Devo dizer que já não gostava deste pastor desde muito antes da polêmica, pois ele apoiou a Dilma abortista e terrorista. Mas acho que este caso não se encerra apenas no caso concreto, servindo como mais uma forma de se aliciar pessoas à "causa" (dizem comunista, liberal, progressista, mas eu a chamo totalitarista) e de afastá-las da moral judaico-cristã e dos bons costumes. Seguem então diversos textos correlatos.
Uma perspectiva:
Mais um caso de intolerância mascarada de protesto contra a intolerância:
1984:
Continuando:
E...
[justify][spoiler=Continuação]As absurdidades do CFP do B não param por aí. Em um recente m[size=small][font=Arial]anifesto sobre a questão das drogas (sim, eles adoram manifestos!), foi dito que o SUS, “com coerência e respeito” (imagine só!), ensinou ao país que “a saúde não é objeto mercantil, não se compra nem se vende” (só faltou dizer que também não se recebe). Pois Bem. Enquan
Uma perspectiva:
Spoiler: Contra o Pr Feliciano, ou a favor da agenda supremacista gay?
Manifestantes ligados ao movimento homossexual realizaram desordens e anarquia na frente da igreja em que o Pr. Marcos Feliciano estava pregando ontem (10/03/2013).
A manifestação, que foi marcada por palavrões, ameaças de violência, depredação e tentativa de invasão do templo, deixou os membros apavorados.
Observando a situação perigosa e suas crianças chorando, o Pr. Feliciano tomou a decisão de tirar de carro sua esposa e filhos, mas os manifestantes gays continuaram atacando.
O clima de hostilidade contra o pastor neopentecostal, que foi eleito recentemente presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados, vem sendo engrossado com as incitações de ódio dos militantes que veem a CDH como sua casa de fazer leis gays, inclusive o sinistro kit gay.
Na semana passada, a apresentadora Xuxa xingou publicamente Feliciano de “monstro”, incitando ainda mais as chamas de ódio provocadas pela esquerda indignada com o pastor. A atriz da Globo parece ter se esquecido de que monstruosidade seria se o pastor tivesse aparecido num filme pelado fazendo sexo com um menino numa desavergonhada propaganda pública da pedofilia. Quem cometeu tal monstruosidade foi Xuxa no filme “Amor Estranho Amor”.
A incitação ao ódio está também vindo de vários grupos cristãos esquerdistas. Em nota pública divulgada em 10/03/2013, o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs) repudiou publicamente a nomeação de Feliciano à CDH. Os delegados do CONIC que assinaram a nota de repúdio contra o pastor neopentecostal representavam a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e a Igreja Presbiteriana Unida
Marina Silva também condenou publicamente a nomeação de Feliciano, mas foi prontamente rebatida pelo Dr. Rubens Teixeira, que disse: “Quem entrou nesta gritaria, ou afagou a campanha para tentar ‘expulsar’ de forma antidemocrática o deputado de lá, pode estar com a mente impregnada com a ideia de que a pregação cristã é ‘homofóbica’ e por isso cristãos não são pessoas adequadas para falarem sobre direitos humanos. O que é lamentável”.
Embora os incitadores profissionais do ódio estejam utilizando vários atos e palavras fora de contexto do pastor neopentecostal para condená-lo ao linchamento midiático e fazê-lo sair da CDH a qualquer custo, a preocupação deles maior são as posturas cristãs dele frontalmente contrárias ao aborto e ao homossexualismo.
Mas ele não é o único cristão a pensar assim.
Se meu amigo Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz tivesse sido eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos, a gritaria e o ódio seriam os mesmos, pois os valores cristãos contra os pecados da sodomia e do assassinato de bebês em gestação são valores fortemente enraizados na Bíblia, tanto para católicos quanto para evangélicos.
Poderiam até eleger um homossexual como Clodovil, que igualmente era vaiado (tudo registrado neste vídeo: http://youtu.be/F9Gk51EvGko) pela militância gay porque, com seu bom senso, o mais famoso gay do Brasil sempre discordava da intolerância do movimento homossexual do Brasil.
Assim, nem mesmo homossexuais conservadores escapariam da fúria de homossexuais esquerdistas.
O que Xuxa, com suas monstruosidades, quer é uma CDH que avance a intolerância do supremacismo gay.
O que o CONIC, Marina Silva e milhares de outros cristãos esquerdistas querem é uma CDH que avance a intolerância do supremacismo gay.
Qualquer cristão, inclusive Marcos Feliciano, que se colocar no caminho do avanço da agenda da intolerância gay sofrerá a fúria de seus militantes.
Nenhum cristão é perfeito. Nem mesmo Feliciano. Um dos maiores erros da vida dele foi, juntamente com muitos outros pastores, ter sido um militante ativo na campanha para eleger a socialista Dilma Rousseff em 2010. Ele não tinha vergonha nenhuma de usar uma camiseta com os dizeres: “Sou cristão e voto em Dilma”.
Trabalhou tanto pela mulher com farto currículo terrorista, e hoje todos os amigos dela (CONIC, supremacistas gays, Xuxa, etc.) o demonizam de forma impiedosa.
Por favor, oremos todos pelo Pr. Marcos Feliciano, pois o inferno se levantou contra ele. Oremos para que ele se arrependa de seu pecado de ter apoiado Dilma e o PT.
Afinal, não é preciso ter o dom de profecia para saber que o PT e o socialismo são criações do próprio inferno.
Com informações do site pessoal de Marcos Feliciano, GospelPrime, Reinaldo Azevedo, O Verbo e Gonline.
A manifestação, que foi marcada por palavrões, ameaças de violência, depredação e tentativa de invasão do templo, deixou os membros apavorados.
Observando a situação perigosa e suas crianças chorando, o Pr. Feliciano tomou a decisão de tirar de carro sua esposa e filhos, mas os manifestantes gays continuaram atacando.
O clima de hostilidade contra o pastor neopentecostal, que foi eleito recentemente presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados, vem sendo engrossado com as incitações de ódio dos militantes que veem a CDH como sua casa de fazer leis gays, inclusive o sinistro kit gay.
Na semana passada, a apresentadora Xuxa xingou publicamente Feliciano de “monstro”, incitando ainda mais as chamas de ódio provocadas pela esquerda indignada com o pastor. A atriz da Globo parece ter se esquecido de que monstruosidade seria se o pastor tivesse aparecido num filme pelado fazendo sexo com um menino numa desavergonhada propaganda pública da pedofilia. Quem cometeu tal monstruosidade foi Xuxa no filme “Amor Estranho Amor”.
A incitação ao ódio está também vindo de vários grupos cristãos esquerdistas. Em nota pública divulgada em 10/03/2013, o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs) repudiou publicamente a nomeação de Feliciano à CDH. Os delegados do CONIC que assinaram a nota de repúdio contra o pastor neopentecostal representavam a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e a Igreja Presbiteriana Unida
Marina Silva também condenou publicamente a nomeação de Feliciano, mas foi prontamente rebatida pelo Dr. Rubens Teixeira, que disse: “Quem entrou nesta gritaria, ou afagou a campanha para tentar ‘expulsar’ de forma antidemocrática o deputado de lá, pode estar com a mente impregnada com a ideia de que a pregação cristã é ‘homofóbica’ e por isso cristãos não são pessoas adequadas para falarem sobre direitos humanos. O que é lamentável”.
Embora os incitadores profissionais do ódio estejam utilizando vários atos e palavras fora de contexto do pastor neopentecostal para condená-lo ao linchamento midiático e fazê-lo sair da CDH a qualquer custo, a preocupação deles maior são as posturas cristãs dele frontalmente contrárias ao aborto e ao homossexualismo.
Mas ele não é o único cristão a pensar assim.
Se meu amigo Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz tivesse sido eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos, a gritaria e o ódio seriam os mesmos, pois os valores cristãos contra os pecados da sodomia e do assassinato de bebês em gestação são valores fortemente enraizados na Bíblia, tanto para católicos quanto para evangélicos.
Poderiam até eleger um homossexual como Clodovil, que igualmente era vaiado (tudo registrado neste vídeo: http://youtu.be/F9Gk51EvGko) pela militância gay porque, com seu bom senso, o mais famoso gay do Brasil sempre discordava da intolerância do movimento homossexual do Brasil.
Assim, nem mesmo homossexuais conservadores escapariam da fúria de homossexuais esquerdistas.
O que Xuxa, com suas monstruosidades, quer é uma CDH que avance a intolerância do supremacismo gay.
O que o CONIC, Marina Silva e milhares de outros cristãos esquerdistas querem é uma CDH que avance a intolerância do supremacismo gay.
Qualquer cristão, inclusive Marcos Feliciano, que se colocar no caminho do avanço da agenda da intolerância gay sofrerá a fúria de seus militantes.
Nenhum cristão é perfeito. Nem mesmo Feliciano. Um dos maiores erros da vida dele foi, juntamente com muitos outros pastores, ter sido um militante ativo na campanha para eleger a socialista Dilma Rousseff em 2010. Ele não tinha vergonha nenhuma de usar uma camiseta com os dizeres: “Sou cristão e voto em Dilma”.
Trabalhou tanto pela mulher com farto currículo terrorista, e hoje todos os amigos dela (CONIC, supremacistas gays, Xuxa, etc.) o demonizam de forma impiedosa.
Por favor, oremos todos pelo Pr. Marcos Feliciano, pois o inferno se levantou contra ele. Oremos para que ele se arrependa de seu pecado de ter apoiado Dilma e o PT.
Afinal, não é preciso ter o dom de profecia para saber que o PT e o socialismo são criações do próprio inferno.
Com informações do site pessoal de Marcos Feliciano, GospelPrime, Reinaldo Azevedo, O Verbo e Gonline.
Spoiler: Perseguição aos religiosos
Era dia 22 de fevereiro de 2013. O cardeal Dom Odilo Scherer, como Grão-Chanceler da PUC de São Paulo, estava pronto para uma missa, celebrando a Festa da Cátedra de São Pedro na capela da Universidade. Em outros lugares o fato poderia significar pouco. Na PUC, marcada por protestos e vandalismos de grupos radicais, qualquer ato do cardeal poderia servir de pretexto para os agitadores armarem uma manifestação.
Cheguei ao campus esperando ver os melhores sem convicção alguma e a cerimônia da inocência afogada, exatamente como nas palavras de William Butler Yeats. Os fatos mostraram que eu não poderia estar mais errado. Presenciei, pela primeira vez, um ato de heroísmo na minha universidade.
Era um dia de chuva, e chegando à PUC, um amigo meu começou a se perguntar se haveria mesmo alguma manifestação para atrapalhar a missa de Dom Odilo. Outro amigo garantiu que algo grande aconteceria, ele só não sabia ao certo o que seria. Lá em baixo, descendo, nós pudemos ver diversos de manifestantes – alguns não eram alunos da PUC – gritando, não só contra a Reitora da Universidade, mas contra o Bispo e contra a Igreja Católica.
Subimos para assistir à missa, e me surpreendi novamente: dentro da Igreja, centenas de fiéis (não digo metaforicamente, eram literalmente centenas) se juntaram para assistir a missa. Além de alunos da PUC, alguns funcionários, seminaristas, professores e pessoas de grupos como Shalom estavam presentes.
