigo. Ela parou suas experiências comigo, apesar de alegar não ter parado, assim que descobriu meu potencial como humana. E desde então,... nós duas mantivemos uma relação. E foi essa relação, e unicamente ela, que me deu essa inteligência. E como eu já disse, é uma inteligência "maior" do que a humana "comum".

- Ha! Já acusou um caso de negligência por parte da Dra. em suas pesquisas!

- Errado... Se for considerar a relação dela comigo, "parte da experiência" que me fez "evoluir", já que esse era o objetivo inicial do projeto de vocês. Pode-se considerar que, de todos aqui presentes, como cientistas, ela foi a única que conseguiu concluir o projeto. - E Héra sorriu. Lírio era mesmo uma jóia rara.

- Ha! Você diz ter uma inteligência superior a dos humanos... E teria como você provar isso!? - E então, Lírio colocou os dois dedos (assim como fez com Valentim) na testa do próprio advogado. E bem rápido, antes dele se "afastar" assustado, ela disse, com um sorriso.

- Espero que sua tia favorita melhore... - E ele se afastou assustado. Todo mundo viu e ficou impressionado, inclusive o juíz. Dra. Héra quase soltou uma gargalhada.

- O-o q-que foi isso!? Uma espécie de leitura quente ou fria!? Quem te contou isso!? - Ele disse, confuso e assustadíssimo.

- Recomponha-se, promotor. Mais alguma questão? - O juíz disse.

- Por hora não! - Ele disse, sentando-se assustado. Heinz deu um esporro nele.

- Que história é aquela de "tia"!? - Ele perguntou, e o advogado ficou tentando se explicar.

- Alguém mais tem alguma pergunta? - Os dois assentiram que não, com a cabeça. E então, o juíz colocou a mão no queixo. - Então, eu gostaria de, antes de tomar meu veredicto, tentar esclarecer uma coisinha... Você... - Olhou para Lírio. - Surpreendeu demonstrando a capacidade da fala. E os cientistas aqui presentes confirmaram que "fazer você falar por meio de experimentos seria impossível, ao menos garantindo o tempo que possuíram até o julgamento". E isso já nos impressionou. Mas essa história de "leitura fria ou quente"... Poderíamos pré-julgá-la agora, se você for de acordo?

- Claro. - Lírio disse, e a Dra. levantou a sobrancelha. - Isso não é bem uma "leitura". Na verdade, por causa das minhas capacidades mentais avançadas, eu consigo fazer uma transmissão de dados via pensamento, eu leio as ondas cerebrais humanas, já que o cérebro deles torna-se inferior ao meu.

- Então, quero que me "leia". Quero que você diga algo que você "vê" sobre mim, mas que NINGUÉM mais saiba. Não quero coisas óbvias. Sou mestre nessas artes, já me informei o bastante a respeito. Você terá que me impressionar...

- Certo. - Lírio ficou de pé, em frente ao juíz. Todo mundo fazia silêncio, inclusive a Dra. Héra que sorria confiante, o advogado assustado e encolhido, e por fim, o Dr. Heinz, que estava morrendo de raiva. Do juíz ela não poderia escapar, certo!?

Lírio fez como fez com o advogado e o Valentim, colocando os dois dedos em sua testa... E uns segundos a mais (que os dois) ela ficou raciocinando. E então, abriu um sorriso safado...

- O Sr. Meritíssimo, tem... Certeza que quer que isso seja feito, digo, dito em "voz alta"? - Ela disse, e o Juíz ficou puto.

- O que quer dizer com isso!? É claro que eu quero! E-eu não tenho nada a esconder!

- Então... Vou perguntar de novo, mas... Vou dar uma dica... - A menina balbuciou bem baixinho, mas deu pra ouvir "mais ou menos"... - "Meia-calça de nylon"...

- TUDO BEM! TUDO BEM! NÃO SERÁ PRECISO! EU JÁ DECIDI O CASO! - Bate com o martelo de madeira. - DECLARO TODAS AS "PLANTAS-ALIENÍGENAS" SERES INTELIGENTES QUANDO SE RELACIONAM SENTIMENTALMENTE COM UM HUMANO! CASO ENCERRADO!

Todo mundo ficou com cara de taxo. A Dra. Héra comemorou com Lírio, e as outras garotas foram inseridas num projeto especial para acharem o "amor de suas vidas", para poderem evoluir e viverem como humanas. Também ajudando a humanidade a evoluir com suas super-inteligências. E obviamente... Héra viveu carinhosa e apaixonadamente com sua "planta-mulher-super-inteligente" feliz para sempre. ;P~


FIM
Responder
 #2
texto bem caliente esse em huashashuas gostei da historia, a paixão da Dr.Héras com a lírico, o começo não sei por que me fez lembrar de prometheus um grande filme que quando assisti me deixou de queixo caido e fiquei refletindo sobre aquele assunto por varias semanas O.o tai uma dica pra seu próximo conto ^^
Responder
 #3
Uhuahsuahsa! Obrigada!
Eu havia até me esquecido das partes calientes dessa história... Inclusive, não sabia nem se podia postar coisas assim! :/ Tomara que não dê problemas pra mim...
Tem outras histórias minhas que queria postar, mas tenho o mesmo problema de "ser caliente demais", daí não sei como fica...
Mesmo assim, valeu! *0*
Responder
 #4
(31/03/2013, 14:26)AArK Escreveu: Uhuahsuahsa! Obrigada!
Eu havia até me esquecido das partes calientes dessa história... Inclusive, não sabia nem se podia postar coisas assim! :/ Tomara que não dê problemas pra mim...
Tem outras histórias minhas que queria postar, mas tenho o mesmo problema de "ser caliente demais", daí não sei como fica...
Mesmo assim, valeu! *0*

Pergunta pro martec, ele é o dono do forum, a qualquer hora ele aparece por aew.
Responder
 #5
É que eu li nas regras que qualquer coisa pornográfica ou +18 não rolaria. Eu tenho algumas histórias que tem sexo, mas é muito vago, tipo... "Ela chupou a outra" e fim, sem detalhes cabulosos, mas já dá pra ter uma ideia. Uma dessas eu queria postar muito aqui, mas pelas regras, o próprio host é contra isso, mas eu num sei se isso engloba as fanfics... X_X /quero perguntar pra ele, mas fico sem jeito.
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 #6
(31/03/2013, 17:12)AArK Escreveu: É que eu li nas regras que qualquer coisa pornográfica ou +18 não rolaria. Eu tenho algumas histórias que tem sexo, mas é muito vago, tipo... "Ela chupou a outra" e fim, sem detalhes cabulosos, mas já dá pra ter uma ideia. Uma dessas eu queria postar muito aqui, mas pelas regras, o próprio host é contra isso, mas eu num sei se isso engloba as fanfics... X_X /quero perguntar pra ele, mas fico sem jeito.

fanfics acho que pode, já vi gente postando fanfics e nada foi dito...
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 #7
Então, vcs vão se divertir daqui pra frente se depender de mim!

[Imagem: If_you_know_what_I_mean_zps05afb8a8.png]
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