[Thanos]

Este argumento de "é só um desenho" é o mesmo que usam para desqualificar animações como algo que pode ser comparado a filmes e séries em qualidade narrativa.

É mais profundo que isso.

[anachan]

mas nesse caso o "é só um desenho" se equipara ao "é só um filme" e ao "é só uma série" no que tange a influenciar pessoas a cometerem crimes, não tem nada a ver com qualidade narrativa.

se alguém vem dizer que Breaking Bad fez alguém cometer um crime, nesse ponto ela "é só uma série" e não teria esse poder por si só. Se 300k pessoas assistem e 1 faz merda, não dá pra culpar o entretenimento.

[anginesu]

(18/09/2013, 19:46)anachan Escreveu: mas nesse caso o "é só um desenho" se equipara ao "é só um filme" e ao "é só uma série" no que tange a influenciar pessoas a cometerem crimes, não tem nada a ver com qualidade narrativa.

se alguém vem dizer que Breaking Bad fez alguém cometer um crime, nesse ponto ela "é só uma série" e não teria esse poder por si só. Se 300k pessoas assistem e 1 faz merda, não dá pra culpar o entretenimento.

Não é a questão de o desenho influenciar em si, tem a ver com a forma como o anime põe seus temas, e, separadamente, podemos falar sobre as pessoas que acabam gostando ou não do estupro como fetiche e isso acabar sendo normal (aí é que entra a discussão sobre ser normal ou não). Não posso falar muito porque não vi nada sobre Diabolik Lovers, mas seria considerável julgar, ou pelo menos repensar na discussão, se ela não soubesse lidar com algo tão delicado. A princípio concordo que simplesmente culpá-lo é equivocado. É questionável o 'tema' ser tão normal e aceitável.

[Thanos]

(18/09/2013, 19:46)anachan Escreveu: mas nesse caso o "é só um desenho" se equipara ao "é só um filme" e ao "é só uma série" no que tange a influenciar pessoas a cometerem crimes, não tem nada a ver com qualidade narrativa.

se alguém vem dizer que Breaking Bad fez alguém cometer um crime, nesse ponto ela "é só uma série" e não teria esse poder por si só. Se 300k pessoas assistem e 1 faz merda, não dá pra culpar o entretenimento.

Aí vem a linha fina entre apologia e crítica. Breaking Bad por exemplo, para quem percebe é uma crítica a criminalidade, onde o protagonista é o maior monstro de todos. 

É diferente de muitas outras obras que parecem ter um tom de apologia disfarçada.

---

Toda esta discussão me lembra a do filme Irreversível, que gerou muita polêmica na época.

Onde uma cena de estupro é mostrada de maneira bem gráfica e com um câmera de mão. A cena é mostrada do início ao fim e fez pessoas ficarem com raiva. 

Para alguns uso de coisas como estupro e moralmente questionáveis é válido se tem um propósito na narrativa, ao invés de mera gratuidade ou fetiche. Pois o fetiche por coisas dependendo do seu conteúdo pode se tornar apologia. Como eu disse exista uma linha tênue nisso tudo.

[Mary Vanucchi]

Malz pela demora, internet bem ruim aqui e tals @_@
Obrigada pelas respostas, me ajudaram a pensar mais sobre toda essa questão de fetiches.

(17/09/2013, 23:27)Jessi Escreveu: Eu te entendo, por isso evitei o anime.

Fui no "ver para crer", teimosia né
Mas esse não vou ver inteiro como fiz com Amnesia. Pra mim não dá mais não.

(17/09/2013, 23:43)anachan Escreveu: como não tá jogado na cara das pessoas tipo novela das 8, é bem fácil de uma pessoa que tenha isso como trigger warning se manter afastada. Eu sou bem a favor de várias causas feministas, mas agora, penso que não dá pra impedir que certas coisas existam na mídia 'pq alguém foi vítima de violência'... pq daí teríamos que banir também tudo que tem tiro, atropelamento, agressão e etc pq tem gente sofrendo com isso na vida real né? Falando das obras que usam isso como fanservice e curtição, não as que se prestem a debater um assunto sério, lógico.