Na porta, os manifestantes se reuniram empunhando cartazes ofensivos, alguns com esparadrapos e outros com panos no rosto, querendo intimidar quem ia assistir à missa e protestar na porta da Igreja. Alguns entraram para protestar dentro da Igreja. Outros não entraram, impedidos pela grande quantidade de fiéis na porta.
Dom Odilo Scherer chegou discretamente. Nesse momento começou a chover muito, e a tempestade afastou muitos dos manifestantes que estavam do lado de fora. Com uma serenidade ímpar, Dom Odilo começou a missa pedindo para rezarmos pela reitora e pela conversão dos jovens da PUC. Defendeu o Papa Bento XVI ressaltando que o pontífice renunciou por coragem, que se sacrificou pelo bem da Igreja. Lembrou que “em uma Universidade Católica, estamos ligados à Cátedra de São Pedro”.
A homília foi longa, deve ter sido de quase uma hora. O cardeal comparou as dificuldades de hoje com um deserto, e lembrou que Jesus é o caminho e que, se quisermos que nossa vida tenha significado, devemos lembrar do sacrifício Dele. Lembrou-nos novamente de São Pedro e disse: não fiquem abalados, os que se intimidam não tem um fundamento forte o bastante, vocês não podem ter medo de lutar por Deus.
Três mascarados – um sujeito mais velho e duas mulheres –, entre os que estavam protestando, permaneceram ao longo de toda a missa. Esses não falaram nada, mas queriam chegar perto da eucaristia. Felizmente foram advertidos e impedidos de cometerem um sacrilégio ou de atrapalharem a missa.
No momento em que eu estava imaginando uma saída segura ou prevenida do Cardeal, terminada a missa, ele empunhou seu báculo e disseram que ele sairia pela porta da frente. A chuva já havia parado e os manifestantes haviam se reunido novamente na porta da Igreja. Dom Odilo saiu em procissão, com os sacerdotes que o acompanhavam, pelo meio da manifestação contrária, segurando a Cruz Sagrada, com cantos católicos e orações.
O pessoal que tanto protestou – não vou falar em jovens, pois muito ali já passaram da idade – ficou estupefato com a atitude corajosa de Dom Odilo. Acompanhado por vários fiéis, o cardeal parou em frente à cruz do pátio central da Faculdade, onde estava reunida a maior parte dos manifestantes revoltados, o mesmo lugar da manifestação violenta contra o Papa Bento XVI.
Com muita coragem e uma calma miraculosa, Dom Odilo, cercado de cartazes contra a Igreja, começou a rezar por aqueles que tanto demonstraram ódio por ele. Pediu paz, e falou em tolerância religiosa para lembrar que aqueles que dizem marchar pela tolerância facilmente se tornam arautos de intolerância contra os católicos.
Uma boa parte dos manifestantes ficou impressionada com a atitude de Dom Odilo, que clamava paz e era ouvido com silêncio. Os muitos católicos ocuparam um bom espaço em volta do pátio e se manifestaram em apoio aos sacerdotes, cantando e rezando. A revolta contra Dom Odilo esfriava com suas palavras.
Nesses momentos os mais radicais demonstravam uma raiva verdadeiramente macabra. Não é errado dizer que alguns estavam alucinados e cegos de ódio. Gritando, na melhor das hipóteses, coisas sem sentido como “Viva Hare Krishna!” e a “Ditadura voltou!” e em alguns casos acusações malucas contra o Papa – pelo visto um agente da CIA, pago para derrotar “amantes da liberdade” como Ahmadinejad e Hugo Chávez. E quando os sacerdotes e católicos já tinham ido embora, os revoltados começaram a gritar coisas como “golpistas não passarão”, reforçando a atmosfera ridícula que cercava os mais fanáticos.
Se a manifestação era para ser “oficialmente” contra a reitora nova, ficou claro que muitos dos agitadores (alguns vinculado a partidos comunistas) estavam interessados mesmo é em atacar o cardeal, a Fé e a Igreja. Trazendo pessoas de fora, utilizando algumas câmeras e conversando com jornalistas ele tentaram vender a ideia de que “os alunos da PUC se revoltaram contra o cardeal”. Os vários jovens católicos, em pé na Igreja para a missa de Dom Odilo, evidentemente ficarão de fora de tais reportagens, embora apareçam muito nas fotos dos cidadãos comuns que estiveram lá.
Contrastando imensamente com o maquiavelismo dos mais revoltados, Dom Odilo começou a pregação no pátio com o Credo Niceno-Constantinopolitano (a música mais bonita do mundo no modo III em canto Gregoriano). Foi impossível não lembrar uma das pessoas que mais lutaram por essa profissão de fé: São Gregório de Nazianzo, que quase só, enfrentou com tanta bravura – que só pode ser proveniente de Deus – uma multidão de bispos e de autoridades hereges, serviu de último baluarte de Roma em Constantinopla e foi fundamental para recristianizar quase todo o oriente.
É esse tipo de coragem que rezo para ver nos corações dos nossos cardeais, especialmente em época de Conclave. Perto dessas grandes batalhas o ato de Dom Odilo parece muito pouco, e é verdade que não sabemos se o cardeal terá forças para lutar até o fim.
Só que coisa é certa: nós, alunos da PUC, presenciamos um evento inédito na história da universidade. Um ato heroico. Fico honrado em ter acompanhado de perto este acontecimento, e espero que muitos tenham recebido, no mínimo, uma centelha da esperança que Dom Odilo tentou passar. Neste dia ele fez serem lembradas, em sua fala e especialmente em seus atos, as palavras do Evangelho:
"Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós." João 15:18
"Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem." Mateus 5:44
"Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á." Mateus 16:24-25
Cheguei ao campus esperando ver os melhores sem convicção alguma e a cerimônia da inocência afogada, exatamente como nas palavras de William Butler Yeats. Os fatos mostraram que eu não poderia estar mais errado. Presenciei, pela primeira vez, um ato de heroísmo na minha universidade.
Era um dia de chuva, e chegando à PUC, um amigo meu começou a se perguntar se haveria mesmo alguma manifestação para atrapalhar a missa de Dom Odilo. Outro amigo garantiu que algo grande aconteceria, ele só não sabia ao certo o que seria. Lá em baixo, descendo, nós pudemos ver diversos de manifestantes – alguns não eram alunos da PUC – gritando, não só contra a Reitora da Universidade, mas contra o Bispo e contra a Igreja Católica.
Subimos para assistir à missa, e me surpreendi novamente: dentro da Igreja, centenas de fiéis (não digo metaforicamente, eram literalmente centenas) se juntaram para assistir a missa. Além de alunos da PUC, alguns funcionários, seminaristas, professores e pessoas de grupos como Shalom estavam presentes.
Na porta, os manifestantes se reuniram empunhando cartazes ofensivos, alguns com esparadrapos e outros com panos no rosto, querendo intimidar quem ia assistir à missa e protestar na porta da Igreja. Alguns entraram para protestar dentro da Igreja. Outros não entraram, impedidos pela grande quantidade de fiéis na porta.
Dom Odilo Scherer chegou discretamente. Nesse momento começou a chover muito, e a tempestade afastou muitos dos manifestantes que estavam do lado de fora. Com uma serenidade ímpar, Dom Odilo começou a missa pedindo para rezarmos pela reitora e pela conversão dos jovens da PUC. Defendeu o Papa Bento XVI ressaltando que o pontífice renunciou por coragem, que se sacrificou pelo bem da Igreja. Lembrou que “em uma Universidade Católica, estamos ligados à Cátedra de São Pedro”.
A homília foi longa, deve ter sido de quase uma hora. O cardeal comparou as dificuldades de hoje com um deserto, e lembrou que Jesus é o caminho e que, se quisermos que nossa vida tenha significado, devemos lembrar do sacrifício Dele. Lembrou-nos novamente de São Pedro e disse: não fiquem abalados, os que se intimidam não tem um fundamento forte o bastante, vocês não podem ter medo de lutar por Deus.
Três mascarados – um sujeito mais velho e duas mulheres –, entre os que estavam protestando, permaneceram ao longo de toda a missa. Esses não falaram nada, mas queriam chegar perto da eucaristia. Felizmente foram advertidos e impedidos de cometerem um sacrilégio ou de atrapalharem a missa.
No momento em que eu estava imaginando uma saída segura ou prevenida do Cardeal, terminada a missa, ele empunhou seu báculo e disseram que ele sairia pela porta da frente. A chuva já havia parado e os manifestantes haviam se reunido novamente na porta da Igreja. Dom Odilo saiu em procissão, com os sacerdotes que o acompanhavam, pelo meio da manifestação contrária, segurando a Cruz Sagrada, com cantos católicos e orações.
O pessoal que tanto protestou – não vou falar em jovens, pois muito ali já passaram da idade – ficou estupefato com a atitude corajosa de Dom Odilo. Acompanhado por vários fiéis, o cardeal parou em frente à cruz do pátio central da Faculdade, onde estava reunida a maior parte dos manifestantes revoltados, o mesmo lugar da manifestação violenta contra o Papa Bento XVI.
Com muita coragem e uma calma miraculosa, Dom Odilo, cercado de cartazes contra a Igreja, começou a rezar por aqueles que tanto demonstraram ódio por ele. Pediu paz, e falou em tolerância religiosa para lembrar que aqueles que dizem marchar pela tolerância facilmente se tornam arautos de intolerância contra os católicos.
Uma boa parte dos manifestantes ficou impressionada com a atitude de Dom Odilo, que clamava paz e era ouvido com silêncio. Os muitos católicos ocuparam um bom espaço em volta do pátio e se manifestaram em apoio aos sacerdotes, cantando e rezando. A revolta contra Dom Odilo esfriava com suas palavras.
Nesses momentos os mais radicais demonstravam uma raiva verdadeiramente macabra. Não é errado dizer que alguns estavam alucinados e cegos de ódio. Gritando, na melhor das hipóteses, coisas sem sentido como “Viva Hare Krishna!” e a “Ditadura voltou!” e em alguns casos acusações malucas contra o Papa – pelo visto um agente da CIA, pago para derrotar “amantes da liberdade” como Ahmadinejad e Hugo Chávez. E quando os sacerdotes e católicos já tinham ido embora, os revoltados começaram a gritar coisas como “golpistas não passarão”, reforçando a atmosfera ridícula que cercava os mais fanáticos.
Se a manifestação era para ser “oficialmente” contra a reitora nova, ficou claro que muitos dos agitadores (alguns vinculado a partidos comunistas) estavam interessados mesmo é em atacar o cardeal, a Fé e a Igreja. Trazendo pessoas de fora, utilizando algumas câmeras e conversando com jornalistas ele tentaram vender a ideia de que “os alunos da PUC se revoltaram contra o cardeal”. Os vários jovens católicos, em pé na Igreja para a missa de Dom Odilo, evidentemente ficarão de fora de tais reportagens, embora apareçam muito nas fotos dos cidadãos comuns que estiveram lá.
Contrastando imensamente com o maquiavelismo dos mais revoltados, Dom Odilo começou a pregação no pátio com o Credo Niceno-Constantinopolitano (a música mais bonita do mundo no modo III em canto Gregoriano). Foi impossível não lembrar uma das pessoas que mais lutaram por essa profissão de fé: São Gregório de Nazianzo, que quase só, enfrentou com tanta bravura – que só pode ser proveniente de Deus – uma multidão de bispos e de autoridades hereges, serviu de último baluarte de Roma em Constantinopla e foi fundamental para recristianizar quase todo o oriente.
