Eu tenho muita coisa para falar, mas não sobre o episódio em si, mas até aonde a série chegou e o que ela está representando na minha opinião.
Senti que o diretor só não estregou a série agora porque não quis. Aquela piração no final não nos deixa ter certeza do que é o Child Broiler ou de como ele funciona. Será que naquele local realmente as crianças são mortas? O que podemos entender é que é um centro social de recolhimento de crianças abandonas, algo que deve ter crescido muito naquela época, e a Himari iria ser adotada, mas a forma como foi mostrado, a forma como o Shouma invadiu lá como a Momoka, e aquele episódio onde a Momoka resgata o Tabuki, e sabemos que ele não foi adotado (acho, será que a mãe abandonou ele também? Ela parecia ter dinheiro), complica tudo.
Nos próximos episódios deve esclarecer de uma vez por todas, mas parece que ficou assim só para manter o mistério.
Aqui eu faço um apelo para quem entende do sistema japonês.
Como é a adoção lá? Conhecem algo sobre isso que poderia acrescentar aqui? Pelo que eu vi recentemente no Dorama Don Quixote, diferente de aqui onde temos pais sendo presos por abandono de incapaz, lá eles apenas tirariam a guarda do filho dos pais e encaminhariam para um centro de recolhimento enquanto fariam acompanhamento com os pais para tentar reintegrar a família, mas pelo que eu vi na novela, não fazem uma grande resistência caso os pais decidam simplesmente que não querem mais o filho, parecem que eles podem abrir mão do filho e deixar com o governo para encaminhar para outra família que o queira.
E nisso, podemos encaixar o que Mawaru fala sobre perda de identidade. Essas crianças moldadas para se integrarem na sociedade e serem cidadãos comuns, sem grandes perspectivas de crescer e serem alguém diferente. Pessoas que "nunca conquistarão nada".
Muitos dos detalhes que o pessoal ficava achando pelos cantos da série eram apenas detalhes mesmo, mas muita coisa ali que o pessoal viu desde o começo era mesmo real.
Essa ideia de mundo corrupto e de grupos ambientalistas extremistas. O grupo do Pinguim que depois do atentado mudou de nome para Kiga para se disfarçar.
Uma coisa eu reparei na "filosofia" da série foi na cena do Sanetoshi com a Himari.
Pelo que eu entendi, eles estavam discutindo amor predestinado, almas gêmeas e simplesmente amar alguém. Realmente temos um destino? Uma alma gêmea que devemos encontrar? Mesmo que o destino tenha determinado que não podemos nos reunir com essa pessoa como no caso do Kanba? O que o Sanetoshi fala sobre BEIJAR MUITO NA BOCA!
é que simplesmente não vale a pena correr atrás da sua alma gêmea e morrer sem encontrá-la. Você só sofre, mesmo encontrando ela, é uma pegadinha do destino.
Qual o problema em amar e se dedicar a uma pessoa, mesmo que ela não seja sua alma gêmea? Mesmo que sejam várias pessoas ao longo da sua vida? Já que você não é o único que está nessa situação não é? Todos os outros tem sua alma gêmea, imagine como seria se todos se limitassem a buscar sua pessoa destinada. Todos acabariam sozinhos e infelizes. As pessoas não podem se juntar e se amarem e serem felizes enquanto o amor durar? Uma hora ele acaba, não podemos fazer nada sobre isso, só remediar.
Fiquei com pena do Sanetoshi, ele parece amar a Momoka como tinha falado naquele episódio #13. Mas ela não é a alma gêmea dele, então ele fica desafiando a Himari (que está portando a alma da Momoka) sobre isso. "Você quer mesmo ser infeliz assim lamentando não ter sua alma gêmea junto com você, mesmo enquanto eu estou aqui dando todo meu amor para você? Isso é justo? É o melhor para você?".
Tadinho....
E, tenho que falar, não sei porque tanta birra com essa série.
Veja só Bakemonogatari. Um grande sucesso, feito de diálogos (ou monólogos) espertinhos, mas eu não vejo nada que ele tenha a dizer ali além do virtuosismo. Mawaru é um pouco poético em muitas falas, mas não podemos perdoar isso por ele realmente ter algo a dizer? Porque Mawaru que está falando sobre algo é pseudo e Bakemonogatari não é?
Pronto, falei.
Pelo visto, esse final vai ser intenso, vai acontecer muita merda ainda, outro atentado pelo visto.
O Kanba... até entendo a cabeça dele. Ele não se conforma com destino, logo, regras, limitações e imposições da sociedade, mas, é mesmo necessário destruir para escapar disso? Sacrificar outras pessoas para se sentir bem, já que de fato não irá realmente mudar nada? Ao invés de matar pessoas para salvar o futuro das crianças não seria melhor acolher as crianças para fazê-la lutarem contra o sistema junto com eles?
Me esqueci de um pequeno detalhe.
Alguém percebeu que no encerramento o Pinguim do Shou é o único que está na "sombra"?