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O Desbravador


Tópico em 'Fanfics & Fanworks' criado por tiocha em 25/06/2013, 12:58.
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 #1
                                                                                          A ilha de Areia

O sangue era evidente naqueles corpos condenados, a carroça fazia curvas constantes em meio aquela areia escaldante, o sol ofuscava os olhos daqueles homens e Gordons. O mundo não era mais o mesmo depois da tomada do poder do príncipe Zanbith da dinástica Scar e isso era evidente nos olhos de cada um.

-Ei garoto- o homem de aparência velha falou chamando atenção com o seu rosto enrugado – qual o seu nome? –a pergunta fez o garoto apresentar um rosto descrente.

-Para que você quer saber o meu nome? – o garoto perguntou com um tom de deboche no rosto, isso fez um dos homens apresentar uma feição sínica decorada com um leve sorriso.

-Eu quero saber o nome das pessoas que iram morrer comigo – a voz do velho saia falha, a idade não o ajudava, as tosses iam e viam ao decorrer do trajeto.

-Eu não quero decepciona-lo, mas eu não irei morrer hoje – o garoto falou observando o céu sem nuvens, as risadas pelo seu comentário eram sistematicamente audíveis.

-E como você enganara a morte pirralho? – o Gordon perguntou com tom de ironia em sua voz roca. Os Gordons eram conhecidos pela aparência semelhante a dos humanos, mas tendo como diferença as manchas negras no rosto e os dentes podres.

-Digamos que estou aqui só de passagem, para resolver uma historia com um velho amigo – o garoto falou com a sua visão fixa no céu, parecia que ele estava esperando alguém ou alguma coisa.

-Você esta bem confiante, espero que tudo de certo, porque se não der – dando um leve sorriso o velho continuou – Se não der certo eu quero saborear a sua morte – tons psicóticos tomaram o rosto de cada um, isso fez o garoto apresentar uma aparência descontente.
As horas passavam e o sol parecia mais quente e impossível de suportar, a areia foi trocada por uma cidade de tons amarelos como o próprio deserto, as pessoas que circulavam tinha aparência suja e má encarada mais parecia que estavam esperando a carnificina.

-Veja garoto, veja o quão a sua raça e suja e sanguinária – o Gordon falou com a sua aparência fria e no mesmo tempo neutro, ele odiava a raça humana. A fala não despertou atenção do garoto que tudo o que fez foi observar a atitude daquelas pessoas da cidade.

-Desçam seus vermes – o carroceiro falou com um chicote na mão – Vamos saiam rápido – mais uma vez ele falou chicoteando um dos condenados – A morte os esperam.
-Pode me informar onde esta o senhor Azar? – o garoto perguntou para o carroceiro, que o respondeu com um murro na cara – Vejo que você sabe.

-Seu insolente, quem você pensa que e? – o carroceiro falou puxando o garoto pelo cabelo e o colocando em fila.
As pessoas se aglomeravam a fim de ver o julgamento dos condenados, muitos atiravam pedras e outros, verduras e frutas podres. O senhor daquelas terras se aproximou do apoio de madeira para decapitação, ele tirou um pergaminho da roupa e falou – Eu Stiffener Rabith, senhor das Ilhas de Areia e vassalo do soberano Zanbith da dinastia Scar, condeno vocês pelo pior das punições – olhando para os condenados ele continuava- A morte. Que os Deuses tenham piedade de suas almas.

Os condenados riam perante aquele líder com tom de deboche, eles não se importavam com aquela punição, a morte seria uma maneira de aliviar a dor de viver naquele mundo.
O carroceiro chamou a primeira vitima o Gordon. Ele caminhou com os punhos algemados ate aquele apoio de madeira onde ele colocou o pescoço. O ceifeiro pegou a espada de duas mãos e se aproximou daquele ser que não temia a morte, e com um corte rápido separou a cabeça e o corpo com facilidade, isso fez o sangue negro escorrer e esguichar daquele corpo que se contorceu por alguns instantes ate sessar em meio a areia.

-A morte dos Gordons e sempre uma coisa incrível. Eu nunca me canso disso – o velho falou observando o corpo e a cabeça sendo jogada para os cachorros.

-Você, venha comigo – o carroceiro chamou o homem que era o segundo na linha de chamada.
O homem demostrou desespero enquanto era arrastado pelos guardas – Desgraçados, me larguem, eu não quero morrer! – o homem gritava e se urinava, era algo atormentador de se ver.

-Morra igual homem seu covarde – o carroceiro falou dando uma sonorosa gargalhada – o homem foi colocado rapidamente no apoio de madeira, os guardas o seguravam, e os gritos eram atormentadores. O ceifeiro levantou a lamina a descarregou no pescoço da vitima que gritou ate a sua cabeça rolar pelo chão.

-Vejo mais urina, do que sangue nesta areia. Eu não aceito chama-lo de humano – o homem falou do lado do garoto que era o próximo a ser chamado.

O carroceiro chamou o garoto com o dedo, isso o fez caminhar em direção ao apoio de madeira, isso fez o velho dar um sonoroso grito – Morra seu verme insolente – o garoto caminhando olhando para o céu com um longo sorriso no rosto.

-Anda verme insolente – o carroceiro chutou o garoto que se ajoelhou e colocou o pescoço no apoio de madeira.