É esse tipo de coragem que rezo para ver nos corações dos nossos cardeais, especialmente em época de Conclave. Perto dessas grandes batalhas o ato de Dom Odilo parece muito pouco, e é verdade que não sabemos se o cardeal terá forças para lutar até o fim.
Só que coisa é certa: nós, alunos da PUC, presenciamos um evento inédito na história da universidade. Um ato heroico. Fico honrado em ter acompanhado de perto este acontecimento, e espero que muitos tenham recebido, no mínimo, uma centelha da esperança que Dom Odilo tentou passar. Neste dia ele fez serem lembradas, em sua fala e especialmente em seus atos, as palavras do Evangelho:
"Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós." João 15:18
"Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem." Mateus 5:44
"Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á." Mateus 16:24-25
Mais um caso de intolerância mascarada de protesto contra a intolerância:
Spoiler: Jean Wyllys no Mackenzie
Depois da enorme repercussão do artigo “Jean Wyllys no Mackenzie”, o chanceler do Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, se pronunciou.
Jean Wyllys esteve ou não esteve no Mackenzie? Está confirmado: Esteve. Se o artigo “Jean Wyllys no Mackenzie” não tivesse trazido à tona essa informação, aparentemente ninguém trataria da polêmica visita e debate de Jean Wyllys na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Não foi com a ajuda de revelações sobrenaturais que fiquei sabendo do evento. Tudo o que precisei fazer foi conferir documento da própria instituição. O documento registra a “parceria” entre a chancelaria da universidade com o Centro Acadêmico João Mendes, que pertence ao Mackenzie.
A chancelaria garante a liberdade acadêmica? Sim. Mas também teria o pleno direito de vetar a participação de um supremacista gay num evento dentro de suas dependências? Teria. E por que não fez valer seu direito?
Quando pressionado pelos supremacistas gays em 2012, o chanceler Augustus Nicodemus Lopes usou da sua autoridade para retirar um manifesto presbiteriano contrário à agenda gay do site da universidade. A retirada foi feita apenas para atender às exigências dos supremacistas gays.
No caso de Wyllys, a chancelaria tinha igualmente total autoridade — sem mencionar responsabilidade cristã — de agir com muito mais energia. Afinal, é de conhecimento público que num seminário realizado por Wyllys no Congresso Nacional, o ativista gay Márcio Retamero ameaçou o uso de violência armada contra os cristãos, sem que Wyllys condenasse a ameaça. Pelo contrário, Wyllys mesmo tem feito ameaças aos cristãos.
Tenho certeza de que se algum diretório estudantil do Mackenzie convidasse um criminoso nazista ou comunista, o chanceler vetaria, e com boas razões. Por que então poupar Wyllys?
Deve-se poupá-lo em nome de uma suposta liberdade acadêmica?
Tudo o que o chanceler disse que pôde fazer foi escolher um “debatedor” para argumentar com Wyllys. O escolhido foi seu colega de ANAJURE Guilherme Schelb.
Contudo, por incrível que pareça, os estudantes da instituição presbiteriana não gostaram do escolhido do chanceler. De acordo com informações que recebi, e que foram confirmadas numa nota da ANAJURE, Schelb foi vaiado e sofreu um clima de hostilidade dos estudantes do Mackenzie. A moçada gostou foi do Wyllys.
Parabéns ao Mackenzie pela promoção do Wyllys! Mesmo discordando totalmente das ideias radicais do supremacista gay e mesmo não tendo a intenção direta de fazer tal promoção, o chanceler deu um tiro no pé ao não vetar o “debate”, que foi na verdade espaço de publicidade gratuita para Wyllys. Se tivesse vetado, poderia pelo menos ter poupado o representante da ANAJURE das vaias e hostilidade que sofreu.
Dá para imaginar um jurista evangélico ser humilhado diante de um supremacista gay dentro de uma universidade evangélica? É um quadro apocalíptico, e aconteceu no Mackenzie.
Jean Wyllys esteve ou não esteve no Mackenzie? Está confirmado: Esteve. Se o artigo “Jean Wyllys no Mackenzie” não tivesse trazido à tona essa informação, aparentemente ninguém trataria da polêmica visita e debate de Jean Wyllys na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Não foi com a ajuda de revelações sobrenaturais que fiquei sabendo do evento. Tudo o que precisei fazer foi conferir documento da própria instituição. O documento registra a “parceria” entre a chancelaria da universidade com o Centro Acadêmico João Mendes, que pertence ao Mackenzie.
A chancelaria garante a liberdade acadêmica? Sim. Mas também teria o pleno direito de vetar a participação de um supremacista gay num evento dentro de suas dependências? Teria. E por que não fez valer seu direito?
Quando pressionado pelos supremacistas gays em 2012, o chanceler Augustus Nicodemus Lopes usou da sua autoridade para retirar um manifesto presbiteriano contrário à agenda gay do site da universidade. A retirada foi feita apenas para atender às exigências dos supremacistas gays.
No caso de Wyllys, a chancelaria tinha igualmente total autoridade — sem mencionar responsabilidade cristã — de agir com muito mais energia. Afinal, é de conhecimento público que num seminário realizado por Wyllys no Congresso Nacional, o ativista gay Márcio Retamero ameaçou o uso de violência armada contra os cristãos, sem que Wyllys condenasse a ameaça. Pelo contrário, Wyllys mesmo tem feito ameaças aos cristãos.
Tenho certeza de que se algum diretório estudantil do Mackenzie convidasse um criminoso nazista ou comunista, o chanceler vetaria, e com boas razões. Por que então poupar Wyllys?
Deve-se poupá-lo em nome de uma suposta liberdade acadêmica?
Tudo o que o chanceler disse que pôde fazer foi escolher um “debatedor” para argumentar com Wyllys. O escolhido foi seu colega de ANAJURE Guilherme Schelb.
Contudo, por incrível que pareça, os estudantes da instituição presbiteriana não gostaram do escolhido do chanceler. De acordo com informações que recebi, e que foram confirmadas numa nota da ANAJURE, Schelb foi vaiado e sofreu um clima de hostilidade dos estudantes do Mackenzie. A moçada gostou foi do Wyllys.
Parabéns ao Mackenzie pela promoção do Wyllys! Mesmo discordando totalmente das ideias radicais do supremacista gay e mesmo não tendo a intenção direta de fazer tal promoção, o chanceler deu um tiro no pé ao não vetar o “debate”, que foi na verdade espaço de publicidade gratuita para Wyllys. Se tivesse vetado, poderia pelo menos ter poupado o representante da ANAJURE das vaias e hostilidade que sofreu.
Dá para imaginar um jurista evangélico ser humilhado diante de um supremacista gay dentro de uma universidade evangélica? É um quadro apocalíptico, e aconteceu no Mackenzie.
1984:
Spoiler: Proibição de estudos acadêmicos de Psicologia sobre a homossexualidade
Antes de tudo, é preciso esclarecer que toda autoridade intelectual que possuo para pontificar sobre o comportamento humano, enquanto psicólogo, me foi concedida por uma universidade pública, e não pelo Conselho Federal de Psicologia - CFP. Logo, não estou obrigado a manter registro no conselho profissional para me apresentar na qualidade de psicólogo e opinar como tal. Para tanto, me basta o diploma universitário.
Com efeito, minhas opiniões sobre assuntos atinentes à Psicologia, sejam aquelas veiculadas em redes sociais ou na mídia em geral, não estão sujeitas à fiscalização de um conselho profissional. O CFP não pode agir como uma espécie de “polícia do pensamento”, coagindo psicólogos a um alinhamento forçado em torno de concepções teóricas, ideológicas ou políticas. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso IX, declara:
- “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.
No que diz respeito ao tema da audiência pública, gostaria de declarar que, em termos gerais, não sou contra o espírito da resolução 01/99. Entretanto, vou me deter mais especificamente nos seus artigos 3 e 4, que são objeto de discussão. Indo direto ao ponto, quero deixar claro que não entendo a homossexualidade, em si mesma, como uma doença. Não acredito que uma orientação sexual, seja ela qual for, deva ser submetida a tratamento e cura, no que esses dois termos possam sugerir algo de patológico.
Não obstante, devemos lembrar que o campo de atividade dos psicólogos transcende a dicotomia saúde e doença, e qualquer tentativa de confiná-lo em limites tão estreitos seria um reducionismo teórico inaceitável. A clínica psicológica abarca conceitos muito mais abrangentes, como os de auto-realização, ajustamento e bem-estar pessoal. A psicologia não apenas trata, mas orienta, aconselha, e vai além: auxilia o indivíduo numa busca pelo autoconhecimento, pela transformação pessoal, segundo seus próprios valores e aspirações. Tais práticas já foram amplamente consagradas pela profissão.
Outrossim, não devemos esquecer um preceito ético fundamental dos psicólogos, aquele que nos obriga a garantir que a demanda trazida pelo cliente prevaleça sobre as convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas ou até mesmo de orientação sexual do profissional – é o que preconiza o nosso código de ética. Se o paciente deseja modificar sua orientação sexual, seja ela qual for – é bom que se diga – não está autorizado o psicólogo a demovê-lo deste propósito. Quando muito, pode escusar-se de prestar tal assistência se entende que lhe falta perícia profissional para fazê-lo ou, no limite, se se sente impedido por razões de foro íntimo. Fora isso, os psicólogos, munidos de sua técnica, devem ser o facilitador da mudança desejada, conforme os ideais, valores e aspirações DO PRÓPRIO CLIENTE – uma vez que esse conjunto de atributos também faz parte de sua identidade.
Não raro vemos alguns ativistas propagando a idéia de que o sofrimento experimentado pelo homossexual diante de sua orientação sexual é produto de fatores extrínsecos, a exemplo do que chamam de “homofobia social internalizada”. Isso me parece uma avaliação bastante simplória e destituída de fundamentos. Os caminhos da sexualidade humana são muito complexos para caber em molduras ideológicas pré-fabricadas, que não têm outro objetivo senão o de, estrategicamente, obter certos efeitos políticos. O que esses ativistas diriam se alguém defendesse a idéia, igualmente simplória, de que a homossexualidade masculina seria fruto de uma misoginia internalizada?
Ora, o que esses militantes não querem admitir, em sua cegueira ideológica, é que o sofrimento experimentado diante de uma dada orientação sexual, seja ela qual for, pode ser o sintoma de um desconforto existencial absolutamente legítimo, sobretudo se consideramos e respeitamos a capacidade de autodeterminação e discernimento de todo ser humano. É curioso que os ativistas tentem nos fazer acreditar que a orientação sexual de um indivíduo, no caso, um homossexual, seja o único traço verdadeiramente normal e saudável de sua identidade, enquanto que seus sentimentos de rejeição diante desta orientação, sempre e necessariamente, refletiriam a parte mais doentia de sua personalidade. É como se o desejo sexual e o erotismo fossem o que há de mais essencial, sublime, verdadeiro e irredutível de sua identidade, sendo tudo o mais mero produto de convenções sociais arbitrárias e impositivas, mecanismos de opressão criados por uma suposta e improvável conspiração “heteronormativa”.
Por tudo o que foi dito, defendo a idéia de que a assistência psicológica ao homossexual que opta pela reversão de sua orientação sexual, antes de ser uma questão ética, se coloca como uma questão científica a ser resolvida. Nesse sentido, o poder normativo do Conselho Federal de Psicologia não pode usurpar o lugar do debate científico e da discussão acadêmica qualificada, submetendo a pesquisa e a produção do conhecimento aos apelos histéricos do politicamente correto ou às ambições políticas de grupos minoritários.