Eu não sou a favor de listas com coisas que deveriam ser proibidas em ficção, só me incomodo com algumas abordagens escolhidas. Espero não ter passado a impressão errada ^^"

(18/09/2013, 20:26)anginesu Escreveu: Não é a questão de o desenho influenciar em si, tem a ver com a forma como o anime põe seus temas, e, separadamente, podemos falar sobre as pessoas que acabam gostando ou não do estupro como fetiche e isso acabar sendo normal (aí é que entra a discussão sobre ser normal ou não). Não posso falar muito porque não vi nada sobre Diabolik Lovers, mas seria considerável julgar, ou pelo menos repensar na discussão, se ela não soubesse lidar com algo tão delicado. A princípio concordo que simplesmente culpá-lo é equivocado. É questionável o 'tema' ser tão normal e aceitável.

Bem isso...

(18/09/2013, 20:49)Thanos Escreveu: Aí vem a linha fina entre apologia e crítica. Breaking Bad por exemplo, para quem percebe é uma crítica a criminalidade, onde o protagonista é o maior monstro de todos. 

É diferente de muitas outras obras que parecem ter um tom de apologia disfarçada.

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Toda esta discussão me lembra a do filme Irreversível, que gerou muita polêmica na época.

Onde uma cena de estupro é mostrada de maneira bem gráfica e com um câmera de mão. A cena é mostrada do início ao fim e fez pessoas ficarem com raiva. 

Para alguns uso de coisas como estupro e moralmente questionáveis é válido se tem um propósito na narrativa, ao invés de mera gratuidade ou fetiche. Pois o fetiche por coisas dependendo do seu conteúdo pode se tornar apologia. Como eu disse exista uma linha tênue nisso tudo.

...E isso.

[Suzetsu]

(18/09/2013, 20:49)Thanos Escreveu: Aí vem a linha fina entre apologia e crítica. Breaking Bad por exemplo, para quem percebe é uma crítica a criminalidade, onde o protagonista é o maior monstro de todos. 

É diferente de muitas outras obras que parecem ter um tom de apologia disfarçada.

---

Toda esta discussão me lembra a do filme Irreversível, que gerou muita polêmica na época.

Onde uma cena de estupro é mostrada de maneira bem gráfica e com um câmera de mão. A cena é mostrada do início ao fim e fez pessoas ficarem com raiva. 

Para alguns uso de coisas como estupro e moralmente questionáveis é válido se tem um propósito na narrativa, ao invés de mera gratuidade ou fetiche. Pois o fetiche por coisas dependendo do seu conteúdo pode se tornar apologia. Como eu disse exista uma linha tênue nisso tudo.

Concordo com o que disse sobre o assunto.

[anachan]

Isso é bem interessante mesmo... eu lembro da treta com esse filme.

Isso deve pegar muito da interpretação de cada um. Se uma obra traz muito conteúdo sexual ou violento, para quem assiste desavisadamente e tem um despreparo de abstração, pode impactar mais do que em quem tem esse filtro (seja por estudo ou natureza mesmo, sabendo diferenciar as coisas e pensar em outros sentidos das obras)

Por exemplo, jogar Saya no Uta algumas vezes foi perturbador e não só por causa do terror. A VN tem umas 6h e são o que, umas 4 cenas de estupro? Será que tudo tem propósito mesmo ou ali teria apologia disfarçada? Mas é uma VN de terror para maiores e vc sabe o que pode encontrar jogando esse tipo de coisa. De qualquer forma, um narrador habilidoso pode disfarçar apologia muito bem dentro da obra.

Acho que Diabolik Lovers, que na prática é mais leve (e mais tosco) que muita coisa nesse meio, entra um pouco nesse caso... sabendo como é o mercado de Talk CD e Drama CD, é um 'submundo' tecnicamente falando, cheio dessas putarias. Apesar de tudo o anime é bem mais leve.

Fora que, quando se comenta sobre apologia, também me lembro que isso é muito usado para censurarem obras usando essa justificativa.

E o anime continua sendo bem ruim de qualquer forma

[Kawaiiara]

Nossa, fui pesquisar a cena e acabei vendo ela.

Muito tenso, o cara é muito FDP, eu vou baixar o filme por que eu quero entender a direitinho o que rolou e tals e tals.

[Thanos]

(20/09/2013, 13:44)Kawaiiara Escreveu: Nossa, fui pesquisar a cena e acabei vendo ela.

Muito tenso, o cara é muito FDP, eu vou baixar o filme por que eu quero entender a direitinho o que rolou e tals e tals.

É uma das primeiras cenas do filme. Ele tem este nome, pois ele é contado de trás para frente. Ou seja, o evento é irreversível.

[Jessi]

http://sandeian.wordpress.com/2013/06/17...febeaters/
Rindo, apenas.