-Morra! – o velho gritou, mas logo tirou o tom sanguinário do rosto, quando notou grandes estalos e uma breve chuva de areia.

O garoto se levantou e observou o céu novamente, agora decorado com um grande navio antigo que planava no ar – A minha carona chegou – depois da fala ele deu um forte soco na barriga do ceifeiro que deixou a espada cair no chão.


-Peguem ele! – o ceifeiro falou apontando para o garoto que segurava agora fortemente a espada – Maldição, eu mesmo vou te matar! – correndo em direção dele, o ceifeiro não sabia que o seu alvo dominava a arte das espadas e só foi perceber isso quando era tarde demais.

-Maldição – o carroceiro resmungava vendo o seu ceifeiro sem um dos braços, tomado pelo seu próprio sangue.

O navio logo parou e no lugar de balas de canhão, foram jogados cordas para que os marujos pudessem descer com facilidade. Um homem se segurava na ponta do navio e falava – Vamos homens, procurem e matem estes vermes sem mãe. Quero que no lugar da areia tenha sangue, sangue daqueles que não seguem a nossa causa.

-O capitão sempre dando o seu show – o garoto resmungou enquanto se defendia dos ataques dos guaras. A espada era pesada, isso fazia os seus movimentos saírem mais lentos.

-Senhor Hank, espero que não tenha esperado muito – o marujo falou matando os dois guardas, ele portava duas espada em mãos, os seus ataques eram extremamente rápidos – Quer ajuda com isso? – ele falou apontando para as algemas do seu companheiro.

-Se não for se importar muito – Hank falou e esticou a corrente das algemas para que o seu companheiro poder corta-las mais facilmente – Obrigado, pode dar o que e meu agora- ele falou apontada para a espada que o marujo carregava na cintura.

-Droga, eu queria ficar com ela mais um pouco – o marujo falou e jogou a espada para Hank, que manejou algumas vezes para sentir toda a sua leveza.

-Va atrás do Senhor Stiffener, eu cuido de Azar – Hank falou e correu em meio ao campo de batalha, os guardas tentavam acerta-lo, mas ele conseguia defender e ataca-los com mais força. Se afastando da multidão ele se dirigiu para a encosta da cidade onde encontrou um guarda e cortou as suas pernas – Diga onde esta Azar? – com a mão na boca do guarda, ele tentava não chamar atenção – Você ira falar? – a vitima balançou a cabeça.

-Maldito, ele já deve estar à milhas daqui – o guarda deu uma forte gargalhada, mas não durou muito, pois Hank cravou a espada em sua boca.

-Idiota- Hank se levantou e tirou a espada da boca do homem – Agora para onde eu vou? – ele resmungou e notou um senhor de meia idade correm em direção a um cavalo e partir em fuga - Droga.

Hank correu mais não conseguiu alcança-lo, olhando para os lados ele avistou um cavalo e seguiu em perseguição. Passando em meio aos seus companheiros ele falou – Voltem para o navio, Azar esta fugindo os homens recuaram e correram em direção ao navio, enquanto Hank continuou a perseguição.

-Vamos homens, precisamos capturar aquele que nos traiu – o capitão falou na proa do navio, os homens subiam pelas cordas, enquanto ele se movimentava.

O cavalo de Hank era velho e não tinha foça suficiente para alcançar Azar. A areia diminuía a potencia dos cavalos – Maldição não vou conseguir alcança-lo assim – ele batia no cavalo com os calcanhares para forçar uma velocidade maior, mas nada adiantava.

-Vamos homens- o capitão empunhava a espada apontando para frente- Vamos virem a este bordo – o navio virou – Atirem! – os canhões atiravam sem piedade para cima de Azar, que por sorte desviava com o seu cavalo – Atirem novamente! – as balas de canhão acertavam a areia, fazendo com que elas virassem como chuva em meio aos olhos de Azar.

-Malditos eu ainda estou aqui – Hank gritou e tentou forças ainda mais o cavalo que já demostrava exaustão.

-Cale a boca seu verme- o capitão gritou e deu uma forte gargalhada – Homens toda a força a frente- as velas extras do navio foram desamarradas- Droga o vento não esta a nosso favor. Homens desçam o navio – o capitão deu grandes risadas enquanto segurava-se na proa com mais firmeza. Não demorou muito e o navio despencou do ar e caiu fortemente na areia – Toda força a frente rapazes!.
Azar olhava para trás com um tom de desespero no rosto, nunca passou pela sua cabeça que seria perseguido por um navio antigo – Droga, desta maneira vou acabar morrendo.

O cavalo de Hank perdia força a cada momento, com o navio se aproximando, a areia foi jogada para os lados e isso acabou fazendo o cavalo desequilibrar e rolar pelas dunas. Isso serviu de motivo para o capitão falar – Eu cuido daqui meu amigo – o navio descia pelas dunas de areia com facilidade.

-Malditos vocês nunca iram me pegar – forçando ainda mais o cavalo, Azar não percebia a exaustão de tal que caiu no chão como uma pedra com uma trotada em falso na areia fofa.

-Azar, Azar – o capitão pulo da proa do navio e caiu em meio a areia – A quanto tempo – ele tirou a espada da cintura e se aproximou do seu alvo que tentava sair de baixo do cavalo – Temos muita coisa para conversar.


***

Caso queiram posso postar os demais capítulos
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