Qualquer prática terapêutica, para ser eticamente condenável, precisa atender uma das três condições que se seguem: (i) a comprovação de sua ineficácia absoluta (ii) a utilização de métodos que atentam contra a dignidade humana e (iii) a incidência de efeitos iatrogênicos estatisticamente relevantes. De mais a mais, não há pretextos que possam impedir a uma pessoa que, voluntariamente, busca o auxílio de um profissional da psicologia para fazer valer suas as aspirações mais legítimas. Trata-se de uma questão de direitos individuais e liberdade de escolha. E isso é tudo.
Luciano Garrido é psicólogo, policial, especialista em segurança pública e direitos humanos.
Com efeito, minhas opiniões sobre assuntos atinentes à Psicologia, sejam aquelas veiculadas em redes sociais ou na mídia em geral, não estão sujeitas à fiscalização de um conselho profissional. O CFP não pode agir como uma espécie de “polícia do pensamento”, coagindo psicólogos a um alinhamento forçado em torno de concepções teóricas, ideológicas ou políticas. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso IX, declara:
- “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.
No que diz respeito ao tema da audiência pública, gostaria de declarar que, em termos gerais, não sou contra o espírito da resolução 01/99. Entretanto, vou me deter mais especificamente nos seus artigos 3 e 4, que são objeto de discussão. Indo direto ao ponto, quero deixar claro que não entendo a homossexualidade, em si mesma, como uma doença. Não acredito que uma orientação sexual, seja ela qual for, deva ser submetida a tratamento e cura, no que esses dois termos possam sugerir algo de patológico.
Não obstante, devemos lembrar que o campo de atividade dos psicólogos transcende a dicotomia saúde e doença, e qualquer tentativa de confiná-lo em limites tão estreitos seria um reducionismo teórico inaceitável. A clínica psicológica abarca conceitos muito mais abrangentes, como os de auto-realização, ajustamento e bem-estar pessoal. A psicologia não apenas trata, mas orienta, aconselha, e vai além: auxilia o indivíduo numa busca pelo autoconhecimento, pela transformação pessoal, segundo seus próprios valores e aspirações. Tais práticas já foram amplamente consagradas pela profissão.
Outrossim, não devemos esquecer um preceito ético fundamental dos psicólogos, aquele que nos obriga a garantir que a demanda trazida pelo cliente prevaleça sobre as convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas ou até mesmo de orientação sexual do profissional – é o que preconiza o nosso código de ética. Se o paciente deseja modificar sua orientação sexual, seja ela qual for – é bom que se diga – não está autorizado o psicólogo a demovê-lo deste propósito. Quando muito, pode escusar-se de prestar tal assistência se entende que lhe falta perícia profissional para fazê-lo ou, no limite, se se sente impedido por razões de foro íntimo. Fora isso, os psicólogos, munidos de sua técnica, devem ser o facilitador da mudança desejada, conforme os ideais, valores e aspirações DO PRÓPRIO CLIENTE – uma vez que esse conjunto de atributos também faz parte de sua identidade.
Não raro vemos alguns ativistas propagando a idéia de que o sofrimento experimentado pelo homossexual diante de sua orientação sexual é produto de fatores extrínsecos, a exemplo do que chamam de “homofobia social internalizada”. Isso me parece uma avaliação bastante simplória e destituída de fundamentos. Os caminhos da sexualidade humana são muito complexos para caber em molduras ideológicas pré-fabricadas, que não têm outro objetivo senão o de, estrategicamente, obter certos efeitos políticos. O que esses ativistas diriam se alguém defendesse a idéia, igualmente simplória, de que a homossexualidade masculina seria fruto de uma misoginia internalizada?
Ora, o que esses militantes não querem admitir, em sua cegueira ideológica, é que o sofrimento experimentado diante de uma dada orientação sexual, seja ela qual for, pode ser o sintoma de um desconforto existencial absolutamente legítimo, sobretudo se consideramos e respeitamos a capacidade de autodeterminação e discernimento de todo ser humano. É curioso que os ativistas tentem nos fazer acreditar que a orientação sexual de um indivíduo, no caso, um homossexual, seja o único traço verdadeiramente normal e saudável de sua identidade, enquanto que seus sentimentos de rejeição diante desta orientação, sempre e necessariamente, refletiriam a parte mais doentia de sua personalidade. É como se o desejo sexual e o erotismo fossem o que há de mais essencial, sublime, verdadeiro e irredutível de sua identidade, sendo tudo o mais mero produto de convenções sociais arbitrárias e impositivas, mecanismos de opressão criados por uma suposta e improvável conspiração “heteronormativa”.
Por tudo o que foi dito, defendo a idéia de que a assistência psicológica ao homossexual que opta pela reversão de sua orientação sexual, antes de ser uma questão ética, se coloca como uma questão científica a ser resolvida. Nesse sentido, o poder normativo do Conselho Federal de Psicologia não pode usurpar o lugar do debate científico e da discussão acadêmica qualificada, submetendo a pesquisa e a produção do conhecimento aos apelos histéricos do politicamente correto ou às ambições políticas de grupos minoritários.
Qualquer prática terapêutica, para ser eticamente condenável, precisa atender uma das três condições que se seguem: (i) a comprovação de sua ineficácia absoluta (ii) a utilização de métodos que atentam contra a dignidade humana e (iii) a incidência de efeitos iatrogênicos estatisticamente relevantes. De mais a mais, não há pretextos que possam impedir a uma pessoa que, voluntariamente, busca o auxílio de um profissional da psicologia para fazer valer suas as aspirações mais legítimas. Trata-se de uma questão de direitos individuais e liberdade de escolha. E isso é tudo.
Luciano Garrido é psicólogo, policial, especialista em segurança pública e direitos humanos.
Próximo post....
Continuando:
E...
Spoiler: Instrumentalização dos conselhos em prol de uma agenda estranha
"Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer aos outros o que eles não querem ouvir" George Orwell
O Conselho Federal de Psicologia – CFP perdeu o rumo. Movido por um forte ativismo ideológico, o órgão passou a negligenciar sua verdadeira missão institucional. A atual gestão, presidida pelo Sr. Humberto Verona, tem pautado suas ações por uma agenda política totalmente alheia aos interesses profissionais dos psicólogos. O “movimento cuidar da profissão”, cuja chapa saiu vencedora na última eleição do CFP, manifestou à época apoio integral à candidatura Dilma Rousseff, elaborando inclusive um abaixo-assinado (veja aqui), que é uma verdadeira ode ao governo petista. Ao invés de cuidar da profissão, o que o movimento tem feito é cuidar dos próprios “companheiros”. Não é por outro motivo que a atuação do CFP, em diversos momentos, tem apresentado contornos claramente partidários. Contra esse aparelhamento político dos conselhos de psicologia do país, a Lei 5.766 de 1971 é bastante taxativa ao definir suas atribuições:
“Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, dotados de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, constituindo, em seu conjunto, uma autarquia, destinados a orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Psicólogo e zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe.” (Capítulo I – Dos Fins, art. 1º, grifo meu).
Vale dizer que nenhuma norma editada pelo CFP pode ampliar, reduzir ou simplesmente modificar o rol de atribuições outorgado pela referida lei. O que se vê na prática, porém, é que a atuação do sistema de conselhos, além de deturpar sua missão institucional, tem violado sistematicamente o próprio Código de Ética da profissão:
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
CFP e a militância GLBT
Não é só o CFP que extrapola suas atribuições. Os conselhos regionais de psicologia também andam avançando o sinal vermelho. O CRP de São Paulo, por exemplo, superou todos os limites da decência ao patrocinar um trio elétrico para animar o cortejo da “Parada do Orgulho GLBT” em São Paulo (vídeo aqui). De um só golpe, o CRP/SP mandou às favas o princípio da moralidade pública e os preceitos éticos da profissão – afinal, não se trata de “induzir a convicções de orientação sexual”? E mais: de onde saiu o dinheiro para financiar toda essa algazarra? O episódio cheira a improbidade administrativa. De qualquer forma, o que se percebe é que a velha política do panis et circenses ganhou adeptos entre psicólogos “progressistas”, ao ponto do próprio CFP – órgão disciplinador máximo da profissão – aderir à farra paulistana e colocar em sua página oficial uma nota entusiástica com referência ao carnaval promovido pelo Conselho Regional (veja aqui). E agora, quem fiscalizará o fiscal? Quem vai disciplinar o órgão disciplinador?
Essa aliança do CFP com o movimento GLBT é um verdadeiro caso de amor. Há uma lista imensa de mimos e favores prodigalizados em benefício da ideologia gay. Vejam alguns links:
CFP integra comissão organizadora da II Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT
CFP lança livro sobre adoção na Conferência Nacional GLBT
CFP conquista vaga no Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT
Além de militar escancaradamente em favor da causa LGBT, o CFP editou em 1999 uma resolução cujo conteúdo geral, não apenas induz, como impõe certas convicções de orientação sexual (o que, de novo, fere o próprio código de ética da profissão). Ademais, a referida norma cerceia o livre exercício profissional e expressão do pensamento científico, impedindo que psicólogos se pronunciem acerca do assunto, por todo e qualquer meio. É uma espécie de “lei da mordaça”, que atenta contra liberdades garantidas em nossa Constituição (veja aqui). Como diria pensador Thomas Sowell, “ninguém é mais dogmaticamente insistente na conformidade do que aqueles que advogam pela ‘diversidade’.”
A promoção de regimes totalitários
Outro exemplo de militância política orquestrada dentro dos conselhos de psicologia vem do estado de Minas Gerais. No site do CRP/MG é possível acessar um cartaz promocional do 3º Encontro dos Movimentos Sociais, evento que contou com a presença de Aleida Guevara – pessoa cujo grande feito é ser filha de guerrilheiro e pertencer ao Partido Comunista Cubano - PCC. É dispensável mencionar as barbaridades que o comunismo/socialismo perpetrou ao longo do século passado, mas se você quer ter uma noção do que os revolucionários Che Guevara e Fidel Castro foram capazes de fazer contra os Direitos Humanos, confira as denúncias feitas neste e neste site (sobre perseguições aos homossexuais cubanos), ou ainda neste aqui (sobre o racismo institucionalizado em Cuba). Talvez isso ajude a explicar porque os cubanos vivem tentando fugir do “paraíso” socialista para viver os “horrores” do capitalismo americano.
O assunto debatido no referido encontro foi a “Conjuntura da América Latina e situação de Cuba” (veja aqui), algo muito edificante e instrutivo para os profissionais da psicologia, não é mesmo? Em outra página institucional na internet, o CRP/MG dá um espaço generoso para uma matéria jornalística na qual a filha do guerrilheiro aparece exaltando a ditadura cubana como um exemplo de “sociedade socialista [que] nos permitiu viver com dignidade, deu saúde e educação gratuitas a todos os cidadãos cubanos” (veja aqui). Não quero entrar em digressões, mas a suposta excelência do serviço de saúde cubano – o trunfo propagandístico do regime castrista – já foi amplamente desmascarada, fato que pode ser conferido no vídeo 1, vídeo 2 e neste artigo. Como se vê, a mitomania socialista subsiste contra fatos e evidências, e ainda explora a credulidade de alguns “perfeitos idiotas latino-americanos”. O que não se admite, porém, é que um Conselho de Psicologia finja ignorar as constantes violações de Direitos Humanos ocorridas sob a ditadura cubana (veja aqui). Não se podem olvidar os presos políticos que morrem em greves de fome nos cárceres cubanos (veja aqui). Em suma, o CRP/MG precisa decidir se quer defender os Direitos Humanos ou se vai promover regimes autoritários.
Ressalte-se que o referido evento também comemorou os 27 anos de existência do Movimento dos Sem-terra (MST), uma organização de extrema-esquerda que obedece fielmente à velha cartilha do submarxismo leninista. Dentre os participantes do encontro, estavam o Partido Comunista Brasileiro – PCB, a CUT, a UNE, a Via Campesina e outros sindicatos e entidades proto-comunistas. O CRP de Minas Gerais também estava lá, travestido de “movimento social”.
Extrema esquerda: solidariedade a um ex-terrorista.
Esse flerte dos Conselhos de Psicologia com ideologias totalitárias é muito mais preocupante do que se imagina. No dia 07 de Setembro de 2009, ou seja, em plena data comemorativa pelo Dia da Independência, a coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do CFP, Ana Luiza de Souza Castro, foi até o Complexo Penitenciário da Papuda no DF e fez uma visitinha de solidariedade ao terrorista italiano Cesare Battisti, ex-integrante de uma organização de extrema-esquerda alcunhada de “Proletários Armados Pelo Comunismo”. A visita foi articulada pela deputada Erika Kokay do PT, à época vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (veja aqui).
Para quem não se recorda, a Justiça italiana condenou Cesare Battisti em última instância à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas. Trata-se, portanto, de uma condenação por crime comum. Não obstante, a opinião do CFP é de que o Brasil deve manter a condição de “refugiado político” concedida ao assassino. Enquanto isso, na Itália, os parentes das vítimas mantém a esperança de que, um dia, a justiça possa ser feita.
Mais uma vez, você deve estar se perguntando por que o Conselho Federal de Psicologia, sendo um órgão fiscalizador do exercício profissional, deve se meter em questões diplomáticas tão sensíveis, que envolvem um cidadão estrangeiro em conflito com a lei de seu país e duas nações discutindo o cumprimento de acordos internacionais. Se você respondeu que as razões dessa intromissão são ideológicas, você acertou. A título de comparação, vale recordar o caso dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara que, durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, decidiram desertar da ilha-cárcere e solicitar refúgio político ao Brasil (veja aqui). Para surpresa de todos, os dois acabaram sendo extraditados e devolvidos ao seu antigo algoz: a tirania cubana. O CFP não soltou uma mísera nota de solidariedade aos atletas. É que a camarilha esquerdista jamais contraria el Comandante Fidel.
Ex-terrorista Cesare Battisti recebe solidariedade do CFP e desfruta a impunidade em terra brasilis. Ao lado, atletas cubanos – cujo único crime foi tentar escapar da tirania cubana – não tiveram a mesma sorte e foram repatriados.
A questão da terra e o MST: uma parceria
A parceria dos Conselhos de Psicologia com o Movimento dos Sem-terra – MST já deu vários frutos. Na gestão passada, o CFP promoveu um “Seminário Nacional sobre a Questão da Terra: Desafios para a Psicologia” (veja aqui). Segundo a psicóloga Ana Bock – então presidente da autarquia – a realização do seminário “significa muita coisa para a Psicologia”, já que a terra se constitui como um “elemento estruturante da subjetividade” (se não acredita, veja aqui).
Deixando de lado o efeito cômico da declaração – já que fundada em um pan-psicologismo bocó –, é preciso notar que alguns subterfúgios ideológicos, muito mal disfarçados, vêm sendo usados de forma ardilosa para burlar a legislação que define as atribuições dos Conselhos de Psicologia e, com isso, promover grupos alinhados a ideologias moribundas. Se o CFP fosse um sindicato, uma associação, um partido político ou uma ONG, no dia seguinte era possível cancelar a inscrição. Ocorre que os psicólogos são obrigados a se manter inscritos no conselho de classe para exercer sua profissão, de modo que acabam financiando essas ideologias malucas mesmo a contragosto.
Sem entrar no mérito da questão fundiária – que comporta análises econômicas e conjunturais cuja complexidade os psicólogos presentes no evento ignoravam solenemente – o fato é que um órgão regulamentador da profissão não pode imiscuir-se em assuntos que fogem completamente à sua alçada. Não sei se a questão da terra interessa verdadeiramente aos psicólogos – em sua maior parte, profissionais liberais – mas se os conselhos continuarem negligenciando a ciência e a profissão as quais devem orientar, regular e disciplinar, não vai demorar muito e os psicólogos terão que, aí sim, pegar na enxada para sobreviver – como na Cuba socialista, talvez.
Outro caso curioso diz respeito a uma nota (veja aqui) assinada pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, com sub-sede em Bauru, na qual se critica a prisão de nove integrantes do MST que teriam participado da invasão e depredação de uma fazenda produtora de laranjas da empresa Cutrale, em Borebi (veja vídeo aqui). Observe que, entre as entidades signatárias da nota, encontram-se o PSOL, PT, CUT Comissão Pastoral da Terra e Sindicato dos Empregados Rurais de Duartina. O Conselho Federal de Psicologia, que doravante apelidado de “CFP do B” – pois mais parece um partido político – também estava presente no evento, fazendo jus à sua mais nova sigla.
E aqui cabe um pequeno parêntese. Os signatários da nota podem não saber, mas nós vivemos sob um Estado de Direito, e as referidas prisões foram legitimamente determinadas por um juiz togado. Portanto, qualquer contestação, em situação semelhante, deve ser feita pela parte interessada interpondo-se recurso judicial. O que não se entende é como um Conselho de Psicologia pode se dar o direito de criticar publicamente a ação legítima de um dos poderes da República. Qual fundamento ético ou amparo legal para tanto? Mais uma vez, a motivação parece puramente ideológica.
Solideriedade aos “companheiros”
Essa mania do CFP do B de criticar sentenças judiciais às vezes beira o ridículo. Em 2006, quando o intelectual Emir Sader – um autêntico representante da esquerda radical autóctone – foi condenado judicialmente por injúria ao ex-senador Jorge Bornhausen, ao chamá-lo de racista, o CFP do B entrou em cena e publicou uma notinha (veja aqui) em defesa do “companheiro” de ideologia. Para quem não se lembra do episódio, a reação atabalhoada de Emir Sader foi motivada por um pronunciamento do ex-senador tucano no qual se refere aos petistas usando a palavra “raça” (“a gente vai se ver livre dessa raça por, pelo menos, 30 anos”). Sabe-se lá por que cargas d’água, Sader entendeu que estava diante de uma inequívoca manifestação de racismo. Logo, sentindo os próprios pelos eriçados, arremeteu contra o desafeto com um arrojo quase quixotesco. Afinal, alguém precisava defender os brios da “raça”! Há quem reprove o tom da declaração, mas é simplesmente inconcebível que alguém, nesse caso, tome a palavra raça em seu sentido literal, de etnia. Apenas Emir Sader se permitiu prestar esse papelão.
Quem não se recorda de uma música dos Racionais MC em que os policiais são chamados de “raça do caralho”? Malgrado o tom ofensivo da letra, jamais ocorreu a um policial acusar esses rappers de racistas. Agora, que o CFP se meta num disparate desses, é algo capaz de surpreender qualquer psicólogo acostumado a lidar com as sandices alheias. Nesse episódio específico, acredito que os laços de compadrio ideológico falaram mais alto, deixando para nós a sensação de que o princípio da impessoalidade na administração pública não costuma encontrar muita ressonância nas ações do CFP do B.
Na nota em defesa do intelectual, a ex-presidente da autarquia, Sra. Ana Bock, nos adverte de que “Emir Sader tem sido parceiro dos Conselhos de Psicologia na construção da ULAPSI – União Latino-Americana de Entidades de Psicologia”. Para quem não conhece a ULAPSI, trata-se de uma organização que presta culto à figura do líder revolucionário Che Guevara (veja aqui) e convida os psicólogos a assumirem seu “exemplo libertador”, elevando-o à condição de símbolo da “luta pelos ideais de liberdade” (veja aqui) – presume-se que essa “liberdade” seja igualzinha a que os cubanos desfrutam sob a ditadura de Fidel Castro. Se alguém quiser saber mais a respeito do Emir Sader, acesse o link 1 e link 2.
A política do vale-tudo
Você acha que a Psicologia, mesmo que remotamente, tem alguma coisa a ver com banda larga de internet? Você pode não achar, mas o CFP do B acha. E foi pensando nisso que ele se juntou à CUT, ao Movimento Negro Unificado, à Liga Brasileira de Lésbicas, à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, à União Brasileira de Mulheres, entre outras entidades congêneres, para assinar um manifesto (veja aqui) em defesa do "direito à banda larga"! Isso mesmo. Mais uma vez, você deve estar se perguntando o que faz um conselho de classe se juntar a tais entidades para defender algo totalmente estranho à psicologia. Por mais esdrúxula que lhe pareça essa parceria, ela está devidamente documentada na página do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL. Lá, a nossa autarquia federal foi classificada como "ativista" (com toda propriedade, obviamente).
Já o Conselho Regional de Psicologia do Paraná promoveu uma mesa redonda (veja aqui) sobre o tema "Justiça é para todos?" e, para debater o assunto, convidou um deputado do PT (veja aqui), um promotor de justiça do MP-PR e um assessor jurídico de uma organização militante chamada Terra de Direitos, organização essa que, entre outros feitos, ganhou o prêmio “Luta pela Terra” em comemoração aos 25 anos do MST – aquele mesmo “movimento social” que ensina crianças a prestar culto a figura do Che Guevara. (veja aqui). Percebam que a “questão da terra” é algo onipresente no imaginário do CFP do B. O mais curioso, porém, é que nenhum psicólogo foi convidado para dar palpite sobre o assunto, o que mostra quão relevante ele é para a profissão em geral.
Na contramão dos Direitos Humanos
Os desmandos não param por aí, ao contrário, se multiplicam. Em 2009, o mais novo partido, o CFP do B, publicou uma nota de repúdio à construção do Complexo Penitenciário em Ribeirão das Neves (MG) por meio de Parceria Público-Privada (veja aqui). Na nota, o Conselho "alerta para o risco de, ao entregar para a iniciativa privada a construção e gestão do sistema prisional, tornar o crime um ótimo negócio." Esse argumento, porém, é tão obtuso quanto dizer que a criação de hospitais particulares torna a doença um ótimo negócio. O pior é que tal raciocínio vale também para os consultórios particulares de psicologia. Se você é um profissional liberal da psicologia, não se surpreenda se alguém disser que você é um mercenário e lucra com o sofrimento alheio. É esse tipo de mentalidade que o CFP do B anda ventilando por aí. Há até quem considere a psicoterapia uma coisa de burguês.
A nota diz ainda que a criação desse complexo "é mais uma iniciativa que busca em modelos de acirramento da punição uma estratégia para enfrentamento dos graves problemas de criminalidade no país." Aqui, estamos diante de um exemplo típico de argumento non sequitur, isto é: aquele cuja conclusão não segue a premissa. Os conselheiros do CFP do B podem ignorar, mas qualquer acadêmico de Direito sabe que somente a legislação penal pode acirrar punições. A construção de novos presídios, ao contrário, produz um efeito benéfico, já que minimiza a atual superlotação carcerária que tem tornado a vida dos presos completamente degradante, aviltante e desumana.
Utopismo e anarquia: “o fim das prisões”.
Embora as opiniões emitidas pela atual gestão do CFP do B sobre a Justiça Criminal tenham um caráter fracamente panfletário e anarquista, o órgão foi brindado esse ano com um assento no Conselho Nacional de Segurança Pública - CONASP (veja aqui). Em nota, a conselheira empossada afirmou, com toda aquela fraseologia característica, que “a Psicologia quer pensar novas formas de responsabilização que não minem direitos e retirem a condição de humanos, em especial quando pensamos na população carcerária. Insistimos na bandeira do fim possível das prisões”. Note bem: no ano de 2009 o Brasil alcançou o terceiro maior índice de homicídios da América do Sul, chegando à marca dos 43.909 (veja aqui); nesse cenário, qualquer proposta pelo fim das prisões chega a ser acinte. De qualquer forma, vamos aguardar que se apresentem as “novas formas de responsabilização” propostas pela conselheira. Quem sabe nessa brincadeira o velho “puxão de orelha” não seja reabilitado? O Comando Vermelho e o PCC agradeceriam penhorados.
Onde quer que o CFP do B meta seu bedelho, lá deixará a marca de sua ideologia. Recentemente, a autarquia federal iniciou uma verdadeira cruzada contra as chamadas “comunidades terapêuticas”. Após realizar uma Inspeção Nacional de Unidades Psiquiátricas em Prol dos Direitos Humanos, o CFP entregou a dois representantes da Organização das Nações Unidas (veja aqui) um relatório contendo 66 casos de supostas violações aos Direitos Humanos nos manicômios e nas comunidades terapêuticas. Não sei exatamente qual o amparo legal para o CFP – enquanto órgão de classe – efetuar esse tipo de inspeção. Muitas dessas comunidades nem sequer apresentam psicólogos em seus quadros. Independente disso, deve-se reconhecer que esta ação é até louvável e meritória – afinal, ninguém em sã consciência pode compactuar com violações aos Direitos Humanos. Só que há um problema: essas inspeções, como tudo o que o CFP do B tem feito, possuem um claro viés político e ideológico. A prova disso é que, uma vez tendo identificado casos de maus-tratos e tortura, o CFP tinha a obrigação de procurar a delegacia mais próxima e denunciar o crime – ao invés de se limitar à confecção de um relatório para entregá-lo a uma organização internacional como a ONU. Até porque o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas – caso o CFP do B não saiba – é composto por países como Cuba e China, que são notórios e sistemáticos violadores dos Direitos Humanos. Não pense que é piada (veja aqui).
Portanto, percebe-se que essa investida do CFP do B é contra as comunidades terapêuticas em geral, e não contra aquelas que eventualmente cometem desvios. A idéia é colocar todas no mesmo balaio. Mal comparado, é como se alguém pedisse o fechamento do Conselho Federal de Psicologia só porque a atual gestão anda fazendo bobagem por aí.
É preciso dizer que o tratamento de dependentes químicos é uma tarefa bastante complexa, requer uma intervenção intensiva e imediata, e exige um alto investimento emocional de todos os evolvidos. Na falta de uma palavra melhor, há quem considere essa atividade um verdadeiro sacerdócio. Portanto, não faz o menor sentido entregar a exclusividade desse tipo de serviço nas mãos de uma burocracia estatal, com todas suas notórias deficiências. Além disso, o CFP não apresentou nenhuma base técnica ou científica para sustentar essa proposta.
“A ‘retórica oficial atual’ sugere a existência de ‘centros de atendimento’ para dependentes químicos, centros esses reais ou ainda por serem estabelecidos. Eles estariam baseados em um Sistema Único de Saúde (SUS), sabidamente falimentar, e que por isso mesmo não tem condições sequer de atuar eficientemente em áreas tradicionais de demanda por serviços médicos de rotina, que dizer da complexa terapia para o fenômeno da dependência química de "crack" e outras drogas de uso ilícito.” (Prof. Dr. George Felipe Dantas, veja aqui)
A Secretária Nacional de Políticas Sobre Drogas, Paulina Duarte, também pensa diferente do CFP, e declarou que “não tem como deixar de reconhecer este trabalho importante das comunidades terapêuticas. Realmente o governo sozinho não tem condições de lidar com este grave problema que envolve principalmente a família” (veja aqui). Observe que, quando a opinião vem isenta de cacoetes ideológicos, o bom senso acaba prevalecendo.
A rigor, o que o CFP não quer aceitar é o fato de que o dinheiro do SUS possa ser destinado a instituições religiosas que, no cuidado aos dependentes químicos, promovam a família, a espiritualidade e os valores tradicionais. Em contrapartida, o CFP fez do SUS seu verdadeiro xodó. E não podia ser diferente: o atual presidente da autarquia, o psicólogo Humberto Verona, é egresso do Sistema Único de Saúde, e milita em sua defesa com um empenho realmente admirável.
Uma cartilha editada pelo Conselho (veja aqui) afirma que o SUS é “um dos maiores patrimônios nacionais, construído coletivamente para cuidar da saúde da população brasileira, (...) em oposição a todas as formas de privatização da saúde”. Ou seja, se você é psicólogo e profissional liberal, seu órgão de classe está declaradamente contra você, pois se opõe a TODAS as formas de privatização da saúde. Caso o CFP do B consiga emplacar seu projeto estatizante para a saúde, não lhe restará outra opção, caro psicólogo, senão virar funcionário público e viver a soldo do governo.
O Conselho Federal de Psicologia – CFP perdeu o rumo. Movido por um forte ativismo ideológico, o órgão passou a negligenciar sua verdadeira missão institucional. A atual gestão, presidida pelo Sr. Humberto Verona, tem pautado suas ações por uma agenda política totalmente alheia aos interesses profissionais dos psicólogos. O “movimento cuidar da profissão”, cuja chapa saiu vencedora na última eleição do CFP, manifestou à época apoio integral à candidatura Dilma Rousseff, elaborando inclusive um abaixo-assinado (veja aqui), que é uma verdadeira ode ao governo petista. Ao invés de cuidar da profissão, o que o movimento tem feito é cuidar dos próprios “companheiros”. Não é por outro motivo que a atuação do CFP, em diversos momentos, tem apresentado contornos claramente partidários. Contra esse aparelhamento político dos conselhos de psicologia do país, a Lei 5.766 de 1971 é bastante taxativa ao definir suas atribuições:
“Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, dotados de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, constituindo, em seu conjunto, uma autarquia, destinados a orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Psicólogo e zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe.” (Capítulo I – Dos Fins, art. 1º, grifo meu).
Vale dizer que nenhuma norma editada pelo CFP pode ampliar, reduzir ou simplesmente modificar o rol de atribuições outorgado pela referida lei. O que se vê na prática, porém, é que a atuação do sistema de conselhos, além de deturpar sua missão institucional, tem violado sistematicamente o próprio Código de Ética da profissão:
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
CFP e a militância GLBT
Não é só o CFP que extrapola suas atribuições. Os conselhos regionais de psicologia também andam avançando o sinal vermelho. O CRP de São Paulo, por exemplo, superou todos os limites da decência ao patrocinar um trio elétrico para animar o cortejo da “Parada do Orgulho GLBT” em São Paulo (vídeo aqui). De um só golpe, o CRP/SP mandou às favas o princípio da moralidade pública e os preceitos éticos da profissão – afinal, não se trata de “induzir a convicções de orientação sexual”? E mais: de onde saiu o dinheiro para financiar toda essa algazarra? O episódio cheira a improbidade administrativa. De qualquer forma, o que se percebe é que a velha política do panis et circenses ganhou adeptos entre psicólogos “progressistas”, ao ponto do próprio CFP – órgão disciplinador máximo da profissão – aderir à farra paulistana e colocar em sua página oficial uma nota entusiástica com referência ao carnaval promovido pelo Conselho Regional (veja aqui). E agora, quem fiscalizará o fiscal? Quem vai disciplinar o órgão disciplinador?
Essa aliança do CFP com o movimento GLBT é um verdadeiro caso de amor. Há uma lista imensa de mimos e favores prodigalizados em benefício da ideologia gay. Vejam alguns links:
CFP integra comissão organizadora da II Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT
CFP lança livro sobre adoção na Conferência Nacional GLBT
CFP conquista vaga no Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT
Além de militar escancaradamente em favor da causa LGBT, o CFP editou em 1999 uma resolução cujo conteúdo geral, não apenas induz, como impõe certas convicções de orientação sexual (o que, de novo, fere o próprio código de ética da profissão). Ademais, a referida norma cerceia o livre exercício profissional e expressão do pensamento científico, impedindo que psicólogos se pronunciem acerca do assunto, por todo e qualquer meio. É uma espécie de “lei da mordaça”, que atenta contra liberdades garantidas em nossa Constituição (veja aqui). Como diria pensador Thomas Sowell, “ninguém é mais dogmaticamente insistente na conformidade do que aqueles que advogam pela ‘diversidade’.”
A promoção de regimes totalitários
Outro exemplo de militância política orquestrada dentro dos conselhos de psicologia vem do estado de Minas Gerais. No site do CRP/MG é possível acessar um cartaz promocional do 3º Encontro dos Movimentos Sociais, evento que contou com a presença de Aleida Guevara – pessoa cujo grande feito é ser filha de guerrilheiro e pertencer ao Partido Comunista Cubano - PCC. É dispensável mencionar as barbaridades que o comunismo/socialismo perpetrou ao longo do século passado, mas se você quer ter uma noção do que os revolucionários Che Guevara e Fidel Castro foram capazes de fazer contra os Direitos Humanos, confira as denúncias feitas neste e neste site (sobre perseguições aos homossexuais cubanos), ou ainda neste aqui (sobre o racismo institucionalizado em Cuba). Talvez isso ajude a explicar porque os cubanos vivem tentando fugir do “paraíso” socialista para viver os “horrores” do capitalismo americano.
O assunto debatido no referido encontro foi a “Conjuntura da América Latina e situação de Cuba” (veja aqui), algo muito edificante e instrutivo para os profissionais da psicologia, não é mesmo? Em outra página institucional na internet, o CRP/MG dá um espaço generoso para uma matéria jornalística na qual a filha do guerrilheiro aparece exaltando a ditadura cubana como um exemplo de “sociedade socialista [que] nos permitiu viver com dignidade, deu saúde e educação gratuitas a todos os cidadãos cubanos” (veja aqui). Não quero entrar em digressões, mas a suposta excelência do serviço de saúde cubano – o trunfo propagandístico do regime castrista – já foi amplamente desmascarada, fato que pode ser conferido no vídeo 1, vídeo 2 e neste artigo. Como se vê, a mitomania socialista subsiste contra fatos e evidências, e ainda explora a credulidade de alguns “perfeitos idiotas latino-americanos”. O que não se admite, porém, é que um Conselho de Psicologia finja ignorar as constantes violações de Direitos Humanos ocorridas sob a ditadura cubana (veja aqui). Não se podem olvidar os presos políticos que morrem em greves de fome nos cárceres cubanos (veja aqui). Em suma, o CRP/MG precisa decidir se quer defender os Direitos Humanos ou se vai promover regimes autoritários.
Ressalte-se que o referido evento também comemorou os 27 anos de existência do Movimento dos Sem-terra (MST), uma organização de extrema-esquerda que obedece fielmente à velha cartilha do submarxismo leninista. Dentre os participantes do encontro, estavam o Partido Comunista Brasileiro – PCB, a CUT, a UNE, a Via Campesina e outros sindicatos e entidades proto-comunistas. O CRP de Minas Gerais também estava lá, travestido de “movimento social”.
Extrema esquerda: solidariedade a um ex-terrorista.
Esse flerte dos Conselhos de Psicologia com ideologias totalitárias é muito mais preocupante do que se imagina. No dia 07 de Setembro de 2009, ou seja, em plena data comemorativa pelo Dia da Independência, a coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do CFP, Ana Luiza de Souza Castro, foi até o Complexo Penitenciário da Papuda no DF e fez uma visitinha de solidariedade ao terrorista italiano Cesare Battisti, ex-integrante de uma organização de extrema-esquerda alcunhada de “Proletários Armados Pelo Comunismo”. A visita foi articulada pela deputada Erika Kokay do PT, à época vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (veja aqui).
Para quem não se recorda, a Justiça italiana condenou Cesare Battisti em última instância à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas. Trata-se, portanto, de uma condenação por crime comum. Não obstante, a opinião do CFP é de que o Brasil deve manter a condição de “refugiado político” concedida ao assassino. Enquanto isso, na Itália, os parentes das vítimas mantém a esperança de que, um dia, a justiça possa ser feita.
Mais uma vez, você deve estar se perguntando por que o Conselho Federal de Psicologia, sendo um órgão fiscalizador do exercício profissional, deve se meter em questões diplomáticas tão sensíveis, que envolvem um cidadão estrangeiro em conflito com a lei de seu país e duas nações discutindo o cumprimento de acordos internacionais. Se você respondeu que as razões dessa intromissão são ideológicas, você acertou. A título de comparação, vale recordar o caso dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara que, durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, decidiram desertar da ilha-cárcere e solicitar refúgio político ao Brasil (veja aqui). Para surpresa de todos, os dois acabaram sendo extraditados e devolvidos ao seu antigo algoz: a tirania cubana. O CFP não soltou uma mísera nota de solidariedade aos atletas. É que a camarilha esquerdista jamais contraria el Comandante Fidel.
Ex-terrorista Cesare Battisti recebe solidariedade do CFP e desfruta a impunidade em terra brasilis. Ao lado, atletas cubanos – cujo único crime foi tentar escapar da tirania cubana – não tiveram a mesma sorte e foram repatriados.
A questão da terra e o MST: uma parceria
A parceria dos Conselhos de Psicologia com o Movimento dos Sem-terra – MST já deu vários frutos. Na gestão passada, o CFP promoveu um “Seminário Nacional sobre a Questão da Terra: Desafios para a Psicologia” (veja aqui). Segundo a psicóloga Ana Bock – então presidente da autarquia – a realização do seminário “significa muita coisa para a Psicologia”, já que a terra se constitui como um “elemento estruturante da subjetividade” (se não acredita, veja aqui).
Deixando de lado o efeito cômico da declaração – já que fundada em um pan-psicologismo bocó –, é preciso notar que alguns subterfúgios ideológicos, muito mal disfarçados, vêm sendo usados de forma ardilosa para burlar a legislação que define as atribuições dos Conselhos de Psicologia e, com isso, promover grupos alinhados a ideologias moribundas. Se o CFP fosse um sindicato, uma associação, um partido político ou uma ONG, no dia seguinte era possível cancelar a inscrição. Ocorre que os psicólogos são obrigados a se manter inscritos no conselho de classe para exercer sua profissão, de modo que acabam financiando essas ideologias malucas mesmo a contragosto.
Sem entrar no mérito da questão fundiária – que comporta análises econômicas e conjunturais cuja complexidade os psicólogos presentes no evento ignoravam solenemente – o fato é que um órgão regulamentador da profissão não pode imiscuir-se em assuntos que fogem completamente à sua alçada. Não sei se a questão da terra interessa verdadeiramente aos psicólogos – em sua maior parte, profissionais liberais – mas se os conselhos continuarem negligenciando a ciência e a profissão as quais devem orientar, regular e disciplinar, não vai demorar muito e os psicólogos terão que, aí sim, pegar na enxada para sobreviver – como na Cuba socialista, talvez.
Outro caso curioso diz respeito a uma nota (veja aqui) assinada pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, com sub-sede em Bauru, na qual se critica a prisão de nove integrantes do MST que teriam participado da invasão e depredação de uma fazenda produtora de laranjas da empresa Cutrale, em Borebi (veja vídeo aqui). Observe que, entre as entidades signatárias da nota, encontram-se o PSOL, PT, CUT Comissão Pastoral da Terra e Sindicato dos Empregados Rurais de Duartina. O Conselho Federal de Psicologia, que doravante apelidado de “CFP do B” – pois mais parece um partido político – também estava presente no evento, fazendo jus à sua mais nova sigla.
E aqui cabe um pequeno parêntese. Os signatários da nota podem não saber, mas nós vivemos sob um Estado de Direito, e as referidas prisões foram legitimamente determinadas por um juiz togado. Portanto, qualquer contestação, em situação semelhante, deve ser feita pela parte interessada interpondo-se recurso judicial. O que não se entende é como um Conselho de Psicologia pode se dar o direito de criticar publicamente a ação legítima de um dos poderes da República. Qual fundamento ético ou amparo legal para tanto? Mais uma vez, a motivação parece puramente ideológica.
Solideriedade aos “companheiros”
Essa mania do CFP do B de criticar sentenças judiciais às vezes beira o ridículo. Em 2006, quando o intelectual Emir Sader – um autêntico representante da esquerda radical autóctone – foi condenado judicialmente por injúria ao ex-senador Jorge Bornhausen, ao chamá-lo de racista, o CFP do B entrou em cena e publicou uma notinha (veja aqui) em defesa do “companheiro” de ideologia. Para quem não se lembra do episódio, a reação atabalhoada de Emir Sader foi motivada por um pronunciamento do ex-senador tucano no qual se refere aos petistas usando a palavra “raça” (“a gente vai se ver livre dessa raça por, pelo menos, 30 anos”). Sabe-se lá por que cargas d’água, Sader entendeu que estava diante de uma inequívoca manifestação de racismo. Logo, sentindo os próprios pelos eriçados, arremeteu contra o desafeto com um arrojo quase quixotesco. Afinal, alguém precisava defender os brios da “raça”! Há quem reprove o tom da declaração, mas é simplesmente inconcebível que alguém, nesse caso, tome a palavra raça em seu sentido literal, de etnia. Apenas Emir Sader se permitiu prestar esse papelão.
Quem não se recorda de uma música dos Racionais MC em que os policiais são chamados de “raça do caralho”? Malgrado o tom ofensivo da letra, jamais ocorreu a um policial acusar esses rappers de racistas. Agora, que o CFP se meta num disparate desses, é algo capaz de surpreender qualquer psicólogo acostumado a lidar com as sandices alheias. Nesse episódio específico, acredito que os laços de compadrio ideológico falaram mais alto, deixando para nós a sensação de que o princípio da impessoalidade na administração pública não costuma encontrar muita ressonância nas ações do CFP do B.
Na nota em defesa do intelectual, a ex-presidente da autarquia, Sra. Ana Bock, nos adverte de que “Emir Sader tem sido parceiro dos Conselhos de Psicologia na construção da ULAPSI – União Latino-Americana de Entidades de Psicologia”. Para quem não conhece a ULAPSI, trata-se de uma organização que presta culto à figura do líder revolucionário Che Guevara (veja aqui) e convida os psicólogos a assumirem seu “exemplo libertador”, elevando-o à condição de símbolo da “luta pelos ideais de liberdade” (veja aqui) – presume-se que essa “liberdade” seja igualzinha a que os cubanos desfrutam sob a ditadura de Fidel Castro. Se alguém quiser saber mais a respeito do Emir Sader, acesse o link 1 e link 2.
Emir Sader em companhia do petista Marco Aurélio Garcia, num encontro do partido. À direita, Sader ao lado do ex-presidente Lula, que o enviou à Cuba para prestar homenagens à Fidel Castro (veja a matéria aqui) . Fonte da 1ª foto: aqui.
A política do vale-tudo
Você acha que a Psicologia, mesmo que remotamente, tem alguma coisa a ver com banda larga de internet? Você pode não achar, mas o CFP do B acha. E foi pensando nisso que ele se juntou à CUT, ao Movimento Negro Unificado, à Liga Brasileira de Lésbicas, à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, à União Brasileira de Mulheres, entre outras entidades congêneres, para assinar um manifesto (veja aqui) em defesa do "direito à banda larga"! Isso mesmo. Mais uma vez, você deve estar se perguntando o que faz um conselho de classe se juntar a tais entidades para defender algo totalmente estranho à psicologia. Por mais esdrúxula que lhe pareça essa parceria, ela está devidamente documentada na página do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL. Lá, a nossa autarquia federal foi classificada como "ativista" (com toda propriedade, obviamente).
Já o Conselho Regional de Psicologia do Paraná promoveu uma mesa redonda (veja aqui) sobre o tema "Justiça é para todos?" e, para debater o assunto, convidou um deputado do PT (veja aqui), um promotor de justiça do MP-PR e um assessor jurídico de uma organização militante chamada Terra de Direitos, organização essa que, entre outros feitos, ganhou o prêmio “Luta pela Terra” em comemoração aos 25 anos do MST – aquele mesmo “movimento social” que ensina crianças a prestar culto a figura do Che Guevara. (veja aqui). Percebam que a “questão da terra” é algo onipresente no imaginário do CFP do B. O mais curioso, porém, é que nenhum psicólogo foi convidado para dar palpite sobre o assunto, o que mostra quão relevante ele é para a profissão em geral.
Na contramão dos Direitos Humanos
Os desmandos não param por aí, ao contrário, se multiplicam. Em 2009, o mais novo partido, o CFP do B, publicou uma nota de repúdio à construção do Complexo Penitenciário em Ribeirão das Neves (MG) por meio de Parceria Público-Privada (veja aqui). Na nota, o Conselho "alerta para o risco de, ao entregar para a iniciativa privada a construção e gestão do sistema prisional, tornar o crime um ótimo negócio." Esse argumento, porém, é tão obtuso quanto dizer que a criação de hospitais particulares torna a doença um ótimo negócio. O pior é que tal raciocínio vale também para os consultórios particulares de psicologia. Se você é um profissional liberal da psicologia, não se surpreenda se alguém disser que você é um mercenário e lucra com o sofrimento alheio. É esse tipo de mentalidade que o CFP do B anda ventilando por aí. Há até quem considere a psicoterapia uma coisa de burguês.
A nota diz ainda que a criação desse complexo "é mais uma iniciativa que busca em modelos de acirramento da punição uma estratégia para enfrentamento dos graves problemas de criminalidade no país." Aqui, estamos diante de um exemplo típico de argumento non sequitur, isto é: aquele cuja conclusão não segue a premissa. Os conselheiros do CFP do B podem ignorar, mas qualquer acadêmico de Direito sabe que somente a legislação penal pode acirrar punições. A construção de novos presídios, ao contrário, produz um efeito benéfico, já que minimiza a atual superlotação carcerária que tem tornado a vida dos presos completamente degradante, aviltante e desumana.
A superlotação dos presídios brasileiros torna a vida dos presos deplorável. E o CFP, na contramão dos Direitos Humanos, repudia a construção de novos presídios.
Opção preferencial pelo crime
Na cartilha Diretrizes para Atuação e Formação dos Psicólogos do Sistema Prisional Brasileiro, produzida pelo “CFP do B” em parceria com o Ministério da Justiça e Departamento Penitenciário Nacional (veja aqui) a psicóloga Ana Mercês Bahia Bock escreve na apresentação do documento (grifo meu):
"(...) Neste novo cenário, é uma das áreas que surge como a exigir referências, debates e providências por parte dos psicólogos e do Conselho Federal de Psicologia, como órgão disciplinador da profissão, para que se possa repensar as práticas psicológicas nesse campo. Emerge com a necessidade de se questionar e refletir sobre em que efetivamente consiste a atuação do psicólogo nesse contexto, pensando-se numa prática que possa ir além daquela que os psicólogos já exerciam e que, muitas vezes, restringia-se à emissão de laudos e pareceres a serviço de juízes.
Com a noção clara de que é preciso qualificar a intervenção dos profissionais psicólogos, a busca dessa nova referenciação, nesse momento, tem de partir do entendimento de que o Sistema Prisional tem sua gênese num modelo de sociedade embasado na exclusão, na disciplina, na estigmatização e na criminalização como modos de enfrentar as infrações às leis e regras sociais, para os quais a Psicologia, reconhecidamente, contribuiu para a legitimação.
É preciso, então, que se parta do entendimento de que a cadeia, o aprisionamento e a exclusão social não são soluções para a violência nem para a criminalidade. Ao contrário, a criação das apartações sociais só pode fomentar essas situações."
É possível que em apenas três parágrafos consecutivos se possa cometer tantos sofismas? Percebam que, logo no início, a Sra. Ana Bock faz questão de evocar a condição de órgão disciplinador do Conselho Federal da Psicologia. No parágrafo seguinte, curiosamente, ela critica o Sistema Prisional afirmando que ele "tem sua gênese num modelo de sociedade embasado na... disciplina! Traduzindo para o português claro, significa dizer que disciplinar psicólogos é necessário e aceitável, mas disciplinar pessoas que mataram, roubaram, traficaram ou estupraram é, na opinião desta psicóloga, algo absolutamente reprovável.Ainda no primeiro parágrafo, ela diz que os psicólogos, em suas atividades no Sistema Prisional, até então, se restringiam à emissão de laudos e pareceres a serviço de juízes. Da forma como está dito, parece que os psicólogos que exercem suas atividades no Sistema Prisional são como "meirinhos" a mando de juízes, e não profissionais autônomos e tecnicamente preparados, que trabalham de forma honesta em prol da Justiça do seu país e prestam um relevante serviço, não aos juízes, mas à sociedade. O que está em jogo aqui, portanto, é um evidente preconceito ideológico contra a Psicologia Criminal. No seu art 1º, código de ética aponta como dever fundamental de cada psicólogo:
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo relevante;
No segundo parágrafo, ela afirma que o "modelo de sociedade" vigente, representado pelo Sistema Prisional, se baseia na exclusão, estigmatização e criminalização como modos de enfrentar "às infrações às leis e regras sociais". Primeiramente, vamos colocar as coisas em seu devido lugar. É preciso dizer que ninguém jamais foi preso por infringir uma simples "regra social". Onde já se viu, por exemplo, um sujeito ir para a cadeia por furar uma fila? Isso, obviamente, é conversa fiada. Agora, vamos trocar a expressão "infrações às leis" por crime, cujo significado é o mesmo. Nesse caso, faz algum sentido dizer que a sociedade criminaliza quem comete crime? Claro que não. Ademais, a causa da exclusão não pode estar na punição em si mesma, e sim no próprio ato desviante. Quando alguém opta pela conduta criminosa, está renegando os valores socialmente compartilhados e se “excluindo”, ele próprio, da comunidade à qual pertence. Qualquer pessoa com o senso moral intacto entende isso. Até os delinqüentes, em sua maioria, tem consciência de seu erro. Só alguém com a cabeça entulhada de ideologia marxista acha que pode abolir a idéia de responsabilidade pessoal e, com isso, retirar a culpa do criminoso para colocá-la na sociedade.Site do CFP divulga I Encontro Brasileiro de Educação e Marxismo: "Marxismo, Ciência e Educação: A Práxis Transformadora como Mediação da Produção de Conhecimento" (veja aqui.)
Concordo que as prisões do país precisam ser humanizadas, de modo a possibilitar a efetiva reinserção social do preso, conforme preconiza nossa legislação. Agora, achar que podemos viver num mundo sem prisões não passa de uma utopia desvairada que só passou pela cabeça de um anarquista como Michel Foucault. Até onde se sabe, não há um único país que tenha prescindido de penitenciárias – talvez aquele que, a exemplo da China comunista, optou pelo extermínio sumário como alternativa ao encarceramento. Por isso, advogar a tese de que cadeia não é solução para o grave problema da criminalidade é, na mais branda das hipóteses, passar atestado de ingenuidade. Como diria François Revel, “a utopia não tem obrigação de apresentar resultados; sua única função é permitir aos seus adeptos a condenação do que existe em nome daquilo que não existe."
Utopismo e anarquia: “o fim das prisões”.
Embora as opiniões emitidas pela atual gestão do CFP do B sobre a Justiça Criminal tenham um caráter fracamente panfletário e anarquista, o órgão foi brindado esse ano com um assento no Conselho Nacional de Segurança Pública - CONASP (veja aqui). Em nota, a conselheira empossada afirmou, com toda aquela fraseologia característica, que “a Psicologia quer pensar novas formas de responsabilização que não minem direitos e retirem a condição de humanos, em especial quando pensamos na população carcerária. Insistimos na bandeira do fim possível das prisões”. Note bem: no ano de 2009 o Brasil alcançou o terceiro maior índice de homicídios da América do Sul, chegando à marca dos 43.909 (veja aqui); nesse cenário, qualquer proposta pelo fim das prisões chega a ser acinte. De qualquer forma, vamos aguardar que se apresentem as “novas formas de responsabilização” propostas pela conselheira. Quem sabe nessa brincadeira o velho “puxão de orelha” não seja reabilitado? O Comando Vermelho e o PCC agradeceriam penhorados.
Retrato das escalada da violência nas grandes capitais. Ações no sentido de solucionar problemas sociais não podem substituir a repressão ao crime.
Guerra às Comunidades Terapêuticas.Onde quer que o CFP do B meta seu bedelho, lá deixará a marca de sua ideologia. Recentemente, a autarquia federal iniciou uma verdadeira cruzada contra as chamadas “comunidades terapêuticas”. Após realizar uma Inspeção Nacional de Unidades Psiquiátricas em Prol dos Direitos Humanos, o CFP entregou a dois representantes da Organização das Nações Unidas (veja aqui) um relatório contendo 66 casos de supostas violações aos Direitos Humanos nos manicômios e nas comunidades terapêuticas. Não sei exatamente qual o amparo legal para o CFP – enquanto órgão de classe – efetuar esse tipo de inspeção. Muitas dessas comunidades nem sequer apresentam psicólogos em seus quadros. Independente disso, deve-se reconhecer que esta ação é até louvável e meritória – afinal, ninguém em sã consciência pode compactuar com violações aos Direitos Humanos. Só que há um problema: essas inspeções, como tudo o que o CFP do B tem feito, possuem um claro viés político e ideológico. A prova disso é que, uma vez tendo identificado casos de maus-tratos e tortura, o CFP tinha a obrigação de procurar a delegacia mais próxima e denunciar o crime – ao invés de se limitar à confecção de um relatório para entregá-lo a uma organização internacional como a ONU. Até porque o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas – caso o CFP do B não saiba – é composto por países como Cuba e China, que são notórios e sistemáticos violadores dos Direitos Humanos. Não pense que é piada (veja aqui).
Portanto, percebe-se que essa investida do CFP do B é contra as comunidades terapêuticas em geral, e não contra aquelas que eventualmente cometem desvios. A idéia é colocar todas no mesmo balaio. Mal comparado, é como se alguém pedisse o fechamento do Conselho Federal de Psicologia só porque a atual gestão anda fazendo bobagem por aí.
É preciso dizer que o tratamento de dependentes químicos é uma tarefa bastante complexa, requer uma intervenção intensiva e imediata, e exige um alto investimento emocional de todos os evolvidos. Na falta de uma palavra melhor, há quem considere essa atividade um verdadeiro sacerdócio. Portanto, não faz o menor sentido entregar a exclusividade desse tipo de serviço nas mãos de uma burocracia estatal, com todas suas notórias deficiências. Além disso, o CFP não apresentou nenhuma base técnica ou científica para sustentar essa proposta.
“A ‘retórica oficial atual’ sugere a existência de ‘centros de atendimento’ para dependentes químicos, centros esses reais ou ainda por serem estabelecidos. Eles estariam baseados em um Sistema Único de Saúde (SUS), sabidamente falimentar, e que por isso mesmo não tem condições sequer de atuar eficientemente em áreas tradicionais de demanda por serviços médicos de rotina, que dizer da complexa terapia para o fenômeno da dependência química de "crack" e outras drogas de uso ilícito.” (Prof. Dr. George Felipe Dantas, veja aqui)
A Secretária Nacional de Políticas Sobre Drogas, Paulina Duarte, também pensa diferente do CFP, e declarou que “não tem como deixar de reconhecer este trabalho importante das comunidades terapêuticas. Realmente o governo sozinho não tem condições de lidar com este grave problema que envolve principalmente a família” (veja aqui). Observe que, quando a opinião vem isenta de cacoetes ideológicos, o bom senso acaba prevalecendo.
A rigor, o que o CFP não quer aceitar é o fato de que o dinheiro do SUS possa ser destinado a instituições religiosas que, no cuidado aos dependentes químicos, promovam a família, a espiritualidade e os valores tradicionais. Em contrapartida, o CFP fez do SUS seu verdadeiro xodó. E não podia ser diferente: o atual presidente da autarquia, o psicólogo Humberto Verona, é egresso do Sistema Único de Saúde, e milita em sua defesa com um empenho realmente admirável.
Uma cartilha editada pelo Conselho (veja aqui) afirma que o SUS é “um dos maiores patrimônios nacionais, construído coletivamente para cuidar da saúde da população brasileira, (...) em oposição a todas as formas de privatização da saúde”. Ou seja, se você é psicólogo e profissional liberal, seu órgão de classe está declaradamente contra você, pois se opõe a TODAS as formas de privatização da saúde. Caso o CFP do B consiga emplacar seu projeto estatizante para a saúde, não lhe restará outra opção, caro psicólogo, senão virar funcionário público e viver a soldo do governo.
Fonte: aqui
As absurdidades do CFP do B não param por aí. Em um recente manifesto sobre a questão das drogas (sim, eles adoram manifestos!), foi dito que o SUS, “com coerência e respeito” (imagine só!), ensinou ao país que “a saúde não é objeto mercantil, não se compra nem se v
[justify][spoiler=Continuação]As absurdidades do CFP do B não param por aí. Em um recente m[size=small][font=Arial]anifesto sobre a questão das drogas (sim, eles adoram manifestos!), foi dito que o SUS, “com coerência e respeito” (imagine só!), ensinou ao país que “a saúde não é objeto mercantil, não se compra nem se vende” (só faltou dizer que também não se recebe). Pois Bem. Enquan